domingo, 1 de julho de 2018

POLICIÁRIO 1404




26 ANOS DE POLICIÁRIO

Foi no dia 1 de Julho de 1992 que o Policiário iniciou a sua longa caminhada que se mantém até aos dias de hoje. São precisamente 26 anos de vida intensa, com muita competição, mas também amizade e camaradagem, porque o Policiário, tal como o imaginou o nosso mestre Sete de Espadas, a quem aqui deixamos a nossa saudosa homenagem, assim tinha de ser.
Começámos de forma tímida, como sempre acontece quando as incertezas de êxito existem, mas depressa pudemos constatar que havia um imenso espaço para progressão, que se foi acentuando com o passar dos anos.
De poucas centenas de participantes no início, temos hoje muito mais de dois milhares de activos policiaristas, mercê do empenho e dedicação de todos os nossos confrades, que têm uma actividade única, quer na vertente competitiva, elaborando e decifrando problemas policiários, quer na vertente de convívio, organizando eventos e encontros de “detectives”.
Podemos, também, orgulhar-nos de vencermos as barreiras do nosso país, contando agora com participações de muitos pontos do Mundo, que a internet facilitou.
Claro que o Policiário de hoje não é, nunca poderia ser, o mesmo que nos animou nos tempos em que tudo era mais complicado, sobretudo no que às comunicações dizia respeito. Os convívios eram autênticas epopeias pelos caminhos do país e as viagens aventuras inimagináveis nos dias de hoje; os meios de busca de informação eram baseados nas enciclopédias e bibliotecas; o contacto era disperso e muitas vezes era a bolsa que pagava, quando apareciam as contas telefónicas, que a pressa obrigava a deixar para trás a correspondência postal, apesar de nessa época o correio chegar, normalmente, no dia seguinte ao do envio!
E, claro, havia os jornais, as revistas, avidamente procuradas e esperadas, porque constituíam o único meio de estarmos juntos na resolução dos casos e dos torneios.
Na verdade, olhando para trás, ficamos com a certeza de que quase estamos noutro mundo, muito mais rápido e directo, mas com algo que se mantém imutável: a camaradagem e amizade.
De qualquer forma, não queremos deixar de endereçar a todos os policiaristas, sem qualquer excepção, os parabéns por este aniversário, porque é de todos o mérito de mantermos vivo este passatempo que elegemos como nosso!

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2018
PROVA N.º 6 – PARTE I
“QUATRO AMIGOS EM 1 DE JULHO” – Original de ZÉFREY

Os quatro amigos estavam reunidos à mesa, algures num local estranho, que não conseguimos identificar. Com maior pormenor, a neblina começou a dissipar-se e as feições de cada um mostraram-se bem nítidas, permitindo o seu reconhecimento:
Um era o inevitável Sete de Espadas, com a sua cabeleira rala, muito branca, olhos vivos, sorriso franco; à sua frente, estava o Dic Roland, detective de vastos recursos, que chegou a ser chefe da polícia na India e que percorria o país em todos os eventos policiários, como sempre fizera o Sete de Espadas; à direita, sentava-se o KO, um professor de grande mérito que um dia descobriu que era exímio decifrador de enigmas policiais e ganhou enorme fama no meio; à esquerda sentava-se o restante amigo, o Rip Kirby, outro brilhante detective que seguia todas as movimentações policiais, escrevendo e resolvendo enigmas, com um gosto especial pelas classificações...
Aos quatro podiam chamar-se os “três mosqueteiros”, que como é sabido eram quatro, ou como alguém sugeriu, o “bando dos quatro”!
Na verdade, cada qual à sua maneira, eram mestres venerados e ainda hoje muito amados e respeitados no mundo do Policiário e que se reuniam no primeiro dia do mês de Julho para comemorar mais um aniversário do Policiário no PÚBLICO, agora que estavam impedidos de o fazer pessoalmente. O convite não era só para eles, podiam comparecer todos os confrades que devido à passagem para este novo lado, quisessem confraternizar e certamente que ainda iam aparecer mais, mas a esta hora, eram só aqueles quatro.
No do ano anterior, foram dezenas os presentes e ali, ao contrário deste lado, ninguém falta! São solidários e firmes nas suas convicções e têm a certeza que, ano após ano, mais irão chegando, porque isso é uma inevitabilidade.
De história em história, chegaram ao momento em que o Rip Kirby, entre sorrisos, lançou a “farpa” aos restantes, lembrando o acontecido na reunião do ano anterior, quando estes mesmos quatro chegaram ao final do encontro e foram fazer as contas para pagarem a despesa…
- Lembram-se em nome de quem foi pedida a factura? Lembram-se?
- Lembro-me que o número do contribuinte correspondia ao nome, letra a letra, número a número! – recordou o Sete de Espadas.
- Ó Rip Kirby, está a lançar confusão! – referiu Dic Roland com sorriso malandro.
- Pois é verdade e agora acrescento eu, o número foi o 143792651. – aí estava o KO a pôr em jogo os seus dotes matemáticos.
Naquele fim de tarde, soaram gargalhadas que ecoaram e se prolongaram por muito tempo, numa demonstração de que a camaradagem e amizade são mesmo eternas. No ar ficou a pergunta para ser devidamente justificada:
De quem era a número de contribuinte que ficou na factura?

E pronto!
Chegamos ao momento em que se pede aos nossos “detectives” que, impreterivelmente até ao próximo dia 10 de Agosto, (prazo de férias de verão) enviem as propostas de solução, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelo Correio para Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao coordenador da secção, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!


           





1 comentário:

disse...

Muitos parabéns e a expressão da gratidão pelo seu esforço e dedicação ao Timoneiro deste barco - o LP.
E obrigado ao autor pela homenagem a estes 4 inesquecíveis amigos
Um abraço a ambos