A notícia chegou de madrugada.
O confrade Vicktório, de Leiria, participou o falecimento do seu pai, ACÚRCIO ALVES, que foi nosso "detective" enquanto a doença deixou e conquistou, na secção do PÚBLICO, o torneio para os "- JOVENS".
Esta LEI, a da VIDA, não permite discussões e por isso, diremos que este confrade partiu quanto teve que partir, nada mais.
O Policiário vai ficando mais pobre, cada vez que vê desaparecer algum dos seus, mas ganha mais sentido e força para o futuro, por ter a certeza que em algum momento da vida dos seus cultores desaparecidos foi parte de alegrias, de bom convívio, de saudável participação.
Ao confrade Vicktório, fica a manifestação do pesar colectivo de todo o nosso MUNDO POLICIÁRIO.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
ANO QUE ACABA, ANO QUE COMEÇA!
Assim é, desde sempre!
No nosso Policiário, também!
Depois de um ano algo atribulado, as nossas competições puderam gozar, finalmente, de algum sossego e calmaria.
Os prazos foram cumpridos, os campeões encontrados, quase tudo ficou na "paz dos anjos"!
Mas houve (há) nuvens escuras no nosso céu.
Uma crise (quase) generalizada,(assim nos querem fazer crer), afecta todas as nossas relações. Os responsáveis por ela, esses, passeiam a sua arrogância, imunes aos efeitos causados. Todos esses especuladores e economistas da treta, aqueles que passam a vida a "arrotar" sentenças sobre o que todos devem fazer e como governar, depois de andarem décadas a ditar as políticas que conduziram e esta crise, apontam agora que o único remédio é trabalhar mais (grande descoberta desses imbecis para os outros, claro) e, como é óbvio, ganhar menos (os outros, nós, claro)!
Os grandes e poderosos, agradecem essa excelente visão e realismo. É que esses adoram os economistas da treta, os tais.
Depois, começa a chantagem: Queres os teus direitos, vais para o desemprego! Há lá fora milhares à espera do teu lugar! Queres trabalhar aqui, então ficas a ganhar menos, a trabalhar quando eu quero, sem mais recebimento e, mais importante ainda, ficas agradecido e caladinho!
Este mundo inventado pelos corruptos da economia, por aqueles que continuam inacreditavelmente no comando das operações, sem serem detidos ou sequer questionados, é exactamente o mesmo em que estanos hoje!
Dá para entender?
E quem é o "bode expiatório"? Os governantes, claro! Aqueles que deviam governar politicamente e não podem porque os ditadores da economia é que mandam! Hoje governa-se com as projecções para o futuro! Não podemos ter aumentos porque a inflacção para o próximo ano vai ser ZERO. No final do próximo ano não será ZERO, mas foi por azar, ninguém vai repôr as perdas deste ano, porque "as vozes do dono", os economistas (outra vez!) vão aparecer no final do próximo ano a dizerem que houve um pequeno "desvio" mas para o ano vai mesmo ser ZERO e assim por diante!
Há crise? Acreditamos que sim, mas quem nos diz isso são os seus criadores que, curiosamente andam (?) à procura da sua cura!!
Brilhante, não é verdade?
No meio dessas "crise" estamos nós todos, os "piões das nicas", aqueles que têm que sofrer as consequências daquilo para que nada contribuiram, para que os responsãveis possam alegremente continuar!
O Policiário está por cá.
Sofreu ventos e tempestades, mas parece que vai resistir, pelo menos vai resistindo e está cá para mais uma época.
A tal "crise" acabará por produzir efeitos que nem sequer conseguimos imaginar, mas vamos andando por cá e por cá andaremos enquanto pudermos e nos deixarem.
Por isso lançamos o repto a todos os nossos confrades para que façamos deste ano de 2010 um ANO DE OURO DO POLICIÁRIO, de afirmação absoluta, com grandes competições, honestas e renhidas, mas sempre debaixo de grande camaradagem e amizade, com grandes problemas capazes de captar a nossa atenção e empenho.
Porque, quer queiramos quer não, o Policiário é uma imensa "NAÇÂO" onde todos temos o nosso lugar, onde estamos para nos divertirmos, para cimentarmos as amizades mais perenes,para sentirmos que não estamos sós, que temos desafios à nossa inteligência, que não somos os "carneiros" de um qualquer rebanho.
2010, um ano que está aqui, ao virar da esquina, com muitas interrogações, mas com uma certeza: O Policiário está cá! Nós estamos cá!
Um muito obrigado a todos os confrades "detectives" pelas alegrias do ano de 2009 e
esperamos encontrar-vos em 2010 em mais uma época, em grande forma!
No nosso Policiário, também!
Depois de um ano algo atribulado, as nossas competições puderam gozar, finalmente, de algum sossego e calmaria.
Os prazos foram cumpridos, os campeões encontrados, quase tudo ficou na "paz dos anjos"!
Mas houve (há) nuvens escuras no nosso céu.
Uma crise (quase) generalizada,(assim nos querem fazer crer), afecta todas as nossas relações. Os responsáveis por ela, esses, passeiam a sua arrogância, imunes aos efeitos causados. Todos esses especuladores e economistas da treta, aqueles que passam a vida a "arrotar" sentenças sobre o que todos devem fazer e como governar, depois de andarem décadas a ditar as políticas que conduziram e esta crise, apontam agora que o único remédio é trabalhar mais (grande descoberta desses imbecis para os outros, claro) e, como é óbvio, ganhar menos (os outros, nós, claro)!
Os grandes e poderosos, agradecem essa excelente visão e realismo. É que esses adoram os economistas da treta, os tais.
Depois, começa a chantagem: Queres os teus direitos, vais para o desemprego! Há lá fora milhares à espera do teu lugar! Queres trabalhar aqui, então ficas a ganhar menos, a trabalhar quando eu quero, sem mais recebimento e, mais importante ainda, ficas agradecido e caladinho!
Este mundo inventado pelos corruptos da economia, por aqueles que continuam inacreditavelmente no comando das operações, sem serem detidos ou sequer questionados, é exactamente o mesmo em que estanos hoje!
Dá para entender?
E quem é o "bode expiatório"? Os governantes, claro! Aqueles que deviam governar politicamente e não podem porque os ditadores da economia é que mandam! Hoje governa-se com as projecções para o futuro! Não podemos ter aumentos porque a inflacção para o próximo ano vai ser ZERO. No final do próximo ano não será ZERO, mas foi por azar, ninguém vai repôr as perdas deste ano, porque "as vozes do dono", os economistas (outra vez!) vão aparecer no final do próximo ano a dizerem que houve um pequeno "desvio" mas para o ano vai mesmo ser ZERO e assim por diante!
Há crise? Acreditamos que sim, mas quem nos diz isso são os seus criadores que, curiosamente andam (?) à procura da sua cura!!
Brilhante, não é verdade?
No meio dessas "crise" estamos nós todos, os "piões das nicas", aqueles que têm que sofrer as consequências daquilo para que nada contribuiram, para que os responsãveis possam alegremente continuar!
O Policiário está por cá.
Sofreu ventos e tempestades, mas parece que vai resistir, pelo menos vai resistindo e está cá para mais uma época.
A tal "crise" acabará por produzir efeitos que nem sequer conseguimos imaginar, mas vamos andando por cá e por cá andaremos enquanto pudermos e nos deixarem.
Por isso lançamos o repto a todos os nossos confrades para que façamos deste ano de 2010 um ANO DE OURO DO POLICIÁRIO, de afirmação absoluta, com grandes competições, honestas e renhidas, mas sempre debaixo de grande camaradagem e amizade, com grandes problemas capazes de captar a nossa atenção e empenho.
Porque, quer queiramos quer não, o Policiário é uma imensa "NAÇÂO" onde todos temos o nosso lugar, onde estamos para nos divertirmos, para cimentarmos as amizades mais perenes,para sentirmos que não estamos sós, que temos desafios à nossa inteligência, que não somos os "carneiros" de um qualquer rebanho.
2010, um ano que está aqui, ao virar da esquina, com muitas interrogações, mas com uma certeza: O Policiário está cá! Nós estamos cá!
Um muito obrigado a todos os confrades "detectives" pelas alegrias do ano de 2009 e
esperamos encontrar-vos em 2010 em mais uma época, em grande forma!
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
PRODUÇÕES? UM LUXO!!
Pois é, meus caros confrades!
Estamos numa maré cheia... de nada!
Em plena época do Milénio e apesar dos sucessivos apelos, confrontamo-nos com a triste realidade (QUE NÃO É DE AGORA)de não haver, praticamente, produções!
Para além das dos habituais colaboradores, A. Raposo & Lena, Rip Kirby, de podermos contar com uma produção de M. Constantino e de duas produções de Haga Raí, nada mais temos a menos de duas semanas do início das competições!
Agradecemos aos confrades que pensam enviar produções, o especial favor de nos comunicarem essa possibilidade.
Obrigado!
Estamos numa maré cheia... de nada!
Em plena época do Milénio e apesar dos sucessivos apelos, confrontamo-nos com a triste realidade (QUE NÃO É DE AGORA)de não haver, praticamente, produções!
Para além das dos habituais colaboradores, A. Raposo & Lena, Rip Kirby, de podermos contar com uma produção de M. Constantino e de duas produções de Haga Raí, nada mais temos a menos de duas semanas do início das competições!
Agradecemos aos confrades que pensam enviar produções, o especial favor de nos comunicarem essa possibilidade.
Obrigado!
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
MUNDO DOS PASSATEMPOS
SECÇÃO MUNDO DOS PASSATEMPOS
TORNEIO A. RAPOSO E TROFÉU CLUBE DE DETECTIVES
ENIGMA POLICIÁRIO:
Problema nº 4: O QUINTETO ERA DA CORDA, de BÚFALOS ASSOCIADOS . Solução dos autores:
01. Tal como os “Três Mosqueteiros” eram, afinal, quatro, assim os componentes deste Quinteto da Corda eram, afinal, seis: além dos cinco instrumentistas, havia ainda o técnico de som, elemento essencial para as boas prestações artísticas do conjunto.
02. As notas recolhidas pelo Sargento Pais permitiram ao Inspector Garrett fazer um rápido esboço das plantas dos três pisos, localizando as habitações dos intervenientes no caso. (Ver figura no problema)
03. Garrett sabia que não podia ainda contar com provas concretas; no entanto, alguns indícios apontavam já numa direcção. Por isso, dissera: Já calculo quem matou o pianista.
04. Para começar, tudo indicava que o assassino estaria entre os cinco sobreviventes do grupo, uma vez que ninguém mais tinha entrado no Hotel antes da hora provável do crime e os turistas alemães não tinham qualquer razão para ser culpados. A própria recepcionista não poderia ser o homem que correu do quarto 205 para as escadas ao fundo do corredor.
05. Os palpites de Garrett começaram exactamente pela pequena folha de bloco algo amachucada encontrada no local do crime. Nela constava o nome de cada um dos componentes, seguido de um número que certamente seria o do respectivo quarto. Só que nessa relação faltava um nome: o de Damião, o técnico de som.
06. David, o contrabaixista, declarou que tinha o telemóvel desligado, como de costume. Muita gente o faz durante a noite, para não ser incomodado no decorrer do sono. Mas, na manhã seguinte, todos teriam de acordar cedo por causa da longa viagem que iriam fazer. O baterista Cornélio disse que havia sempre um elemento do grupo encarregado de acordar os outros, e desta vez não era ele. Sabendo que há pelo menos um (o David) que dorme com o telemóvel desligado, o mais seguro seria que o acordar de todos fosse feito através dos telefones fixos existentes nos quartos, o que até sairia mais barato para o contemplado com o serviço de alvorada.
Portanto, a lista de nomes e números em que falta o Damião serviria certamente como “aide-mémoire” para acordar todos os restantes. Sabendo ainda que apenas o quarto 309 (o que não consta na lista) pedira para ser despertado às 07.30h, podemos concluir que é esse o quarto do Damião e que o papel lhe pertencia. Teremos encontrado o criminoso?
07. Junto a esse papel de bloco apareceram dois recibos também amachucados: um de portagem de auto-estrada com data do dia anterior e outro de gasóleo. Como sabemos que era o Damião quem conduzia a carrinha (para os artistas não se cansarem...) é mais um indício que pode incriminar o Damião, que poderia ter perdido os papéis na precipitação da fuga após o crime.
08. Mas há mais. A recepcionista recebeu ordens para ligar para os quartos dos componentes do grupo, dizendo apenas que esperassem nos seus quartos. Nenhuma informação sobre o crime, como é de boa regra. O próprio David confirmou que o telefonema recebido dizia apenas que não saísse do quarto, embora tivesse perguntado o que se passava. Muito suspeito é, pois, que o Damião já andasse no corredor, agitado, aos gritos de: Parece que esfaquearam o Quim! O Damião, no seu 3º.andar, só podia saber do crime se o tivesse cometido.
09. O ciúme deve ter sido o móbil do crime. O ambiente tenso no grupo tinha razão de ser nos rumores de que o Quim, fazendo jus à sua fama de conquistador, andaria metido com a mulher de outro colega. Essa seria, provavelmente, a mulher do Damião.
10. Como se terão passado as coisas?
O Damião andaria já com a pedra no sapato. O ciúme por sentir-se enganado e atraiçoado pelo chefe do grupo, de mistura com algum álcool a mais durante a lauta ceia, tê-lo-iam cegado, desencadeando os acontecimentos. Sorrateiro, escondeu num bolso a faca dos bifes embrulhada num guardanapo de pano e voltou ao Hotel decidido ao crime, pouco passaria das 02.30h. O Quim já estava no quarto, que ele sabia qual era, pois tinha no bolso a lista dos quartos ocupados. Era o 205, no 2º. andar. Os efeitos da bebida não lhe permitiram aperceber-se de que um dos músicos ainda não estava no quarto: o Cornélio estava no piso 0, a ver televisão. Talvez invocando as suas funções de motorista, terá ido bater à porta do Quim, dizendo que lhe convinha receber o dinheiro da portagem e do gasóleo, já que era o pianista quem também se encarregava das contas do grupo. Com esse pretexto, ou qualquer outro, entrou no quarto e, após uma violenta discussão, empunhou a faca que escondera no bolso, utilizando o guardanapo para evitar deixar impressões digitais, e apunhalou violentamente o Quim directamente no coração, provocando-lhe morte quase imediata. Seriam 03.00h da manhã e terá ouvido o elevador parar naquele andar. Era o Cornélio que chegava. Precipitado, correu em direcção às escadas do fundo do corredor, subindo ao seu andar, o 3º. Pelo chão do quarto ficaram o guardanapo ensanguentado e os três papéis amachucados que o viriam a denunciar. Note-se que Telo, o trompetista, no quarto 305, por cima do do Quim, ouviu a violenta discussão em baixo e pouco depois, quando foi à casa de banho, alguém correndo no corredor e fechar uma porta. Era o Damião, fugindo para o seu quarto, 309, onde terá ficado até ao telefonema da recepção.
