COMPETIÇÃO
E CONVÍVIO, DE MÃOS DADAS!
O que foi o Convívio da Tertúlia Policiária da
Liberdade e mais um caso para decifrar, fazem o nosso espaço de hoje:
PROVA N.º 5 – PARTE II
“UMA HISTÓRIA DE MARCOLINO” – Original de
ZÉLIMA
O tempo não estava
nada famoso. Há dias que não parava de chover, com muita intensidade e muitas
terras estavam já sem luz eléctrica há muito tempo e outras nem acesso tinham
por causa da queda exagerada de chuva.
O Marcolino andava
de terra em terra a tentar ajudar, ou pelo menos era o que dizia, mas as más
línguas contavam coisas que não eram propriamente abonatórias, de desvios de
objectos e de dinheiro, no meio da confusão e da desordem.
O Marcolino regressou de uma dessas viagens pelos caminhos da desgraça,
com uma história para contar, que ao entrar numa aldeia, debaixo do temporal
inclemente, já ao anoitecer, embora pudesse dizer que estava noite cerrada, tal
o negrume do céu, não via um palmo à frente do nariz,
entrou numa das casas, a chamar pelo Lopes, um velhote que morava lá. Ninguém
lhe deu resposta e por isso, apesar da escuridão total, empurrou a porta e
entrou. Já não tinha qualquer carga na lanterna nem no telemóvel e por isso
avançou pela casa, às apalpadelas, tentando chegar ao
idoso, que podia precisar de ajuda. Então, o céu foi riscado por uma descarga
eléctrica, cuja luminosidade o cegou por completo durante minutos. Mas isso não
impediu de continuar a avançar sempre e foi então que viu o velhote estendido num canto escondido do quarto, com ar
assustado e os olhos muito abertos.
Logo pensou que o
pobre homem morrera de pavor e assim confirmou, quando chegou mais perto.
Coitado, não conseguiu resistir.
Veio embora para
alertar as autoridades que mais tarde verificaram que
o homem foi morto, afinal, por uma pancada desferida em plena cara, com muita
violência.
Marcolino dizia que
não era assim, que ele não estava assim quando o viu e que a pancada só podia
ter sido depois de ele ter confirmado que ele estava
mesmo morto. Alguém lá fora depois dele sair e fizera aquele lindo serviço,
certamente para se vingar do velho…
A- O Marcolino contou a história certa;
B- O Marcolino
inventou toda a história;
C- O Marcolino mentiu
na sua versão;
D- O Marcolino não podia entrar em casa do velhote.
E pronto.
Resta aos “detectives” optarem pela alínea correcta e,
impreterivelmente até ao próximo dia 30 de Junho fazerem chegar a decisão, para
o que poderão usar um dos seguintes meios:
Pelo Correio para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23,
2125-109 MARINHAIS:
Por
e-mail para Luispessoa@sapo.pt; pessoa_luis@hotmail.com; lumagopessoa@gmail.com.
Por
entrega em mão ao coordenador, onde quer que o encontrem.
Boas
deduções.
XV
CONVÍVIO DA TERTÚLIA POLICIÁRIA DA LIBERDADE
Decorreu
dentro de um espírito de saudável camaradagem e amizade, no Restaurante Sabores
de Sintra, o XV Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade. À hora aprazada,
pelas 12 horas, começava a reunião de alguns policiaristas e amigos que
paulatinamente foram atacando as excelentes entradas (bolo do caco recheado com
manteiga da alho e peixinhos da horta), bem acompanhadas por um vinho branco de
muito boa qualidade. Pelas treze horas a mesa estava completa e passou-se à
degustação dos pratos principais, ou seja, de um saboroso arroz de polvo a que
se seguiram uns muito bem apaladados escalopes de vitela, e tudo foi seguido
por variadas sobremesas.
As horas foram decorrendo quase sem se dar por isso em
conversa animada e pela altura dos cafés procedeu-se à apresentação de um
livrinho editado pela TPL, que vinha sendo escrito por oito confrades a partir
de uma ideia de A. Raposo, Detective Jeremias e Verbatim e intitulado O CASO
(sério) DA RUA DAS TRINAS. Completaram o elenco dos conceituados autores, numa
escrita em que cada um escreveu um capítulo, os confrades Arnes, Búfalos
Associados, Inspector Boavida, Rigor Mortis e Zé. A TPL aceita encomendas de
exemplares pelo exorbitante preço de lançamento de 1 euro acrescido dos portes
do envio.
Já o Convívio ia adiantado quando os confrades A.
Raposo e Detective Jeremias ainda surpreenderam toda a gente com a oferta de um
outro magnífico livrinho concebido e escrito por ambos, que ostentava o título
de "O Verdadeiro BORDA DE ÁGUA do Conto Curto para 2018", o qual foi
recebido com grande entusiasmo.
Mas houve ainda outra surpresa. O confrade Abrótea,
anunciou que vai ter em breve um livro de contos editado, o que muito nos
agrada e aguardamos com muito interesse.
A TPL tem, desde o seu primeiro Convívio em 2005,
tentado manter uma tradição de confraternização entre os membros da família
policiarista, tradição que já vinha muito de trás e de que o saudoso Sete de
Espadas foi um dos mais entusiastas impulsionadores. Os tempos vão mudando, a
nossa família vai ficando mais reduzida no que respeita aos mais antigos e só
podemos lamentar que, por vezes, as condições menos favoráveis, de saúde e não
só, venham obrigar a diminuir o número de participantes. Recordamos com saudade
os velhos tempos, que não vão assim tão longe, e, enquanto podermos,
continuaremos a saudar o passado, sempre esperando por uma renovação
ambicionada. Ao longo de 15 anos prestámos homenagem, para além da figura
histórica de Aristides de Sousa Mendes, a nomes como Luis Pessoa, Severina,
Daniel Falcão, Sete de Espadas, Manuel Constantino (duas vezes homenageado),
Tertúlia Policiária do Norte, Zé Viseu, Página Público Policiário, Rip Kirby,
Avlis & Snitram, Inspector Boavida, Jartur, Inspector Aranha, Onaírda,
Detective Jeremias, Nove/Verbatim, A. Raposo & Lena, Búfalos Associados,
Blogue Crime Público e Site Clube de Detectives. E ainda que, por vezes, os
homenageados não nos tenham dado a satisfação de poderem ter estado conosco,
continuaremos com a melhor das intenções a prestar-lhes homenagem, sabendo
embora que a lista dos homenageados podia ser bastante mais longa.
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