domingo, 10 de junho de 2018

POLICIÁRIO 1401





COMPETIÇÃO E CONVÍVIO, DE MÃOS DADAS!


O que foi o Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade e mais um caso para decifrar, fazem o nosso espaço de hoje:


CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA N.º 5 – PARTE II
UMA HISTÓRIA DE MARCOLINO” – Original de ZÉLIMA
O tempo não estava nada famoso. Há dias que não parava de chover, com muita intensidade e muitas terras estavam já sem luz eléctrica há muito tempo e outras nem acesso tinham por causa da queda exagerada de chuva.
O Marcolino andava de terra em terra a tentar ajudar, ou pelo menos era o que dizia, mas as más línguas contavam coisas que não eram propriamente abonatórias, de desvios de objectos e de dinheiro, no meio da confusão e da desordem.
O Marcolino regressou de uma dessas viagens pelos caminhos da desgraça, com uma história para contar, que ao entrar numa aldeia, debaixo do temporal inclemente, já ao anoitecer, embora pudesse dizer que estava noite cerrada, tal o negrume do céu, não via um palmo à frente do nariz, entrou numa das casas, a chamar pelo Lopes, um velhote que morava lá. Ninguém lhe deu resposta e por isso, apesar da escuridão total, empurrou a porta e entrou. Já não tinha qualquer carga na lanterna nem no telemóvel e por isso avançou pela casa, às apalpadelas, tentando chegar ao idoso, que podia precisar de ajuda. Então, o céu foi riscado por uma descarga eléctrica, cuja luminosidade o cegou por completo durante minutos. Mas isso não impediu de continuar a avançar sempre e foi então que viu o velhote estendido num canto escondido do quarto, com ar assustado e os olhos muito abertos.
Logo pensou que o pobre homem morrera de pavor e assim confirmou, quando chegou mais perto. Coitado, não conseguiu resistir.
Veio embora para alertar as autoridades que mais tarde verificaram que o homem foi morto, afinal, por uma pancada desferida em plena cara, com muita violência.
Marcolino dizia que não era assim, que ele não estava assim quando o viu e que a pancada só podia ter sido depois de ele ter confirmado que ele estava mesmo morto. Alguém lá fora depois dele sair e fizera aquele lindo serviço, certamente para se vingar do velho…
A-    O Marcolino contou a história certa;
B-    O Marcolino inventou toda a história;
C-    O Marcolino mentiu na sua versão;
D-    O Marcolino não podia entrar em casa do velhote.
 
E pronto.
Resta aos “detectives” optarem pela alínea correcta e, impreterivelmente até ao próximo dia 30 de Junho fazerem chegar a decisão, para o que poderão usar um dos seguintes meios:

Pelo Correio para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS:
Por entrega em mão ao coordenador, onde quer que o encontrem.
Boas deduções.

XV CONVÍVIO DA TERTÚLIA POLICIÁRIA DA LIBERDADE


      Decorreu dentro de um espírito de saudável camaradagem e amizade, no Restaurante Sabores de Sintra, o XV Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade. À hora aprazada, pelas 12 horas, começava a reunião de alguns policiaristas e amigos que paulatinamente foram atacando as excelentes entradas (bolo do caco recheado com manteiga da alho e peixinhos da horta), bem acompanhadas por um vinho branco de muito boa qualidade. Pelas treze horas a mesa estava completa e passou-se à degustação dos pratos principais, ou seja, de um saboroso arroz de polvo a que se seguiram uns muito bem apaladados escalopes de vitela, e tudo foi seguido por variadas sobremesas.
     
As horas foram decorrendo quase sem se dar por isso em conversa animada e pela altura dos cafés procedeu-se à apresentação de um livrinho editado pela TPL, que vinha sendo escrito por oito confrades a partir de uma ideia de A. Raposo, Detective Jeremias e Verbatim e intitulado O CASO (sério) DA RUA DAS TRINAS. Completaram o elenco dos conceituados autores, numa escrita em que cada um escreveu um capítulo, os confrades Arnes, Búfalos Associados, Inspector Boavida, Rigor Mortis e Zé. A TPL aceita encomendas de exemplares pelo exorbitante preço de lançamento de 1 euro acrescido dos portes do envio.
     
Já o Convívio ia adiantado quando os confrades A. Raposo e Detective Jeremias ainda surpreenderam toda a gente com a oferta de um outro magnífico livrinho concebido e escrito por ambos, que ostentava o título de "O Verdadeiro BORDA DE ÁGUA do Conto Curto para 2018", o qual foi recebido com grande entusiasmo.
     
Mas houve ainda outra surpresa. O confrade Abrótea, anunciou que vai ter em breve um livro de contos editado, o que muito nos agrada e aguardamos com muito interesse.
     
A TPL tem, desde o seu primeiro Convívio em 2005, tentado manter uma tradição de confraternização entre os membros da família policiarista, tradição que já vinha muito de trás e de que o saudoso Sete de Espadas foi um dos mais entusiastas impulsionadores. Os tempos vão mudando, a nossa família vai ficando mais reduzida no que respeita aos mais antigos e só podemos lamentar que, por vezes, as condições menos favoráveis, de saúde e não só, venham obrigar a diminuir o número de participantes. Recordamos com saudade os velhos tempos, que não vão assim tão longe, e, enquanto podermos, continuaremos a saudar o passado, sempre esperando por uma renovação ambicionada. Ao longo de 15 anos prestámos homenagem, para além da figura histórica de Aristides de Sousa Mendes, a nomes como Luis Pessoa, Severina, Daniel Falcão, Sete de Espadas, Manuel Constantino (duas vezes homenageado), Tertúlia Policiária do Norte, Zé Viseu, Página Público Policiário, Rip Kirby, Avlis & Snitram, Inspector Boavida, Jartur, Inspector Aranha, Onaírda, Detective Jeremias, Nove/Verbatim, A. Raposo & Lena, Búfalos Associados, Blogue Crime Público e Site Clube de Detectives. E ainda que, por vezes, os homenageados não nos tenham dado a satisfação de poderem ter estado conosco, continuaremos com a melhor das intenções a prestar-lhes homenagem, sabendo embora que a lista dos homenageados podia ser bastante mais longa.

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