11. “Muito bem, Inspector Garrett! Parece não haver de facto outra explicação para os acontecimentos. Mas quanto ao nome do conjunto creio que descobri. Trata-se de um aproveitamento do título português de um filme inglês que fez grande sucesso nos anos 50 e que se chamava “O Quinteto era de cordas”. Acertei?” – “ Só em parte” retorquiu Garrett. “Esse filme, que se chamava no original “The Lady Killers”, realizado pelo Alexander Mackendrick e com Alec Guinness e Peter Sellers entre os seus intérpretes, foi, de facto, um grande êxito da comédia inglesa. Mas há ainda outra explicação. Não reparaste que o nome do grupo aproveita a primeira sílaba do nome de cada um dos componentes: QUIM, o pianista, TE de Telo, TO de Tomás, DA de Damião, COR de Cornélio e DA de David? Aí tens! Elementar, meu caro Paes...”
Resultados:
Torneio A. Raposo:
Com 10 pontos: Agente Guima; Alce Branco; Avlis e Snitram; Búfalos Associados; Cloriano Monteiro de Carvalho; Daniel Falcão; Danielux; Detective Jeremias; Inspector Boavida; Karl Marques; Mister H; Rip Kirby.
Com 9 pontos: Dr. Gismondo; MedVet.
Com 8 pontos: Bernie Leceiro; Insp. PI.
"As Melhores": com 3 pontos: Rip Kirby; com 2 pontos: Cloriano Monteiro de Carvalho; com 1 ponto: Daniel Falcão.
Comentários: Apenas quatro concorrentes penalizaram nesta prova, por omissão dos pormenores 5 (uns) e 11 (outros) da solução dos autores. Para além das três melhores, distinguidas na respectiva classificação, refiram-se ainda os bons trabalhos de Insp. Boavida, Detective Jeremias, Avlis e Snitram, que se destacaram um pouco dos restantes.
E, chegados à última jornada, perfilam-se para a vitória final especialmente três concorrentes: Rip Kirby, Daniel Falcão e Detective Jeremias (com 5, 4 e 4 nas Melhores). Mas, atenção: há mais três concorrentes com 2 pontos nesta classificação que serve de desempate final. E com um problema do "senador " Constantino a decidir as coisas, nunca se sabe... Todas as reviravoltas na classificação são possíveis. Quem nos garante que o vencedor final será um dos actuais totalistas?
Troféu Clube de Detectives: Avlis e Snitram venceu MedVet; Cloriano Monteiro de Carvalho venceu Danielux. Último confronto (problema nº 5 - Final): Avlis e Snitram – Cloriano Monteiro de Carvalho.
TORNEIO A. RAPOSO E TROFÉU CLUBE DE DETECTIVES
ENIGMA POLICIÁRIO:
Problema nº 4: O QUINTETO ERA DA CORDA, de BÚFALOS ASSOCIADOS . Solução dos autores:
01. Tal como os “Três Mosqueteiros” eram, afinal, quatro, assim os componentes deste Quinteto da Corda eram, afinal, seis: além dos cinco instrumentistas, havia ainda o técnico de som, elemento essencial para as boas prestações artísticas do conjunto.
02. As notas recolhidas pelo Sargento Pais permitiram ao Inspector Garrett fazer um rápido esboço das plantas dos três pisos, localizando as habitações dos intervenientes no caso. (Ver figura no problema)
03. Garrett sabia que não podia ainda contar com provas concretas; no entanto, alguns indícios apontavam já numa direcção. Por isso, dissera: Já calculo quem matou o pianista.
04. Para começar, tudo indicava que o assassino estaria entre os cinco sobreviventes do grupo, uma vez que ninguém mais tinha entrado no Hotel antes da hora provável do crime e os turistas alemães não tinham qualquer razão para ser culpados. A própria recepcionista não poderia ser o homem que correu do quarto 205 para as escadas ao fundo do corredor.
05. Os palpites de Garrett começaram exactamente pela pequena folha de bloco algo amachucada encontrada no local do crime. Nela constava o nome de cada um dos componentes, seguido de um número que certamente seria o do respectivo quarto. Só que nessa relação faltava um nome: o de Damião, o técnico de som.
06. David, o contrabaixista, declarou que tinha o telemóvel desligado, como de costume. Muita gente o faz durante a noite, para não ser incomodado no decorrer do sono. Mas, na manhã seguinte, todos teriam de acordar cedo por causa da longa viagem que iriam fazer. O baterista Cornélio disse que havia sempre um elemento do grupo encarregado de acordar os outros, e desta vez não era ele. Sabendo que há pelo menos um (o David) que dorme com o telemóvel desligado, o mais seguro seria que o acordar de todos fosse feito através dos telefones fixos existentes nos quartos, o que até sairia mais barato para o contemplado com o serviço de alvorada.
Portanto, a lista de nomes e números em que falta o Damião serviria certamente como “aide-mémoire” para acordar todos os restantes. Sabendo ainda que apenas o quarto 309 (o que não consta na lista) pedira para ser despertado às 07.30h, podemos concluir que é esse o quarto do Damião e que o papel lhe pertencia. Teremos encontrado o criminoso?
07. Junto a esse papel de bloco apareceram dois recibos também amachucados: um de portagem de auto-estrada com data do dia anterior e outro de gasóleo. Como sabemos que era o Damião quem conduzia a carrinha (para os artistas não se cansarem...) é mais um indício que pode incriminar o Damião, que poderia ter perdido os papéis na precipitação da fuga após o crime.
08. Mas há mais. A recepcionista recebeu ordens para ligar para os quartos dos componentes do grupo, dizendo apenas que esperassem nos seus quartos. Nenhuma informação sobre o crime, como é de boa regra. O próprio David confirmou que o telefonema recebido dizia apenas que não saísse do quarto, embora tivesse perguntado o que se passava. Muito suspeito é, pois, que o Damião já andasse no corredor, agitado, aos gritos de: Parece que esfaquearam o Quim! O Damião, no seu 3º.andar, só podia saber do crime se o tivesse cometido.
09. O ciúme deve ter sido o móbil do crime. O ambiente tenso no grupo tinha razão de ser nos rumores de que o Quim, fazendo jus à sua fama de conquistador, andaria metido com a mulher de outro colega. Essa seria, provavelmente, a mulher do Damião.
10. Como se terão passado as coisas?
O Damião andaria já com a pedra no sapato. O ciúme por sentir-se enganado e atraiçoado pelo chefe do grupo, de mistura com algum álcool a mais durante a lauta ceia, tê-lo-iam cegado, desencadeando os acontecimentos. Sorrateiro, escondeu num bolso a faca dos bifes embrulhada num guardanapo de pano e voltou ao Hotel decidido ao crime, pouco passaria das 02.30h. O Quim já estava no quarto, que ele sabia qual era, pois tinha no bolso a lista dos quartos ocupados. Era o 205, no 2º. andar. Os efeitos da bebida não lhe permitiram aperceber-se de que um dos músicos ainda não estava no quarto: o Cornélio estava no piso 0, a ver televisão. Talvez invocando as suas funções de motorista, terá ido bater à porta do Quim, dizendo que lhe convinha receber o dinheiro da portagem e do gasóleo, já que era o pianista quem também se encarregava das contas do grupo. Com esse pretexto, ou qualquer outro, entrou no quarto e, após uma violenta discussão, empunhou a faca que escondera no bolso, utilizando o guardanapo para evitar deixar impressões digitais, e apunhalou violentamente o Quim directamente no coração, provocando-lhe morte quase imediata. Seriam 03.00h da manhã e terá ouvido o elevador parar naquele andar. Era o Cornélio que chegava. Precipitado, correu em direcção às escadas do fundo do corredor, subindo ao seu andar, o 3º. Pelo chão do quarto ficaram o guardanapo ensanguentado e os três papéis amachucados que o viriam a denunciar. Note-se que Telo, o trompetista, no quarto 305, por cima do do Quim, ouviu a violenta discussão em baixo e pouco depois, quando foi à casa de banho, alguém correndo no corredor e fechar uma porta. Era o Damião, fugindo para o seu quarto, 309, onde terá ficado até ao telefonema da recepção.
11. “Muito bem, Inspector Garrett! Parece não haver de facto outra explicação para os acontecimentos. Mas quanto ao nome do conjunto creio que descobri. Trata-se de um aproveitamento do título português de um filme inglês que fez grande sucesso nos anos 50 e que se chamava “O Quinteto era de cordas”. Acertei?” – “ Só em parte” retorquiu Garrett. “Esse filme, que se chamava no original “The Lady Killers”, realizado pelo Alexander Mackendrick e com Alec Guinness e Peter Sellers entre os seus intérpretes, foi, de facto, um grande êxito da comédia inglesa. Mas há ainda outra explicação. Não reparaste que o nome do grupo aproveita a primeira sílaba do nome de cada um dos componentes: QUIM, o pianista, TE de Telo, TO de Tomás, DA de Damião, COR de Cornélio e DA de David? Aí tens! Elementar, meu caro Paes...”
Resultados:
Torneio A. Raposo:
Com 10 pontos: Agente Guima; Alce Branco; Avlis e Snitram; Búfalos Associados; Cloriano Monteiro de Carvalho; Daniel Falcão; Danielux; Detective Jeremias; Inspector Boavida; Karl Marques; Mister H; Rip Kirby.
Com 9 pontos: Dr. Gismondo; MedVet.
Com 8 pontos: Bernie Leceiro; Insp. PI.
"As Melhores": com 3 pontos: Rip Kirby; com 2 pontos: Cloriano Monteiro de Carvalho; com 1 ponto: Daniel Falcão.
Comentários: Apenas quatro concorrentes penalizaram nesta prova, por omissão dos pormenores 5 (uns) e 11 (outros) da solução dos autores. Para além das três melhores, distinguidas na respectiva classificação, refiram-se ainda os bons trabalhos de Insp. Boavida, Detective Jeremias, Avlis e Snitram, que se destacaram um pouco dos restantes.
E, chegados à última jornada, perfilam-se para a vitória final especialmente três concorrentes: Rip Kirby, Daniel Falcão e Detective Jeremias (com 5, 4 e 4 nas Melhores). Mas, atenção: há mais três concorrentes com 2 pontos nesta classificação que serve de desempate final. E com um problema do "senador " Constantino a decidir as coisas, nunca se sabe... Todas as reviravoltas na classificação são possíveis. Quem nos garante que o vencedor final será um dos actuais totalistas?
Troféu Clube de Detectives: Avlis e Snitram venceu MedVet; Cloriano Monteiro de Carvalho venceu Danielux. Último confronto (problema nº 5 - Final): Avlis e Snitram – Cloriano Monteiro de Carvalho.
domingo, 27 de dezembro de 2009
POLICIÁRIO 962
REGULAMENTOS PREPARAM REGRESSO ÀS COMPETIÇÕES
Nesta última secção deste ano de 2009, é chegado o tempo de iniciarmos a publicação das disposições regulamentares que vão nortear as nossas competições em 2010, divulgação que prosseguirá na próxima semana.
Estes Regulamentos foram discutidos durante alguns meses e alvo de sugestões e alterações, de forma que as nossas competições se pudessem adequar devidamente aos tempos que correm e aos interesses dos nossos “detectives”.
Agora que as competições vão ter o seu início e se aproxima um momento histórico para o Policiário, que será atingirmos a secção 1000, um feito inédito na História do nosso passatempo, pretendemos que os nossos “detectives” leiam as disposições regulamentares, para que tudo decorra na melhor harmonia.
Chamamos a atenção dos nossos “detectives” para o facto de, já na nossa secção 964, ou seja, daqui por duas semanas, irmos ter, aqui mesmo, a primeira prova a doer e de nas semanas seguintes, irmos explicando a orgânica de publicação dos desafios, prazos para respostas, modo de fazer chegar as propostas de solução, etc.
Recordamos, também, que no blogue CRIME PÚBLICO poderão encontrar todas as informações e esclarecimentos, a todo o momento. Basta acederem em http://blogs.publico.pt/policiario.
Caríssimos confrades, é caso para dizermos que terminou a boa vida e que a adrenalina das grandes investigações vai começar a agitar todos os “detectives”!
Será caso para dizer, “Ano Novo, Competição Nova”!
REGULAMENTOS DAS COMPETIÇÕES 2010
CAMPEONATO NACIONAL
1. O Campeonato Nacional (CN) é uma prova aberta a todos os leitores, não necessitando de inscrição prévia.
2. O torneio terá DEZ provas, cada uma composta por DOIS problemas policiários, sendo um de características tradicionais e outro de resposta múltipla.
3. Cada solução dos problemas tradicionais será classificada entre 5 e 10 pontos, correspondendo 5 à simples presença e 10 à solução integral do enigma. As classificações intermédias serão definidas de acordo com o grau de resolução; cada solução dos problemas de resposta múltipla será classificada com 5 pontos, se certa e com 2, se errada.
4. Em cada prova serão seleccionados cinco participantes, pelo orientador, autores das melhores soluções tradicionais apresentadas, que somarão 5, 4, 3, 2 e 1 pontos especiais; estes pontos não contarão para a classificação final do CN, mas servirão para desempate em caso de igualdade, ficando em vantagem o concorrente que mais destes pontos acumular.
5. Com o mesmo critério e finalidade, estabelecidos no ponto anterior, mas incidindo sobre os dois tipos de problemas, serão seleccionadas cinco soluções mais originais, que somarão 5, 4, 3, 2 e 1 pontos consoante a sua originalidade.
6. Será Campeão Nacional o concorrente que no final das DEZ provas acumule o maior número dos pontos referidos no terceiro ponto.
7. Em caso nenhum poderá haver mais que um campeão nacional. Em caso de igualdade pontual, será vencedor, pela seguinte ordem, o concorrente que:
a) Somar mais pontos especiais, referidos no quarto ponto;
b) Tenha tido mais vezes a pontuação máxima de 15 (10+5) pontos;
c) Tenha mais vezes obtido a pontuação máxima dos pontos especiais;
d) Tenha mais vezes pontuado nos pontos especiais;
e) Somar mais pontos originais, referidos no quinto ponto;
f) Tenha mais vezes obtido a pontuação máxima dos pontos originais;
g) Tenha mais vezes pontuado nos pontos originais;
h) Elabore a melhor solução numa prova suplementar a levar a cabo em oportunidade a definir.
8. Serão atribuídos os seguintes prémios: Troféu para o Campeão Nacional; Taças para os classificados até ao 5º lugar; Medalhas para os classificados entre o 6º e o 20º lugar; Taça para o primeiro classificado nos pontos especiais e Medalhas para o 2º e 3º; Taça para o primeiro classificado nos pontos originais e Medalhas para o 2º e 3º.
9. Todos os casos omissos serão resolvidos pelo orientador, depois de auscultar quem entender, não havendo recurso das decisões tomadas.
REGULAMENTO DA TAÇA DE PORTUGAL
1. A Taça de Portugal (TP) é uma prova que decorre paralelamente ao Campeonato Nacional, usando os mesmos problemas;
2. Concorrerão todos os leitores que respondam à primeira prova do CN;
3. Nessa primeira prova serão seleccionados os 512 concorrentes com melhores pontuações no somatório dos dois problemas (tradicional e resposta múltipla), que passarão à 2.ª eliminatória da Taça. O desempate será pela melhor qualidade na resposta ao problema tradicional;
4. Antes de cada eliminatória, excepto a primeira, haverá um sorteio que definirá os confrontos directos entre cada dois concorrentes, passando à eliminatória seguinte o que obtiver melhor pontuação ou, em caso de igualdade, aquele que o orientador considere ser autor de melhor solução;
5. A prova nº 10 do CN, será a final da TP;
6. Prémios: O vencedor receberá a TP; o finalista vencido receberá uma réplica; os dois semi-finalistas vencidos receberão taças; os concorrentes eliminados nos quartos e oitavos de final, receberão medalhas;
7. Todos os casos omissos serão resolvidos tal como o estabelecido no último ponto do Regulamento do CN.
CAMPEONATO NACIONAL DE PRODUÇÃO
1. Todas as produções tradicionais (10) que sejam publicadas como provas do CN ficarão automaticamente apuradas para o Campeonato Nacional de Produções (CNP).
2. Para o efeito, todos os candidatos a produzirem desafios para o CN podem desde já enviar as suas propostas, acompanhadas da respectiva solução, para a secção, não havendo prazo limite para o seu envio.
3. Cada produção não poderá ter mais de 6500 caracteres, com espaços, e deverão ser enviadas preferencialmente em CD-ROM, DVD ou por e-mail, neste caso para o endereço pessoa_luis@hotmail.com.
4. Cada produtor pode enviar os desafios que entender, mas apenas poderá ser publicado um de cada produtor, se este for simultaneamente concorrente em decifração.
5. A classificação final do CNP será estabelecida pelo somatório dos pontos a atribuir pelos decifradores que respondam a todas as provas.
6. Os produtores têm direito a voto, desde que cumpram com o número anterior.
7. Serão atribuídos os seguintes prémios: Troféu para o Campeão Nacional de Produção; Taças do 2º ao 5º lugar; Medalhas para os restantes.
8. Os problemas de escolha múltipla (10) não poderão ter mais de 5000 caracteres e cumprirem com o ponto 3 e 4, sendo cada um premiado com uma medalha.
9. Todos os casos omissos serão resolvidos de acordo com o estabelecido no último ponto do Regulamento do CN.
BOM ANO DE 2010
Como é da tradição, neste último contacto no ano de 2009 com os nossos leitores e “detectives”, queremos deixar aqui os votos de excelente 2010, com tudo de bom e muito Policiário!
Este ano será especial para a nossa actividade, pelo facto de pela primeira vez uma secção Policiária atingir o marco histórico de 1000 secções!
Por isso, aqui ficam os votos de que este nosso Ano do Milénio nos possa trazer tudo aquilo que mais desejamos, muita camaradagem, muita amizade, muita competição e magníficos momentos de dedução e investigação!
Coluna do “C”
FALTAM 38 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
O sexto ano da nossa secção, 1998, foi marcado por um torneio que acabou por dar que falar, graças a uma competição espectacular, só decidida em cima da meta: O Torneio dos Ases.
Pela primeira vez estavam em competição mais de 1000 “detectives”, o que originava maratonas terríveis para classificar milhares de páginas de respostas aos enigmas, numa altura em que o papel era “rei e senhor” e, mais do que isso, muitas soluções eram elaboradas à mão, com todas as dificuldades de leitura que daí advinham.
No final da competição, o confrade Hortonólito, da Tertúlia Policiária de Coimbra, arrasou toda a concorrência e arrebatou o primeiro lugar, à frente de “detectives” como Abrótea, Big Ben, Didi, Inspector Moka, Mário André, Mis-São, Nove, Paulita e Tobrouk.
Por força da sua superioridade, Hortonólito foi também Policiarista do Ano e chegou ao final como N.º 1 do Ranking.
Como curiosidade, desta lista de confrades, só o Abrótea esteve em actividade na nossa secção, no ano de 2009!
Nesta última secção deste ano de 2009, é chegado o tempo de iniciarmos a publicação das disposições regulamentares que vão nortear as nossas competições em 2010, divulgação que prosseguirá na próxima semana.
Estes Regulamentos foram discutidos durante alguns meses e alvo de sugestões e alterações, de forma que as nossas competições se pudessem adequar devidamente aos tempos que correm e aos interesses dos nossos “detectives”.
Agora que as competições vão ter o seu início e se aproxima um momento histórico para o Policiário, que será atingirmos a secção 1000, um feito inédito na História do nosso passatempo, pretendemos que os nossos “detectives” leiam as disposições regulamentares, para que tudo decorra na melhor harmonia.
Chamamos a atenção dos nossos “detectives” para o facto de, já na nossa secção 964, ou seja, daqui por duas semanas, irmos ter, aqui mesmo, a primeira prova a doer e de nas semanas seguintes, irmos explicando a orgânica de publicação dos desafios, prazos para respostas, modo de fazer chegar as propostas de solução, etc.
Recordamos, também, que no blogue CRIME PÚBLICO poderão encontrar todas as informações e esclarecimentos, a todo o momento. Basta acederem em http://blogs.publico.pt/policiario.
Caríssimos confrades, é caso para dizermos que terminou a boa vida e que a adrenalina das grandes investigações vai começar a agitar todos os “detectives”!
Será caso para dizer, “Ano Novo, Competição Nova”!
REGULAMENTOS DAS COMPETIÇÕES 2010
CAMPEONATO NACIONAL
1. O Campeonato Nacional (CN) é uma prova aberta a todos os leitores, não necessitando de inscrição prévia.
2. O torneio terá DEZ provas, cada uma composta por DOIS problemas policiários, sendo um de características tradicionais e outro de resposta múltipla.
3. Cada solução dos problemas tradicionais será classificada entre 5 e 10 pontos, correspondendo 5 à simples presença e 10 à solução integral do enigma. As classificações intermédias serão definidas de acordo com o grau de resolução; cada solução dos problemas de resposta múltipla será classificada com 5 pontos, se certa e com 2, se errada.
4. Em cada prova serão seleccionados cinco participantes, pelo orientador, autores das melhores soluções tradicionais apresentadas, que somarão 5, 4, 3, 2 e 1 pontos especiais; estes pontos não contarão para a classificação final do CN, mas servirão para desempate em caso de igualdade, ficando em vantagem o concorrente que mais destes pontos acumular.
5. Com o mesmo critério e finalidade, estabelecidos no ponto anterior, mas incidindo sobre os dois tipos de problemas, serão seleccionadas cinco soluções mais originais, que somarão 5, 4, 3, 2 e 1 pontos consoante a sua originalidade.
6. Será Campeão Nacional o concorrente que no final das DEZ provas acumule o maior número dos pontos referidos no terceiro ponto.
7. Em caso nenhum poderá haver mais que um campeão nacional. Em caso de igualdade pontual, será vencedor, pela seguinte ordem, o concorrente que:
a) Somar mais pontos especiais, referidos no quarto ponto;
b) Tenha tido mais vezes a pontuação máxima de 15 (10+5) pontos;
c) Tenha mais vezes obtido a pontuação máxima dos pontos especiais;
d) Tenha mais vezes pontuado nos pontos especiais;
e) Somar mais pontos originais, referidos no quinto ponto;
f) Tenha mais vezes obtido a pontuação máxima dos pontos originais;
g) Tenha mais vezes pontuado nos pontos originais;
h) Elabore a melhor solução numa prova suplementar a levar a cabo em oportunidade a definir.
8. Serão atribuídos os seguintes prémios: Troféu para o Campeão Nacional; Taças para os classificados até ao 5º lugar; Medalhas para os classificados entre o 6º e o 20º lugar; Taça para o primeiro classificado nos pontos especiais e Medalhas para o 2º e 3º; Taça para o primeiro classificado nos pontos originais e Medalhas para o 2º e 3º.
9. Todos os casos omissos serão resolvidos pelo orientador, depois de auscultar quem entender, não havendo recurso das decisões tomadas.
REGULAMENTO DA TAÇA DE PORTUGAL
1. A Taça de Portugal (TP) é uma prova que decorre paralelamente ao Campeonato Nacional, usando os mesmos problemas;
2. Concorrerão todos os leitores que respondam à primeira prova do CN;
3. Nessa primeira prova serão seleccionados os 512 concorrentes com melhores pontuações no somatório dos dois problemas (tradicional e resposta múltipla), que passarão à 2.ª eliminatória da Taça. O desempate será pela melhor qualidade na resposta ao problema tradicional;
4. Antes de cada eliminatória, excepto a primeira, haverá um sorteio que definirá os confrontos directos entre cada dois concorrentes, passando à eliminatória seguinte o que obtiver melhor pontuação ou, em caso de igualdade, aquele que o orientador considere ser autor de melhor solução;
5. A prova nº 10 do CN, será a final da TP;
6. Prémios: O vencedor receberá a TP; o finalista vencido receberá uma réplica; os dois semi-finalistas vencidos receberão taças; os concorrentes eliminados nos quartos e oitavos de final, receberão medalhas;
7. Todos os casos omissos serão resolvidos tal como o estabelecido no último ponto do Regulamento do CN.
CAMPEONATO NACIONAL DE PRODUÇÃO
1. Todas as produções tradicionais (10) que sejam publicadas como provas do CN ficarão automaticamente apuradas para o Campeonato Nacional de Produções (CNP).
2. Para o efeito, todos os candidatos a produzirem desafios para o CN podem desde já enviar as suas propostas, acompanhadas da respectiva solução, para a secção, não havendo prazo limite para o seu envio.
3. Cada produção não poderá ter mais de 6500 caracteres, com espaços, e deverão ser enviadas preferencialmente em CD-ROM, DVD ou por e-mail, neste caso para o endereço pessoa_luis@hotmail.com.
4. Cada produtor pode enviar os desafios que entender, mas apenas poderá ser publicado um de cada produtor, se este for simultaneamente concorrente em decifração.
5. A classificação final do CNP será estabelecida pelo somatório dos pontos a atribuir pelos decifradores que respondam a todas as provas.
6. Os produtores têm direito a voto, desde que cumpram com o número anterior.
7. Serão atribuídos os seguintes prémios: Troféu para o Campeão Nacional de Produção; Taças do 2º ao 5º lugar; Medalhas para os restantes.
8. Os problemas de escolha múltipla (10) não poderão ter mais de 5000 caracteres e cumprirem com o ponto 3 e 4, sendo cada um premiado com uma medalha.
9. Todos os casos omissos serão resolvidos de acordo com o estabelecido no último ponto do Regulamento do CN.
BOM ANO DE 2010
Como é da tradição, neste último contacto no ano de 2009 com os nossos leitores e “detectives”, queremos deixar aqui os votos de excelente 2010, com tudo de bom e muito Policiário!
Este ano será especial para a nossa actividade, pelo facto de pela primeira vez uma secção Policiária atingir o marco histórico de 1000 secções!
Por isso, aqui ficam os votos de que este nosso Ano do Milénio nos possa trazer tudo aquilo que mais desejamos, muita camaradagem, muita amizade, muita competição e magníficos momentos de dedução e investigação!
Coluna do “C”
FALTAM 38 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
O sexto ano da nossa secção, 1998, foi marcado por um torneio que acabou por dar que falar, graças a uma competição espectacular, só decidida em cima da meta: O Torneio dos Ases.
Pela primeira vez estavam em competição mais de 1000 “detectives”, o que originava maratonas terríveis para classificar milhares de páginas de respostas aos enigmas, numa altura em que o papel era “rei e senhor” e, mais do que isso, muitas soluções eram elaboradas à mão, com todas as dificuldades de leitura que daí advinham.
No final da competição, o confrade Hortonólito, da Tertúlia Policiária de Coimbra, arrasou toda a concorrência e arrebatou o primeiro lugar, à frente de “detectives” como Abrótea, Big Ben, Didi, Inspector Moka, Mário André, Mis-São, Nove, Paulita e Tobrouk.
Por força da sua superioridade, Hortonólito foi também Policiarista do Ano e chegou ao final como N.º 1 do Ranking.
Como curiosidade, desta lista de confrades, só o Abrótea esteve em actividade na nossa secção, no ano de 2009!
PONTO DE ORDEM!
SECÇÃO DO MILÉNIO
Meus caros, parece que estamos todos metidos num imenso buraco, de onde não sabemos ou conseguimos sair, mas não é assim!
Vejamos: Temos mais de 2000 pessoas que se dão ao "trabalho" e não é pouco, como sabemos, de comparecer aos torneios, mesmo que esporadicamente e que acompanham o Policiário; temos um grupo muito mais restrito, que valoriza e segue o Policiário também pela sua vertente de convívio pessoal; temos, ainda, uma imensidão de antigos policiaristas que nos continuam a ler e de quem vamos tendo notícias, de vez em quando.
Então, queixamo-nos de quê?
Em que época do Policiário foi possível reunir tão bons meios para estarmos unidos em torno daquilo que gostamos: O Policiário!
Claro que todos queriamos mais e mais! Gostariamos de ter 500 ou 600 pessoas reunidas a uma mesa em confraternização franca e alegre; gostariamos de ter o rosto e a palavra de todos e não apenas um pseudónimo, mas são assim os tempos actuais! Hoje, namora-se, trocam-se intimidades, vive-se em frente de um computador! É mau? É bom? Só o futuro poderá responder.
Esta nova Era, também nas relações interpessoais, é a realidade! Nós, ainda a vamos tentando contrariar, mas somos nós que estamos a ser ultrapassados, não eles a serem alcançados!
Meus caros, esta discussão (pela positiva, claro) é uma discussão sobre a fartura e não sobre a míngua! Não estamos a discutir como salvar uma secção por não ter "clientes", mas a discutir como trazer uma parte desses "clientes" para uma realidade que eles não procuram nem procuraram nunca.
A secção Policiário é para medirmos "forças" perante problemas policiários. Esse desafio foi aceite por milhares de pessoas, uma parte escreve e responde, outra parte (não tão pequena assim), limita-se a responder para si e depois comparar. Alguns, bastantes, depois escrevem-nos e contar como foi. Depois passam a concorrer ou simplesmente voltam à "clandestinidade".
PORTANTO, a nossa missão está cumprida, perante aquilo que nos propusemos: criar um espaço para as pessoas lerem desafios policiários e tentarem dar-lhes resposta.
A questão, agora, é perante as dificuldades que poderão surgir e de que já falámos, de a secção poder ter sobressaltos.
Aí é que as questões são mais melindrosas e uma série de acções "falhadas", ou seja, que não registem dimensão suficiente para quem pretende mostrar a sua força, podem deitar tudo a perder.
Temos uma boa dimensão pelos participantes que temos, mas poderemos ter uma dimensão minúscula se organizarmos um evento que não registe participação. E nessa altura, quem está de faca e garfo à espera do banquete da degola dos inocentes, poderá dar o salto definitivo.
Quer-se dizer: A nossa missão é fazer os torneios, ter participantes, mostrar que se pode reunir nas páginas de um jornal dois milhares de pessoas para exercitarem a inteligência, em troco de muito pouco. Isso, perdoem-nos a imodéstia, conseguimos fazer de modo a calar completamente as vozes obtusas que se vão levantando, aqui e ali.
Fazer eventos e dar-lhes um cunho de demonstração de uma força que se não tem...
Meus caros, parece que estamos todos metidos num imenso buraco, de onde não sabemos ou conseguimos sair, mas não é assim!
Vejamos: Temos mais de 2000 pessoas que se dão ao "trabalho" e não é pouco, como sabemos, de comparecer aos torneios, mesmo que esporadicamente e que acompanham o Policiário; temos um grupo muito mais restrito, que valoriza e segue o Policiário também pela sua vertente de convívio pessoal; temos, ainda, uma imensidão de antigos policiaristas que nos continuam a ler e de quem vamos tendo notícias, de vez em quando.
Então, queixamo-nos de quê?
Em que época do Policiário foi possível reunir tão bons meios para estarmos unidos em torno daquilo que gostamos: O Policiário!
Claro que todos queriamos mais e mais! Gostariamos de ter 500 ou 600 pessoas reunidas a uma mesa em confraternização franca e alegre; gostariamos de ter o rosto e a palavra de todos e não apenas um pseudónimo, mas são assim os tempos actuais! Hoje, namora-se, trocam-se intimidades, vive-se em frente de um computador! É mau? É bom? Só o futuro poderá responder.
Esta nova Era, também nas relações interpessoais, é a realidade! Nós, ainda a vamos tentando contrariar, mas somos nós que estamos a ser ultrapassados, não eles a serem alcançados!
Meus caros, esta discussão (pela positiva, claro) é uma discussão sobre a fartura e não sobre a míngua! Não estamos a discutir como salvar uma secção por não ter "clientes", mas a discutir como trazer uma parte desses "clientes" para uma realidade que eles não procuram nem procuraram nunca.
A secção Policiário é para medirmos "forças" perante problemas policiários. Esse desafio foi aceite por milhares de pessoas, uma parte escreve e responde, outra parte (não tão pequena assim), limita-se a responder para si e depois comparar. Alguns, bastantes, depois escrevem-nos e contar como foi. Depois passam a concorrer ou simplesmente voltam à "clandestinidade".
PORTANTO, a nossa missão está cumprida, perante aquilo que nos propusemos: criar um espaço para as pessoas lerem desafios policiários e tentarem dar-lhes resposta.
A questão, agora, é perante as dificuldades que poderão surgir e de que já falámos, de a secção poder ter sobressaltos.
Aí é que as questões são mais melindrosas e uma série de acções "falhadas", ou seja, que não registem dimensão suficiente para quem pretende mostrar a sua força, podem deitar tudo a perder.
Temos uma boa dimensão pelos participantes que temos, mas poderemos ter uma dimensão minúscula se organizarmos um evento que não registe participação. E nessa altura, quem está de faca e garfo à espera do banquete da degola dos inocentes, poderá dar o salto definitivo.
Quer-se dizer: A nossa missão é fazer os torneios, ter participantes, mostrar que se pode reunir nas páginas de um jornal dois milhares de pessoas para exercitarem a inteligência, em troco de muito pouco. Isso, perdoem-nos a imodéstia, conseguimos fazer de modo a calar completamente as vozes obtusas que se vão levantando, aqui e ali.
Fazer eventos e dar-lhes um cunho de demonstração de uma força que se não tem...
sábado, 26 de dezembro de 2009
SECÇÃO DO MILÉNIO
Não podemos deixar de registar aqui a mensagem de DOMINGOS CABRAL / ZÉ DOS ANZÓIS, para todos nós, os mais "velhotes" destas coisas, o sempre e só INSPECTOR ARANHA, sobre o assunto.
Tomemos a devida nota:
Luis
Tens toda a razão c/a "água na fervura", com o apelo de prudência que acabas de formular, dada a pouca capacidade de mobilização dos policiaristas e as consequências de promovermos iniciativas menos conseguidas. Mas, também,não devemos acomodarmo-nos no fatalismo. Haverá é que tentar trabalhar melhor, proporcionando, por exemplo, nos Convívios que promovemos, outros motivos de interesse para além do habitual almoço, que talvez por ser só isso reunem habitualmente sempre as mesmas caras.
Creio que este teu alerta se fundamente nas ideias que têm sido apresentadas para as comemorações do milésimo. E, como até agora, tenho sido eu o principal "alimentador" das mesmas, gostaria de acrescentar o seguinte:
1º Obviamente que não pretendo que se concretizem todas as sugestões formuladas. Delas -- e das demais que surgirem -- apenas deverão ser seleccionadas as melhores e mais exequíveis para constituir o programa final;
2º Entendo, também, que a comemoração de um evento deste significado não deverá confinar-se a um único fim de semana. Seria bastante redutor. Daí que um colóquio num fim de semana -- sem necessidade de contar com muitas dezenas de pessoas -- mais algumas iniciativas, em dois outros fins de semana, que podem resultar sem necessidade de grande número de presenças, por serem promovidas em salas de pequena capacidade (a teatrealização de um problema policial, ou uma pequena peça de teatro ), a culminar, no grande e último dia das comemorações, com, por exemplo, a exposição das 1.000 Secções e o almoço de confraternização final,
este sim, com uma grande participação,seria, creio, uma idea de programa final a aprofundar
3º - Para finalizar,e com vista a uma grande -- e necessária - mobilização para o almoço de convívio, pela qual todos nos devemos empenhar a fundo, aqui deixo mais uma ideia: que cada um de nós (todos, mas em especial aqueles que sempre comparecem aos convívios) assumam o COMPROMISSO de levarem pelo menos mais um confrade (entre aqueles que nunca foram ou que já deixaram de ir).
A falta de presenças nos convívios tem sido um factor de que habitualmente nos queixamos,mas, o que é que cada um de nós tem feito para inverter tal situação ? Para dar o exemplo, e o pontapé de saída, comprometo-me aqui e agora a levar ao almoço dois amigos (antigos policiaristas) que há muitos anos deixaram de comparecer nestes eventos. Quem mais aceita o repto ?
Domingos Cabral /Zé dos Anzóis
26 de Dezembro de 2009 17:47
Tomemos a devida nota:
Luis
Tens toda a razão c/a "água na fervura", com o apelo de prudência que acabas de formular, dada a pouca capacidade de mobilização dos policiaristas e as consequências de promovermos iniciativas menos conseguidas. Mas, também,não devemos acomodarmo-nos no fatalismo. Haverá é que tentar trabalhar melhor, proporcionando, por exemplo, nos Convívios que promovemos, outros motivos de interesse para além do habitual almoço, que talvez por ser só isso reunem habitualmente sempre as mesmas caras.
Creio que este teu alerta se fundamente nas ideias que têm sido apresentadas para as comemorações do milésimo. E, como até agora, tenho sido eu o principal "alimentador" das mesmas, gostaria de acrescentar o seguinte:
1º Obviamente que não pretendo que se concretizem todas as sugestões formuladas. Delas -- e das demais que surgirem -- apenas deverão ser seleccionadas as melhores e mais exequíveis para constituir o programa final;
2º Entendo, também, que a comemoração de um evento deste significado não deverá confinar-se a um único fim de semana. Seria bastante redutor. Daí que um colóquio num fim de semana -- sem necessidade de contar com muitas dezenas de pessoas -- mais algumas iniciativas, em dois outros fins de semana, que podem resultar sem necessidade de grande número de presenças, por serem promovidas em salas de pequena capacidade (a teatrealização de um problema policial, ou uma pequena peça de teatro ), a culminar, no grande e último dia das comemorações, com, por exemplo, a exposição das 1.000 Secções e o almoço de confraternização final,
este sim, com uma grande participação,seria, creio, uma idea de programa final a aprofundar
3º - Para finalizar,e com vista a uma grande -- e necessária - mobilização para o almoço de convívio, pela qual todos nos devemos empenhar a fundo, aqui deixo mais uma ideia: que cada um de nós (todos, mas em especial aqueles que sempre comparecem aos convívios) assumam o COMPROMISSO de levarem pelo menos mais um confrade (entre aqueles que nunca foram ou que já deixaram de ir).
A falta de presenças nos convívios tem sido um factor de que habitualmente nos queixamos,mas, o que é que cada um de nós tem feito para inverter tal situação ? Para dar o exemplo, e o pontapé de saída, comprometo-me aqui e agora a levar ao almoço dois amigos (antigos policiaristas) que há muitos anos deixaram de comparecer nestes eventos. Quem mais aceita o repto ?
Domingos Cabral /Zé dos Anzóis
26 de Dezembro de 2009 17:47
RUMO AO ANO 2010
ALGUMA ÁGUA NA FERVURA, SFF!
Terminadas as movimentações próprias de uma época especial como é o Natal, esperando que o Menino Jesus da minha infância tenha sido pródigo nos presentes postos nos sapatinhos, cá vamos em aceleração contínua, rumo à próxima época!
Uma época que se deseja decisiva, quer em termos de competição, mas igualmente em organização de eventos.
Uma vez assegurada a permanência do nosso espaço, mais pelo silêncio que pela afirmação, o horizonte alargou-se em um ano inteiro.
Chegamos, assim, à programação de toda a época e à escolha criteriosa daquilo que podemos fazer com êxito. Não haverá lugar para meias tintas, para o talvez. Por isso entendermos que vai ser uma época decisiva para o futuro, e que vamos ter, pela primeira vez, o desafio adicional da mobilização dos confrades para a comparência em certos eventos, se enveredarmos por essa via.
Ou seja, os eventos que anunciarmos na página do jornal têm que ser seguros em termos de mobilização e visibilidade, ou mais vale não os anunciarmos.
Tem sido uma mazela nossa, de que nos penitenciamos, a incapacidade de trazer para o convívio, para a presença, as larguíssimas centenas de confrades regulares do nosso passatempo, mesmo sabendo que os tempos são outros e as mobilizações para convívios, já eram!
Daí estarem fora dos planos imediatos as concentrações, os eventos que envolvam uma contagem numérica que possa ser catastrófica para a afirmação que pretendemos.
Estamos cientes da força do Policiário, mas não da sua força mobilizadora, como tem sido provado ao longo dos anos.
Portanto, há que refrear as euforias, há que fazer um ponto da situação muito fundamentado, medir as forças e as consequências de passos dados sem o necessário cuidado.
Continuemos a pensar o Policiário que desejamos e aquele que temos!
Terminadas as movimentações próprias de uma época especial como é o Natal, esperando que o Menino Jesus da minha infância tenha sido pródigo nos presentes postos nos sapatinhos, cá vamos em aceleração contínua, rumo à próxima época!
Uma época que se deseja decisiva, quer em termos de competição, mas igualmente em organização de eventos.
Uma vez assegurada a permanência do nosso espaço, mais pelo silêncio que pela afirmação, o horizonte alargou-se em um ano inteiro.
Chegamos, assim, à programação de toda a época e à escolha criteriosa daquilo que podemos fazer com êxito. Não haverá lugar para meias tintas, para o talvez. Por isso entendermos que vai ser uma época decisiva para o futuro, e que vamos ter, pela primeira vez, o desafio adicional da mobilização dos confrades para a comparência em certos eventos, se enveredarmos por essa via.
Ou seja, os eventos que anunciarmos na página do jornal têm que ser seguros em termos de mobilização e visibilidade, ou mais vale não os anunciarmos.
Tem sido uma mazela nossa, de que nos penitenciamos, a incapacidade de trazer para o convívio, para a presença, as larguíssimas centenas de confrades regulares do nosso passatempo, mesmo sabendo que os tempos são outros e as mobilizações para convívios, já eram!
Daí estarem fora dos planos imediatos as concentrações, os eventos que envolvam uma contagem numérica que possa ser catastrófica para a afirmação que pretendemos.
Estamos cientes da força do Policiário, mas não da sua força mobilizadora, como tem sido provado ao longo dos anos.
Portanto, há que refrear as euforias, há que fazer um ponto da situação muito fundamentado, medir as forças e as consequências de passos dados sem o necessário cuidado.
Continuemos a pensar o Policiário que desejamos e aquele que temos!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
BOAS FESTAS E FELIZ NATAL
O "CRIME PÚBLICO" E A SECÇÃO "POLICIÁRIO" DESEJAM A TODOS OS LEITORES E DETECTIVES UM FELIZ NATAL.
MAIS LOGO, É ALTURA DE COLOCAR O SAPATINHO NA CHAMINÉ (SE NÃO SABE O QUE É UMA CHAMINÉ, NÃO COLOQUE JUNTO DO EXAUSTOR DE FUMOS DA COZINHA)E AGUARDE ATÉ DE MANHÃ PARA LÁ IR VER SE CHEGOU ALGUMA COISA.
O MENINO JESUS NÃO COSTUMA FALHAR, MAS COM ESTAS COISAS DOS CÓDIGOS POSTAIS COM SETE (7) ALGARISMOS, PODE ACONTECER.
SE NÃO TIVER LÁ NADA, PODE RECLAMAR DIRECTAMENTE PARA A LINHA DE ATENDIMENTO OU ENVIAR UM E-MAIL.
EM ALTERNATIVA, PODE CONTACTAR OS SERVIÇOS DA DECO E SOLICITAR A SUA AJUDA, OU OS SERVIÇOS DA ASAE, ELABORANDO A RECLAMAÇÃO EM IMPRESSO PRÓPRIO.
VERIFIQUE ATENTAMENTE SE OS PRAZOS DE VALIDADE DOS PRESENTES ESTÃO CORRECTOS.
ANALISE BEM SE OS OBJECTOS CORRESPONDEM AO QUE ENCOMENDOU, UMA VEZ QUE SÓ TEM QUINZE (15) DIAS PARA EFECTUAR A RECLAMAÇÃO E SOLICITAR A TROCA.
AS AUTORIDADES AGRADECEM A COLABORAÇÃO DE TODOS, NO SENTIDO DE ESTAREM ATENTOS A DUAS SITUAÇÕES MUITO FREQUENTES, QUE CONFIGURAM DELITOS GRAVES:
- UMAS VEZES A DISTRIBUIÇÃO É FEITA POR UMA CRIANÇA MUITO, MUITO JOVEM, QUASE RECÉM-NASCIDA, QUE SE MOVIMENTA EM TELHADOS E CHAMINÉS, NUMA SITUAÇÃO CLARA DE TRABALHO INFANTIL, QUE DEVE SER VIGOROSAMENTE DENUNCIADA;
- OUTRAS VEZES, ESSE MESMO TRABALHO É EXERCIDO POR UM IDOSO, MUITO IDOSO, DE LONGAS BARBAS BRANCAS, QUE USA OS MESMOS MEIOS E QUE POR ESTAR JÁ REFORMADO ESTÁ IMPEDIDO DE EXERCER ESSA ACTIVIDADE.
SEMPRE QUE DETECTAR QUALQUER DESTAS SITUAÇÕES, POR FAVOR, NÃO ACTUE POR SI, NÃO DISPARE OU AGRIDA ESSES INTRUSOS, CONTACTE-NOS IMEDIATAMENTE PARA O NOSSO NÚMERO DE EMERGÊNCIA.
RECORDAMOS AOS NOSSOS LEITORES QUE NESTA NOITE VÃO ESTAR LIGADAS TODAS AS CÂMARAS DE VÍDEO DAS CIDADES, VILAS E ALDEIAS DO PAÍS, MAIS AQUELAS QUE VÃO FILMAR CADA CASA, POR DENTRO E POR FORA, CADA COMPARTIMENTO, POR DENTRO E POR FORA, CADA CIDADÃO LIVRE E DEMOCRÁTICO, POR DENTRO E POR FORA. PARA VOSSA COMPLETA SEGURANÇA, CLARO!
RESTA-NOS DESEJAR UMA BOA NOITE DE CONSOADA PARA TODOS, LEMBRANDO QUE HAVERÁ UM SINAL SONORO AGUDO, ACOMPANHADO DE UMA DOR INTENSA NO OUVIDO DIREITO LOGO QUE CADA PESSOA ULTRAPASSE O LIMITE DE GORDURA E DE CALORIAS, OU DO OUVIDO ESQUERDO SE HOUVER INGESTÃO DE BEBIDAS ESPIRITUOSAS, DE CHOCOLATES E OUTROS PRODUTOS PERIGOSOS.
TENHAM UMA BOA CEIA, EM FAMÍLIA, NA PRIVACIDADE DO LAR.
BOM NATAL!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
CAMPEONATO NACIONAL
PRIMEIRA PROVA
A primeira parte da primeira prova do Campeonato Nacional vai ser publicada no dia 10de Janeiro de 2010 e vai ser composta de um problema de escolha múltipla, ou seja, de rápidas.
No dia 17 será publicada a segunda parte, composta de um problema tradicional.
O prazo para resposta aos dois desafios, decorrerá até ao dia 31 de Janeiro.
Ficarão, assim, abertas as portas de mais um ano de competição, que pretendemos venha a ser determinante para mostrarmos a vitalidade e importância do Policiário num jornal de expansão nacional, neste caso o PÚBLICO.
Ao fim de quase 18 anos de Policiário no PÚBLICO, não temos nada a demonstrar a ninguém e por isso resta-nos darmos o melhor de nós mesmos, numa organização de boa competição, saudável, com muita camaradagem e amizade, afinal de contas tudo o que temos vindo a fazer de há muito a esta parte.
Resta-nos, pois, sermos iguais a nós mesmos!
Venham essas produções, que parece não estarem a mobilizar ninguém!
Meus caros, um problema aqui, outro ali, podem fazer a diferença entre um torneio banal e um bom!
Ninguém tem uma ideia? Ninguém tem pachorra para a escrever? Estão à espera dos outros? Já repararam que se fizerem um problema é menos um que têm para responder no torneio, com garantia da pontuação máxima?
Mãos à obra!
Essa será a melhor prenda de Natal que poderão dar ao Policiário!
A primeira parte da primeira prova do Campeonato Nacional vai ser publicada no dia 10de Janeiro de 2010 e vai ser composta de um problema de escolha múltipla, ou seja, de rápidas.
No dia 17 será publicada a segunda parte, composta de um problema tradicional.
O prazo para resposta aos dois desafios, decorrerá até ao dia 31 de Janeiro.
Ficarão, assim, abertas as portas de mais um ano de competição, que pretendemos venha a ser determinante para mostrarmos a vitalidade e importância do Policiário num jornal de expansão nacional, neste caso o PÚBLICO.
Ao fim de quase 18 anos de Policiário no PÚBLICO, não temos nada a demonstrar a ninguém e por isso resta-nos darmos o melhor de nós mesmos, numa organização de boa competição, saudável, com muita camaradagem e amizade, afinal de contas tudo o que temos vindo a fazer de há muito a esta parte.
Resta-nos, pois, sermos iguais a nós mesmos!
Venham essas produções, que parece não estarem a mobilizar ninguém!
Meus caros, um problema aqui, outro ali, podem fazer a diferença entre um torneio banal e um bom!
Ninguém tem uma ideia? Ninguém tem pachorra para a escrever? Estão à espera dos outros? Já repararam que se fizerem um problema é menos um que têm para responder no torneio, com garantia da pontuação máxima?
Mãos à obra!
Essa será a melhor prenda de Natal que poderão dar ao Policiário!
M. CONSTANTINO NO PÚBLICO
O HOMENAGEADO É M. CONSTANTINO!
Já havia quem desse o palpite de que só podia ser o Mestre a encerrar este pequeno ciclo de homenagens que o Policiário do PÚBLICO levou a efeito.
Eis o Policiário 961:
M. CONSTANTINO LANÇA UM REPTO AOS LEITORES
Não são necessárias muitas palavras para definir M Constantino, aquele que é, unanimemente considerado o melhor produtor de enigmas policiários.
Conhecemo-lo há longos anos em diversas facetas da sua vida policiária, não só como produtor excelente, mas igualmente como ensaísta e estudioso destes assuntos, com trabalhos importantes, felizmente muitos publicados graças à Associação Policiária Portuguesa (APP).
M. Constantino é hoje o nosso homenageado, encerrando este pequeno ciclo que promovemos, em vésperas do início das nossas competições 2010.
Fiquem, pois, com este “bico-de-obra” com a chancela de qualidade do nosso Mestre.
O PUNHAL MALDITO QUE VEIO DO PASSADO
Autor: M. Constantino
As mãos nuas do cavaleiro afastam do rosto os ramos orvalhados. Segue a vibração do martelo sobre a bigorna, na floresta nevoenta. O som torna-se mais audível pela proximidade. O cheiro pestífero das águas da lagoa denuncia o fim da jornada. É hora do afortunado – a condenação à morte do irmão e o suicídio do pai, engrossam-lhe a riqueza – quão inescrupuloso personagem, deixar a montada e dirigir-se a pé ao encontro do exímio armeiro. Acerca-se a passos lentos… Tem dez Legiões, magica Spartacus, cogita no título de Procônsul.
O armeiro curva-se reverente… “Dives pax vobiscum”… O gélido cavaleiro teve um ligeiro arrepio, disfarçado. O armeiro estende-lhe o fruto do trabalho: o punhal longo, bronze e fio de ouro temperados nas águas fétidas da “Lagoa da Morte”, logo inquebrável, punho incrustado de pedras preciosas.
Pega na arma, agradado, toma-lhe o peso… Subitamente, de um só golpe faz rolar a cabeça de quem acaba de o servir… o corpo tomba ao lado. Limpa o punhal, extrai com os dedos, sem tremura, um moeda de ouro, que atira para junto do corpo… “Finis coronat opus”… Regressa à montada, indiferente.
Pouco após, durante a festa de despedida de duas das suas Legiões, que integram o contingente para a Gália, um dos comandantes apropria-se, esquiva e ilegitimamente, da arma. O roubado, consultada a sua estrela, não persegue o ladrão. Certo é que, internado no território gálico sem estorvo, tal comandante, jovem e ambicioso, adianta-se ao grosso da coluna com uma centúria de “infantes” e “velitas” e dez cavaleiros. Caem numa emboscada. Os galeses soltam-se das árvores sobre o inimigo. O punhal de ouro corta e trespassa corpos… Na manhã seguinte, um dos muitos mendigos que acompanhou os exércitos encontra-o numa mão dispersa, cujos dedos foram totalmente decepados…
O tempo conta-se por dias, anos, séculos. Do punhal nada se sabia…
Em pleno Renascimento, entre os escombros de um sombrio solar medieval (sem respeito pelos fantasmas do marido e sogro, que perturbavam o sono, tétrico de visões, da formosa diva favorita do Rei, este, em cumprimento da promessa que lhe fizera, ali mandou erguer um monumental castelo), ocasionalmente, um operário descobre o valioso punhal. Levou-o. Foi assassinado antes de alcançar recato. A arma desapareceu de novo… dias, anos, séculos decorreram.
Sensivelmente três séculos depois, um homem alto, forte, de cabelos louros, no período áureo da sua existência, permite-se ostentar à cintura o punhal de ouro e bronze, cabo coberto de pedrarias… Onde o encontrou? Fora o eterno perseguido, parte da vida nas prisões e delas de evadindo graças à arte de disfarce e expedientes loucos. Apreciava o nome de Jules, mas usava Blondel, Lebel, soldado Kaisenky. No Regimento de Bourbon serviu como Jacquelin. Vida espantosa! Mesmo na notoriedade, bateu-se contra polícias ou contra ladrões, por vezes simultaneamente com uns e outros. Já septuagenário, é julgado por fraude, sequestro e escroqueria: sente-se em casa, tal é o seu à-vontade! Mas onde se encontra o punhal, cuja posse parece ser por si só, uma ameaça?
Na louca cavalgada dos anos, por estranho que pareça, entra Portugal. É um punhal maldito com uma história não menos sinistra.
Depois que me foi revelada a sua existência, vejo o refulgir do seu gume de ouro. O brilho das pedras, a adejar-me sobre a cabeça. Na escuridão do quarto, anormalmente silencioso, ouço um som horrível – o do meu coração saltitante! Grito e acordo! Que sonho terrífico! Terrífico, mas real.
Obcecado, recolho elementos, estudo-os, posso garantir: o Cavaleiro existiu, descobri o seu nome (Qual é?) e, a verificar-se o cruel crime na actualidade, o personagem era facilmente identificável (Como?); o Castelo (Qual é?) representa o mais belo protótipo da arquitectura referida; o ás das evasões fora-me fácil de identificar (Quem é?).
São estas as quatro questões que deixo à inteligência dos leitores.
Posto este desafio do Mestre Constantino, boas deduções!
SOLUÇÃO DE “O LEITOR RESOLVE”
Autor: FIGALEIRA/BIG BEN
O problema publicado na passada semana foi solucionado pelo próprio autor, da seguinte forma:
O objecto que tem a indicação de 60 a.C. é falso, por ser impossível indicar aquilo que ainda não sucedera; isto é – 60 anos antes de Cristo!
A PRÓXIMA ÉPOCA
Estamos na recta final do aquecimento para mais uma época de competições, que vai ter o seu primeiro desafio no primeiro domingo do ano de 2010, precisamente do dia 3 de Janeiro.
Até ao final deste ano, vamos publicar os regulamentos definitivos, os calendários das provas, prazos e todos os restantes pormenores, para que os “detectives” possam planear a sua participação.
Relembramos que continuamos à espera das vossas propostas de desafios, quer tradicionais, quer rápidos (escolha múltipla). O primeiro é do género daqueles que temos vindo a publicar e, na prática, será um conto policial que o autor interrompe logo que tenha fornecido todos os dados necessários à sua resolução, pedindo aos “detectives” que decifrem o enigma nele contido; O segundo tem a mesma finalidade, mas o próprio autor revela, no final, quatro (e apenas serão admitidas quatro) hipóteses de solução, sendo que apenas uma poderá decifrar o enigma.
Os trabalhos deverão ser enviados para o endereço electrónico pessoa_luis@hotmail.com, cumprindo com os limites de caracteres impostos pelo Regulamento e pelo espaço disponível, ou seja, 6500, para os desafios tradicionais e 5000 para os “rápidos”, em qualquer dos casos com espaços incluídos.
Chamamos ainda a atenção para o facto de cada produção dever ser acompanhada da respectiva proposta de solução.
BOAS FESTAS
O Policiário deseja a todos os leitores em geral e particularmente aos nossos “detectives”, um Feliz Natal!
COLUNA DO “C”
FALTAM 39 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
A Volta a Portugal de 1997, terminou em clima de grande amizade e camaradagem, como é apanágio deste mundo policiário.
Ficou na retina a cerimónia do envergar das camisolas das diversas classificações, ao vivo, no decorrer do convívio de Santarém, numa organização do confrade Zé dos Anzóis/Inspector Aranha, depois da etapa que terminou na cidade escalabitana.
No final da competição, foi o confrade Dic Roland quem açambarcou a maioria dos prémios em disputa, mercê de uma prova a todos os títulos brilhante, chegando à meta instalada em Lisboa, envergando as camisolas, amarela, branca e verde. O confrade K.O. envergou a azul.
Sem surpresa, Dic Roland foi Policiarista do Ano e terminou em N.º 1 do Ranking.
Em pouco mais de cinco anos, atingimos os 1000 concorrentes a responder regularmente aos desafios, na altura um máximo absoluto, situação extraordinária, se tivermos em conta que a internet ainda era uma miragem para a esmagadora maioria das pessoas.
Já havia quem desse o palpite de que só podia ser o Mestre a encerrar este pequeno ciclo de homenagens que o Policiário do PÚBLICO levou a efeito.
Eis o Policiário 961:
M. CONSTANTINO LANÇA UM REPTO AOS LEITORES
Não são necessárias muitas palavras para definir M Constantino, aquele que é, unanimemente considerado o melhor produtor de enigmas policiários.
Conhecemo-lo há longos anos em diversas facetas da sua vida policiária, não só como produtor excelente, mas igualmente como ensaísta e estudioso destes assuntos, com trabalhos importantes, felizmente muitos publicados graças à Associação Policiária Portuguesa (APP).
M. Constantino é hoje o nosso homenageado, encerrando este pequeno ciclo que promovemos, em vésperas do início das nossas competições 2010.
Fiquem, pois, com este “bico-de-obra” com a chancela de qualidade do nosso Mestre.
O PUNHAL MALDITO QUE VEIO DO PASSADO
Autor: M. Constantino
As mãos nuas do cavaleiro afastam do rosto os ramos orvalhados. Segue a vibração do martelo sobre a bigorna, na floresta nevoenta. O som torna-se mais audível pela proximidade. O cheiro pestífero das águas da lagoa denuncia o fim da jornada. É hora do afortunado – a condenação à morte do irmão e o suicídio do pai, engrossam-lhe a riqueza – quão inescrupuloso personagem, deixar a montada e dirigir-se a pé ao encontro do exímio armeiro. Acerca-se a passos lentos… Tem dez Legiões, magica Spartacus, cogita no título de Procônsul.
O armeiro curva-se reverente… “Dives pax vobiscum”… O gélido cavaleiro teve um ligeiro arrepio, disfarçado. O armeiro estende-lhe o fruto do trabalho: o punhal longo, bronze e fio de ouro temperados nas águas fétidas da “Lagoa da Morte”, logo inquebrável, punho incrustado de pedras preciosas.
Pega na arma, agradado, toma-lhe o peso… Subitamente, de um só golpe faz rolar a cabeça de quem acaba de o servir… o corpo tomba ao lado. Limpa o punhal, extrai com os dedos, sem tremura, um moeda de ouro, que atira para junto do corpo… “Finis coronat opus”… Regressa à montada, indiferente.
Pouco após, durante a festa de despedida de duas das suas Legiões, que integram o contingente para a Gália, um dos comandantes apropria-se, esquiva e ilegitimamente, da arma. O roubado, consultada a sua estrela, não persegue o ladrão. Certo é que, internado no território gálico sem estorvo, tal comandante, jovem e ambicioso, adianta-se ao grosso da coluna com uma centúria de “infantes” e “velitas” e dez cavaleiros. Caem numa emboscada. Os galeses soltam-se das árvores sobre o inimigo. O punhal de ouro corta e trespassa corpos… Na manhã seguinte, um dos muitos mendigos que acompanhou os exércitos encontra-o numa mão dispersa, cujos dedos foram totalmente decepados…
O tempo conta-se por dias, anos, séculos. Do punhal nada se sabia…
Em pleno Renascimento, entre os escombros de um sombrio solar medieval (sem respeito pelos fantasmas do marido e sogro, que perturbavam o sono, tétrico de visões, da formosa diva favorita do Rei, este, em cumprimento da promessa que lhe fizera, ali mandou erguer um monumental castelo), ocasionalmente, um operário descobre o valioso punhal. Levou-o. Foi assassinado antes de alcançar recato. A arma desapareceu de novo… dias, anos, séculos decorreram.
Sensivelmente três séculos depois, um homem alto, forte, de cabelos louros, no período áureo da sua existência, permite-se ostentar à cintura o punhal de ouro e bronze, cabo coberto de pedrarias… Onde o encontrou? Fora o eterno perseguido, parte da vida nas prisões e delas de evadindo graças à arte de disfarce e expedientes loucos. Apreciava o nome de Jules, mas usava Blondel, Lebel, soldado Kaisenky. No Regimento de Bourbon serviu como Jacquelin. Vida espantosa! Mesmo na notoriedade, bateu-se contra polícias ou contra ladrões, por vezes simultaneamente com uns e outros. Já septuagenário, é julgado por fraude, sequestro e escroqueria: sente-se em casa, tal é o seu à-vontade! Mas onde se encontra o punhal, cuja posse parece ser por si só, uma ameaça?
Na louca cavalgada dos anos, por estranho que pareça, entra Portugal. É um punhal maldito com uma história não menos sinistra.
Depois que me foi revelada a sua existência, vejo o refulgir do seu gume de ouro. O brilho das pedras, a adejar-me sobre a cabeça. Na escuridão do quarto, anormalmente silencioso, ouço um som horrível – o do meu coração saltitante! Grito e acordo! Que sonho terrífico! Terrífico, mas real.
Obcecado, recolho elementos, estudo-os, posso garantir: o Cavaleiro existiu, descobri o seu nome (Qual é?) e, a verificar-se o cruel crime na actualidade, o personagem era facilmente identificável (Como?); o Castelo (Qual é?) representa o mais belo protótipo da arquitectura referida; o ás das evasões fora-me fácil de identificar (Quem é?).
São estas as quatro questões que deixo à inteligência dos leitores.
Posto este desafio do Mestre Constantino, boas deduções!
SOLUÇÃO DE “O LEITOR RESOLVE”
Autor: FIGALEIRA/BIG BEN
O problema publicado na passada semana foi solucionado pelo próprio autor, da seguinte forma:
O objecto que tem a indicação de 60 a.C. é falso, por ser impossível indicar aquilo que ainda não sucedera; isto é – 60 anos antes de Cristo!
A PRÓXIMA ÉPOCA
Estamos na recta final do aquecimento para mais uma época de competições, que vai ter o seu primeiro desafio no primeiro domingo do ano de 2010, precisamente do dia 3 de Janeiro.
Até ao final deste ano, vamos publicar os regulamentos definitivos, os calendários das provas, prazos e todos os restantes pormenores, para que os “detectives” possam planear a sua participação.
Relembramos que continuamos à espera das vossas propostas de desafios, quer tradicionais, quer rápidos (escolha múltipla). O primeiro é do género daqueles que temos vindo a publicar e, na prática, será um conto policial que o autor interrompe logo que tenha fornecido todos os dados necessários à sua resolução, pedindo aos “detectives” que decifrem o enigma nele contido; O segundo tem a mesma finalidade, mas o próprio autor revela, no final, quatro (e apenas serão admitidas quatro) hipóteses de solução, sendo que apenas uma poderá decifrar o enigma.
Os trabalhos deverão ser enviados para o endereço electrónico pessoa_luis@hotmail.com, cumprindo com os limites de caracteres impostos pelo Regulamento e pelo espaço disponível, ou seja, 6500, para os desafios tradicionais e 5000 para os “rápidos”, em qualquer dos casos com espaços incluídos.
Chamamos ainda a atenção para o facto de cada produção dever ser acompanhada da respectiva proposta de solução.
BOAS FESTAS
O Policiário deseja a todos os leitores em geral e particularmente aos nossos “detectives”, um Feliz Natal!
COLUNA DO “C”
FALTAM 39 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
A Volta a Portugal de 1997, terminou em clima de grande amizade e camaradagem, como é apanágio deste mundo policiário.
Ficou na retina a cerimónia do envergar das camisolas das diversas classificações, ao vivo, no decorrer do convívio de Santarém, numa organização do confrade Zé dos Anzóis/Inspector Aranha, depois da etapa que terminou na cidade escalabitana.
No final da competição, foi o confrade Dic Roland quem açambarcou a maioria dos prémios em disputa, mercê de uma prova a todos os títulos brilhante, chegando à meta instalada em Lisboa, envergando as camisolas, amarela, branca e verde. O confrade K.O. envergou a azul.
Sem surpresa, Dic Roland foi Policiarista do Ano e terminou em N.º 1 do Ranking.
Em pouco mais de cinco anos, atingimos os 1000 concorrentes a responder regularmente aos desafios, na altura um máximo absoluto, situação extraordinária, se tivermos em conta que a internet ainda era uma miragem para a esmagadora maioria das pessoas.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
CICLO DE HOMENAGENS
ÚLTIMA ANTES DO NATAL
Neste próximo domingo vamos encerrar este ciclo de homenagens em que pretendemos dar uma imagem de confrades que nos mereceram uma distinção.
Não pudemos prestar homenagem a todos os que a mereceriam, mas mesmo assim entendemos que valeu a pena.
Já este domingo, mais uma justíssima referência!
A QUEM?
Mistério... por mais umas horas!
Neste próximo domingo vamos encerrar este ciclo de homenagens em que pretendemos dar uma imagem de confrades que nos mereceram uma distinção.
Não pudemos prestar homenagem a todos os que a mereceriam, mas mesmo assim entendemos que valeu a pena.
Já este domingo, mais uma justíssima referência!
A QUEM?
Mistério... por mais umas horas!
POLICIÁRIO EM 2010
HÁ 18 ANOS, A CAMINHO DE 19!
Há 18 anos consecutivos que há Policiário na imprensa diária portuguesa e em 2010 chegaremos aos 19!
Quando olhamos para trás, para aquele remoto 1 de Julho de 1992, ainda nos custa a acreditar!
Atenção aos apontamentos que vamos deixando sobre o nosso passado, em todas as secções, até à nossa meta mais próxima: a secção 1000.
Há 18 anos consecutivos que há Policiário na imprensa diária portuguesa e em 2010 chegaremos aos 19!
Quando olhamos para trás, para aquele remoto 1 de Julho de 1992, ainda nos custa a acreditar!
Atenção aos apontamentos que vamos deixando sobre o nosso passado, em todas as secções, até à nossa meta mais próxima: a secção 1000.
COMPETIÇÕES 2010
ATENÇÃO!
É já no próximo dia 10 de Janeiro que vamos começar as nossas competições, com a publicação do primeiro desafio da primeira prova.
No dia 10, problema de "rápidas"; No dia 17, problema tradicional.
O prazo para responder será até ao dia 31 de Janeiro.
Meus caros, o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal vão estar "na estrada" daqui por algumas semanas!
E fica o novo apelo: ESSAS PRODUÇÕES, APARECEM OU NÃO?
É já no próximo dia 10 de Janeiro que vamos começar as nossas competições, com a publicação do primeiro desafio da primeira prova.
No dia 10, problema de "rápidas"; No dia 17, problema tradicional.
O prazo para responder será até ao dia 31 de Janeiro.
Meus caros, o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal vão estar "na estrada" daqui por algumas semanas!
E fica o novo apelo: ESSAS PRODUÇÕES, APARECEM OU NÃO?
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
MUNDO DOS PASSATEMPOS
ENIGMA POLICIÁRIO:
TORNEIO A. RAPOSO E TROFÉU CLUBE DE DETECTIVES – PROBLEMA Nº5 (ÚLTMO):
UM, DOIS, TRÊS … E ERA UMA VEZ DE M. CONSTANTINO:
Ao longo da existência humana, milhares de milhares de palavras têm sido usadas sobre o crime. Estudos, relatos, ficção. Criaram-se ciências e aperfeiçoaram-se técnicas, condicionou-se o indivíduo e agravaram-se penas. Não obstante, o crime pulula. Ignora prevenções e repressões, desafia os próprios medos, se é que os tem. Nada o detém.
Esta é a história dos ASA, sigla que encerra três nomes próprios, três criminosos. Conheceram-se na prisão – Sérgio, a força bruta, 1,80 m. de altura, ombros largos, sólidos, músculos a revelarem força, cicatriz no rosto, estigmas de cortes nos braços, olhar de aço. Ninguém ousava enfrentá-lo. Doís anos de prisão por homicídio involuntário da namorada; o juiz teve em conta os antecedentes. Aleixo, o contraste de Sérgio, mais alto 10 cm., delgado, pálido, olhos furtivos por detrás dos óculos graduados não parecia perigoso. Todavia, amador precoce da química, salvara-se por milagre da explosão que destruíra o laboratório escolar e que ele próprio provocara. Dezoito meses, por posse, elaboração e venda de drogas psicotrópicas. Escolhera Sérgio como companhia. O terceiro membro do trio, Alcino, não mais de 1,70 de altura, cara de menino, alegre, condenado por aliciar e recrutar sexo de menores. Rapaz bonito, recebia assobios dos garanhões como se dirigidos a uma mulher. Um dia, desfez todos os equívocos: revelara-se um exímio perito em artes marciais e outros tipos de luta pouco inocentes. Seis ou sete valentões jaziam por terra e, quando Sérgio ia intervir, a seu lado, a matilha afastou-se, de cabeça baixa. O moço seguiu Aleixo e Sérgio sem prévia consulta. Num universo em que é vulgar a traição, a revolta e a exteriorização dos instintos mais malévolos, o ambiente começou a mudar. Algumas, poucas, reacções foram prontamente eliminadas. Tudo e todos dependiam da ASA, com evidente complacência dos guardas. Um prisioneiro queria uma testemunha, dinheiro e arranjava-se. Queria telefonar, o único telefone fora do alcance dos guardas estava invisível nas mãos dos ASA. Planos de fuga concretizados, frustrados quando era suposto serem do desconhecimento total do trio, ajustes dentro e fora das grades, eram obra dos odiados e temidos ASA ou de alguém por eles.
O tempo passa. Um ano depois de plena liberdade, o trio não existe, na aparência. A cirurgia plástica, a arte do disfarce, as influências e cumplicidades operam milagres, quando há dinheiro. Dois eram proprietários de clubes insuspeitos, de alta categoria, bem frequentados, que disfarçavam uma rede de prostituição, dos 15 aos 18 anos, nenhuma de raça latina, geridos por especialistas asiáticos que desconheciam os proprietários. Outro, uma casa de jogos de fortuna, jamais licenciada mas funcionando. Um laboratório de cariz inócuo distribuía droga. Frutuosos filões. Estabeleceram entre si a regra de que o último a sobreviver recebia todas as existências. Uma espécie de desafio ao destino, convenhamos. Mais, concordaram na aquisição de uma grande propriedade para a construção de um edifício de três andares, um novo clube com piscinas, campo de golfe, ténis e outros fins; algo de selecto, por isso. Sérgio, disfarçado de "investidor estrangeiro", tomou conta da obra que só foi mostrada aos outros quando o edifício de duzentos e cinquenta quartos estava pronto, faltando apenas mobílias e obras exteriores em fase de finalização. No fim de semana, as obras foram suspensas e os operários dispensados por dois dias, para visita dos "sócios estrangeiros".
Em veículos próprios, seguiram Sérgio até ao largo do futuro clube, atravessaram o cimento húmido e estacionaram no gigantesco parque de estacionamento. Atravessaram por um passeio empedrado, que impedia o trânsito para as traseiras. Sérgio puxou das chaves e abriu a porta, com uma vénia. A sala de recepção era ampla, com portas para o restaurante à direita, bar e sala de leitura à esquerda.
A visita ao interior levou cerca de três horas. Faltava o exterior. Alguém lembrou que precisavam de almoçar. Não seria arriscado saírem e voltar depois? Sérgio lembrou um restaurante na estrada das traseiras. Convidou Alcino e atirou com as chaves da porta principal para Aleixo, recomendando: - Não abras a desconhecidos!
Seguiram pela traseira do prédio, entre as piscinas, entraram na floresta por um carreiro, até aos campos de ténis, delimitado por uma estreita orla de cimento. Alcino, que se adiantara, ouviu um estampido surdo, voltou-se e viu Sérgio caído, a apertar o tornozelo com o lenço ensanguentado, exclamando: Deita-te, rápido, fui atingido!
Alcino deixou-se cair. Depois, procurou chegar junto do ferido, que o deteve: - Telefona ao Dr. Amaro; ele sabe o caminho! Pasmosamente, não traziam telemóveis! Sérgio, gemendo, disse-lhe para voltar ao prédio. Assim fez. Hesitou ao deparar com a bifurcação de carreiros com que não reparara antes. - É o da direita, gritou o outro. Correndo doidamente na floresta cerrada, perdeu-se. Quase uma hora depois de vãs tentativas, deparou com um terreno irregular, assinalado como campo de golpe. Parou à escuta, ouvia veículos. Seguiu. Encontrou o desvio entre a estrada principal e a do futuro clube. Um casal facultou-lhe o telemóvel. Pouco menos de uma hora, surgiu o médico e chegaram junto de Sérgio. Demasiado tarde: as mãos e a perna ferida estavam repletas de sangue, estando esta amarrada pela gravata, em jeito de torniquete. A hemorragia matara-o.
A preocupação era evidente. O médico, conhecendo bem aquele local, levou Alcino até ao edifício. Bateram à porta, chamaram; ninguém respondeu. Nenhuma porta ou janela estava aberta. Voltaram a bater. Teria Aleixo adoecido, já que o carro estava no lugar? De comum acordo, impeliram uma trave e arrombaram a porta. Esperava-os o inesperado: os sapatos 45, de Aleixo, salpicados de cimento, formavam um V; não um V de vitória, mas um V de vencido... um tiro mortal no peito! O médico não via alternativa – tinha de chamar a polícia.
Alcino concordou mas, enquanto o Dr. Amaro dava explicações, agarrado ao telemóvel, dissimuladamente, meteu-se no carro, torceu, rodou a ignição e... uma explosão brutal pulverizou veículo e condutor...
Um, dois, três... e era uma vez!
Carros da polícia, ambulâncias, um magote de investigadores não se fizeram esperar. Começaram por identificar as vítimas, que não traziam documentos. Nos carros intactos, acharam documentos falsos e disfarces. Só pelas impressões digitais os Serviços Centrais, com demora, descobriram que eram os três cadastrados. Nas minuciosas buscas ao prédio, não encontraram forma do assassino entrar ou sair; a porta arrombada estava fechada à chave e as três chaves que lhe pertenciam jaziam em cima da bancada, com os telemóveis. Nunca esteve em causa o suicídio, dada a ausência de vestígios que o justificassem. Autópsias: a bala que feriu Sérgio entrou pela parte interior externa da coxa, cortou a artéria femoral, saindo um pouco abaixo, sem tocar o osso, caindo perto do corpo; hemorragia, supressão de circulação sanguínea, síncope. O projéctil que matou Aleixo destroçou a veia posterior do ventrículo esquerdo, penetrando profundamente no coração; saiu pelas costas e cravou-se num escadote. A balística apurou que os dois projécteis, de calibre 7,65 foram disparados pela mesma arma: um revólver curto de seis tiros, dois detonados, encontrado numa vala, a seis metros do corpo de Sérgio, enrolado num cheiroso lenço, saturado, segundo o laboratório, de fucsina e álcool. Num monte de ferramentas e luvas dos operários, encontrava-se uma chave da porta arrombada, com uma etiqueta de papelão, sem impressões digitais. O laboratório científico concluiu que a bomba que matou Alcino era potente bastante para não deixar indícios do seu fabrico.
Utilizando os vários dados como se fossem cacos dispersos de um valioso prato de porcelana, os quais o artista, pacientemente, vai colando, caco a caco, no lugar próprio, até o reconstruir, os investigadores vasculharam todo o trama e desvendaram o denso mistério.
É a vez do leitor … e boa sorte nas conclusões. Não esqueçam que este é O problema que tudo vai decidir!!!
NOTA IMPORTANTE: OS PRAZOS DE RESPOSTA SÃO IMPRETERÍVEIS!
As respostas por escrito (para Apartado 593 – 2000 Santarém) têm de ser recebidas até ao dia 31 de Dezembro (final de aluguer do Apartado).
As respostas por correio electrónico (para d.cabral@sapo.pt e gustavobarosa@hotmail.com ) têm de ser recebidas até ao dia 5 de Janeiro, para serem publicadas as classificações finais das competições na nossa última secção (15 de Janeiro). Obrigado pela compreensão.
E MUITA ATENÇÃO:
Isto era para ser só revelado na distribuição de prémios, mas era injusto:
Para além do prémio da Secção, o autor da melhor solução deste último problema será premiado com uma medalha de colecção de 10 €, comemorativa de Ceorges Simenon, oferta do confrade ALCE BRANCO!
TORNEIO A. RAPOSO E TROFÉU CLUBE DE DETECTIVES – PROBLEMA Nº5 (ÚLTMO):
UM, DOIS, TRÊS … E ERA UMA VEZ DE M. CONSTANTINO:
Ao longo da existência humana, milhares de milhares de palavras têm sido usadas sobre o crime. Estudos, relatos, ficção. Criaram-se ciências e aperfeiçoaram-se técnicas, condicionou-se o indivíduo e agravaram-se penas. Não obstante, o crime pulula. Ignora prevenções e repressões, desafia os próprios medos, se é que os tem. Nada o detém.
Esta é a história dos ASA, sigla que encerra três nomes próprios, três criminosos. Conheceram-se na prisão – Sérgio, a força bruta, 1,80 m. de altura, ombros largos, sólidos, músculos a revelarem força, cicatriz no rosto, estigmas de cortes nos braços, olhar de aço. Ninguém ousava enfrentá-lo. Doís anos de prisão por homicídio involuntário da namorada; o juiz teve em conta os antecedentes. Aleixo, o contraste de Sérgio, mais alto 10 cm., delgado, pálido, olhos furtivos por detrás dos óculos graduados não parecia perigoso. Todavia, amador precoce da química, salvara-se por milagre da explosão que destruíra o laboratório escolar e que ele próprio provocara. Dezoito meses, por posse, elaboração e venda de drogas psicotrópicas. Escolhera Sérgio como companhia. O terceiro membro do trio, Alcino, não mais de 1,70 de altura, cara de menino, alegre, condenado por aliciar e recrutar sexo de menores. Rapaz bonito, recebia assobios dos garanhões como se dirigidos a uma mulher. Um dia, desfez todos os equívocos: revelara-se um exímio perito em artes marciais e outros tipos de luta pouco inocentes. Seis ou sete valentões jaziam por terra e, quando Sérgio ia intervir, a seu lado, a matilha afastou-se, de cabeça baixa. O moço seguiu Aleixo e Sérgio sem prévia consulta. Num universo em que é vulgar a traição, a revolta e a exteriorização dos instintos mais malévolos, o ambiente começou a mudar. Algumas, poucas, reacções foram prontamente eliminadas. Tudo e todos dependiam da ASA, com evidente complacência dos guardas. Um prisioneiro queria uma testemunha, dinheiro e arranjava-se. Queria telefonar, o único telefone fora do alcance dos guardas estava invisível nas mãos dos ASA. Planos de fuga concretizados, frustrados quando era suposto serem do desconhecimento total do trio, ajustes dentro e fora das grades, eram obra dos odiados e temidos ASA ou de alguém por eles.
O tempo passa. Um ano depois de plena liberdade, o trio não existe, na aparência. A cirurgia plástica, a arte do disfarce, as influências e cumplicidades operam milagres, quando há dinheiro. Dois eram proprietários de clubes insuspeitos, de alta categoria, bem frequentados, que disfarçavam uma rede de prostituição, dos 15 aos 18 anos, nenhuma de raça latina, geridos por especialistas asiáticos que desconheciam os proprietários. Outro, uma casa de jogos de fortuna, jamais licenciada mas funcionando. Um laboratório de cariz inócuo distribuía droga. Frutuosos filões. Estabeleceram entre si a regra de que o último a sobreviver recebia todas as existências. Uma espécie de desafio ao destino, convenhamos. Mais, concordaram na aquisição de uma grande propriedade para a construção de um edifício de três andares, um novo clube com piscinas, campo de golfe, ténis e outros fins; algo de selecto, por isso. Sérgio, disfarçado de "investidor estrangeiro", tomou conta da obra que só foi mostrada aos outros quando o edifício de duzentos e cinquenta quartos estava pronto, faltando apenas mobílias e obras exteriores em fase de finalização. No fim de semana, as obras foram suspensas e os operários dispensados por dois dias, para visita dos "sócios estrangeiros".
Em veículos próprios, seguiram Sérgio até ao largo do futuro clube, atravessaram o cimento húmido e estacionaram no gigantesco parque de estacionamento. Atravessaram por um passeio empedrado, que impedia o trânsito para as traseiras. Sérgio puxou das chaves e abriu a porta, com uma vénia. A sala de recepção era ampla, com portas para o restaurante à direita, bar e sala de leitura à esquerda.
A visita ao interior levou cerca de três horas. Faltava o exterior. Alguém lembrou que precisavam de almoçar. Não seria arriscado saírem e voltar depois? Sérgio lembrou um restaurante na estrada das traseiras. Convidou Alcino e atirou com as chaves da porta principal para Aleixo, recomendando: - Não abras a desconhecidos!
Seguiram pela traseira do prédio, entre as piscinas, entraram na floresta por um carreiro, até aos campos de ténis, delimitado por uma estreita orla de cimento. Alcino, que se adiantara, ouviu um estampido surdo, voltou-se e viu Sérgio caído, a apertar o tornozelo com o lenço ensanguentado, exclamando: Deita-te, rápido, fui atingido!
Alcino deixou-se cair. Depois, procurou chegar junto do ferido, que o deteve: - Telefona ao Dr. Amaro; ele sabe o caminho! Pasmosamente, não traziam telemóveis! Sérgio, gemendo, disse-lhe para voltar ao prédio. Assim fez. Hesitou ao deparar com a bifurcação de carreiros com que não reparara antes. - É o da direita, gritou o outro. Correndo doidamente na floresta cerrada, perdeu-se. Quase uma hora depois de vãs tentativas, deparou com um terreno irregular, assinalado como campo de golpe. Parou à escuta, ouvia veículos. Seguiu. Encontrou o desvio entre a estrada principal e a do futuro clube. Um casal facultou-lhe o telemóvel. Pouco menos de uma hora, surgiu o médico e chegaram junto de Sérgio. Demasiado tarde: as mãos e a perna ferida estavam repletas de sangue, estando esta amarrada pela gravata, em jeito de torniquete. A hemorragia matara-o.
A preocupação era evidente. O médico, conhecendo bem aquele local, levou Alcino até ao edifício. Bateram à porta, chamaram; ninguém respondeu. Nenhuma porta ou janela estava aberta. Voltaram a bater. Teria Aleixo adoecido, já que o carro estava no lugar? De comum acordo, impeliram uma trave e arrombaram a porta. Esperava-os o inesperado: os sapatos 45, de Aleixo, salpicados de cimento, formavam um V; não um V de vitória, mas um V de vencido... um tiro mortal no peito! O médico não via alternativa – tinha de chamar a polícia.
Alcino concordou mas, enquanto o Dr. Amaro dava explicações, agarrado ao telemóvel, dissimuladamente, meteu-se no carro, torceu, rodou a ignição e... uma explosão brutal pulverizou veículo e condutor...
Um, dois, três... e era uma vez!
Carros da polícia, ambulâncias, um magote de investigadores não se fizeram esperar. Começaram por identificar as vítimas, que não traziam documentos. Nos carros intactos, acharam documentos falsos e disfarces. Só pelas impressões digitais os Serviços Centrais, com demora, descobriram que eram os três cadastrados. Nas minuciosas buscas ao prédio, não encontraram forma do assassino entrar ou sair; a porta arrombada estava fechada à chave e as três chaves que lhe pertenciam jaziam em cima da bancada, com os telemóveis. Nunca esteve em causa o suicídio, dada a ausência de vestígios que o justificassem. Autópsias: a bala que feriu Sérgio entrou pela parte interior externa da coxa, cortou a artéria femoral, saindo um pouco abaixo, sem tocar o osso, caindo perto do corpo; hemorragia, supressão de circulação sanguínea, síncope. O projéctil que matou Aleixo destroçou a veia posterior do ventrículo esquerdo, penetrando profundamente no coração; saiu pelas costas e cravou-se num escadote. A balística apurou que os dois projécteis, de calibre 7,65 foram disparados pela mesma arma: um revólver curto de seis tiros, dois detonados, encontrado numa vala, a seis metros do corpo de Sérgio, enrolado num cheiroso lenço, saturado, segundo o laboratório, de fucsina e álcool. Num monte de ferramentas e luvas dos operários, encontrava-se uma chave da porta arrombada, com uma etiqueta de papelão, sem impressões digitais. O laboratório científico concluiu que a bomba que matou Alcino era potente bastante para não deixar indícios do seu fabrico.
Utilizando os vários dados como se fossem cacos dispersos de um valioso prato de porcelana, os quais o artista, pacientemente, vai colando, caco a caco, no lugar próprio, até o reconstruir, os investigadores vasculharam todo o trama e desvendaram o denso mistério.
É a vez do leitor … e boa sorte nas conclusões. Não esqueçam que este é O problema que tudo vai decidir!!!
NOTA IMPORTANTE: OS PRAZOS DE RESPOSTA SÃO IMPRETERÍVEIS!
As respostas por escrito (para Apartado 593 – 2000 Santarém) têm de ser recebidas até ao dia 31 de Dezembro (final de aluguer do Apartado).
As respostas por correio electrónico (para d.cabral@sapo.pt e gustavobarosa@hotmail.com ) têm de ser recebidas até ao dia 5 de Janeiro, para serem publicadas as classificações finais das competições na nossa última secção (15 de Janeiro). Obrigado pela compreensão.
E MUITA ATENÇÃO:
Isto era para ser só revelado na distribuição de prémios, mas era injusto:
Para além do prémio da Secção, o autor da melhor solução deste último problema será premiado com uma medalha de colecção de 10 €, comemorativa de Ceorges Simenon, oferta do confrade ALCE BRANCO!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
QUEM É, QUEM É?
POLICIÁRIO 960
Secção de domingo, dia 13 de Dezembro de 2009
HOMENAGEM A BIG BEN
Quando em 1975 nos iniciámos nestas coisas do Policiário, nas páginas do “Mundo de Aventuras” e pela mão do saudoso Sete de Espadas, havia um grupo de magníficos e experientes “detectives” que nos provocavam uma admiração imensa. Nomes como Big Ben, Detective Misterioso, Detective Invisível, M. Constantino, Leiria Dias, Inspector Aranha, Jartur, Inspector Moisés, Doutor Aranha, M. Lima e tantos outros, muitos deles infelizmente já desaparecidos, mereciam-nos um respeito total.
O nosso homenageado de hoje, que no nosso espaço se identificou como Figaleira, um pseudónimo que surgiu pela utilização das iniciais dos seus netos, era um desses “monstros sagrados”, precisamente como Big Ben e, mais tarde como Mêbêdê, usando as iniciais do seu próprio nome, Manuel Barata Dinis.
Natural de Alvares, a terra dos seus amores, radicado na Amadora há muitas décadas, a simples citação do seu pseudónimo era suficiente para causar algum frémito entre os “detectives”, pela certeza de estarmos perante um decifrador de tal qualidade que não deixava ninguém indiferente.
Também como produtor de enigmas policiários brilhou a grande altura, com problemas de bom nível, com destaque para um que publicou no “Mistério…Policiário” do Mundo de Aventuras, com um pormenor de excelente recorte e que provocou uma hecatombe nas classificações, utilizando os seus conhecimentos profissionais de uma especificidade de um tipo de tecido, pormenor até aquele momento completamente ignorado por todos.
Homem de boa cultura e grande amante da Língua Portuguesa, conseguia “brincar” com as palavras e transformá-las em jogos de Palavras Cruzadas e Charadas, tornando-se um dos expoentes maiores do nosso país, sob o pseudónimo de Mr. King.
Infelizmente para nós, este confrade está retirado da actividade policiária, por alguns problemas de visão, que fizeram com que fosse “proibido” pelos médicos de a esforçar em leituras prolongadas.
De qualquer forma, não queríamos deixar de lhe prestar esta singela homenagem, de sincero respeito e admiração por um “detective” de eleição. Não nos foi possível encontrar, em tempo útil, o tal problema especial, que tanto nos marcou, mas deixamos aqui um outro, bem mais recente, publicado pelos três “Zés”, o dos Anzóis, o da Vila e o de Viseu, na secção “Mundo dos Passatempos”, do jornal “O Almeirinense”, em 15 de Outubro de 2006.
O LEITOR RESOLVE
Autor: Figaleira / Big Ben
O leitor tem um amigo que é grande estudioso de História e colecciona peças, artigos e relíquias históricas, o qual teimou consigo para o acompanhar a uma exposição em que se vendem "troféus históricos a um preço inigualável", organizada por um antiquário de renome, que diz vender parte da sua colecção para custear outra viagem arqueológica.
O leitor e o seu amigo entram na sala e são apresentados ao expositor, que se mostra muito agradável e se dirige convosco para as mesas e vitrinas onde se encontram os exemplares e troféus. Ele pretende convencer-vos, fazendo comentários sobre os objectos e o seu preço. Pega num e diz: "Eis uma pulseira de ouro puro, encontrada no túmulo de um dos mais antigos faraós egípcios. Reparem nos característicos hieróglifos que contém. E aqui (acrescenta ele, apontando para uma figura de um oriental, rechonchudo e de cócoras) está um Buda autêntico, vindo do Tibete."
Depois, conduz-vos para outra mesa, pegando noutro objecto: "Eis um verdadeiro tesouro (exclama) – uma inscrição recolhida num túmulo persa." Passa os dedos sobre os caracteres, já amarelecidos e ressequidos, apontando para um canto da folha. "Olhem para isto – 60 a.C. É o que, realmente, lhe dá um valor incalculável! Ah, como lamento ser obrigado a vender todos estes tesouros!"
Ambos continuam a apreciar as demais peças expostas – antigos toucados indígenas, armas, roupas, utensílios de cozinha e coisas do género. Entretanto, o expositor pede desculpa e afasta-se, para atender uma chamada telefónica.
O seu amigo vira-se para si, entusiasmado: "Não é maravilhoso? Esta é uma oportunidade como há poucas, de enriquecer a minha colecção. Estou desejoso de começar a falar com ele sobre os preços.
O leitor detém o seu amigo pelo braço e diz-lhe: "Se estivesse no seu lugar, começaria por investigar, seriamente, a origem de certos objectos. Alguns podem ser autênticos, mas um, pelo menos, tenho a certeza de que é uma falsificação…”
Pergunta-se: Qual a razão desta afirmação do leitor?
Na próxima semana teremos aqui a solução que o autor dá ao seu próprio desafio.
Boas deduções!
SOLUÇÃO DO PROBLEMA “MENTIRAS”
Autor: Procurador Incógnito
O problema que publicámos na passada semana teve a seguinte solução, dada pelo próprio autor:
Foram muitas as mentiras que o nosso pai desnaturado disse para se desculpar por não ligar nada ao filho:
Refere que andou dias e dias sozinho pelas montanhas dos Andes, como se isso fosse tão fácil como passear-se no Rossio, em Lisboa. As temperaturas baixíssimas, sobretudo de noite, os temporais e as próprias dificuldades de acesso jamais lhe permitiriam andar como diz e muito menos sem um guia especializado e competente.
Os Andes ficam na América do Sul, ou seja, abaixo da linha do Equador. Por isso, nunca ele poderia orientar-se pela Estrela Polar que indica o norte e apenas é visível no hemisfério norte.
Na passagem do ano, refere que a Lua era uma grande bola, pelo que estava em fase de lua cheia e fazia-lhe recordar a cara bolachuda do filho. Isso quer dizer que por alturas do Natal a Lua estaria a crescer e portanto em fase de quarto crescente, o que ele associa ao nome do filho. Tudo estaria bem se ele não falasse da Estrela de David, a estrela de seis pontas, revelando que o miúdo se chamava David; a Lua não lhe podia recordar o nome do filho, porque no hemisfério sul a Lua não é “mentirosa”: em quarto crescente aparece como um “C” e em quarto minguante como um “D”. É precisamente ao contrário do que nós aqui vemos.
Andou por florestas nunca visitadas por brancos na Amazónia, onde conheceu tribos que nunca viram ninguém exterior a eles. Mas a verdade é que o pai da história lhes contou e ouviu histórias. Em que língua e por que forma, ninguém sabe e ele não diz. Nunca poderia ter essa familiaridade e entender-se assim tão fácil e amigavelmente com tribos desconhecidas.
Diz que bem tentou telefonar ao filho no dia dos anos, mas o azar bateu-lhe à porta porque não havia telefone numa estação dos correios – como se isso fosse possível, e ainda por cima por ser dia 5 de Outubro, feriado em Portugal por se comemorar a implantação da República. Só que a história passava-se na Bolívia e não em Portugal e lá não se comemora nada nessa data.
.
Coluna do “2”
FALTAM 40 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
O ano de 1997 trouxe aos nossos “detectives” uma competição que se revelou espectacular: A Volta a Portugal.
Decorria como se fosse uma prova ciclista. Os participantes tinham à sua disposição várias classificações: camisola amarela (classificação geral pelo somatório de pontos); camisola verde (melhores soluções); camisola azul (originais e criativas); camisola branca (combinado de todas as restantes).
Cada etapa, à semalhança da prova ciclista, unia duas cidades onde havia núcleos importantes de policiaristas.
À entrada para a última prova, Dic Roland/Aldeia, o saudoso confrade que foi do Retaxo (Castelo Branco), de Nisa, do Estoril e Santo André, comandava a camisola amarela, a verde e a branca e era terceiro na azul, que por sua vez tinha como líder K.O., outra imensa saudade.
Pelos primeiros lugares havia nomes como Hortonólito, Xispêtêó, Paris, Aseret, Toubrouk, Nove, Bé, Inspector Moka, entre muitos outros, que hoje se encontram afastados das nossas competições.
HOMENAGEM A BIG BEN
Quando em 1975 nos iniciámos nestas coisas do Policiário, nas páginas do “Mundo de Aventuras” e pela mão do saudoso Sete de Espadas, havia um grupo de magníficos e experientes “detectives” que nos provocavam uma admiração imensa. Nomes como Big Ben, Detective Misterioso, Detective Invisível, M. Constantino, Leiria Dias, Inspector Aranha, Jartur, Inspector Moisés, Doutor Aranha, M. Lima e tantos outros, muitos deles infelizmente já desaparecidos, mereciam-nos um respeito total.
O nosso homenageado de hoje, que no nosso espaço se identificou como Figaleira, um pseudónimo que surgiu pela utilização das iniciais dos seus netos, era um desses “monstros sagrados”, precisamente como Big Ben e, mais tarde como Mêbêdê, usando as iniciais do seu próprio nome, Manuel Barata Dinis.
Natural de Alvares, a terra dos seus amores, radicado na Amadora há muitas décadas, a simples citação do seu pseudónimo era suficiente para causar algum frémito entre os “detectives”, pela certeza de estarmos perante um decifrador de tal qualidade que não deixava ninguém indiferente.
Também como produtor de enigmas policiários brilhou a grande altura, com problemas de bom nível, com destaque para um que publicou no “Mistério…Policiário” do Mundo de Aventuras, com um pormenor de excelente recorte e que provocou uma hecatombe nas classificações, utilizando os seus conhecimentos profissionais de uma especificidade de um tipo de tecido, pormenor até aquele momento completamente ignorado por todos.
Homem de boa cultura e grande amante da Língua Portuguesa, conseguia “brincar” com as palavras e transformá-las em jogos de Palavras Cruzadas e Charadas, tornando-se um dos expoentes maiores do nosso país, sob o pseudónimo de Mr. King.
Infelizmente para nós, este confrade está retirado da actividade policiária, por alguns problemas de visão, que fizeram com que fosse “proibido” pelos médicos de a esforçar em leituras prolongadas.
De qualquer forma, não queríamos deixar de lhe prestar esta singela homenagem, de sincero respeito e admiração por um “detective” de eleição. Não nos foi possível encontrar, em tempo útil, o tal problema especial, que tanto nos marcou, mas deixamos aqui um outro, bem mais recente, publicado pelos três “Zés”, o dos Anzóis, o da Vila e o de Viseu, na secção “Mundo dos Passatempos”, do jornal “O Almeirinense”, em 15 de Outubro de 2006.
O LEITOR RESOLVE
Autor: Figaleira / Big Ben
O leitor tem um amigo que é grande estudioso de História e colecciona peças, artigos e relíquias históricas, o qual teimou consigo para o acompanhar a uma exposição em que se vendem "troféus históricos a um preço inigualável", organizada por um antiquário de renome, que diz vender parte da sua colecção para custear outra viagem arqueológica.
O leitor e o seu amigo entram na sala e são apresentados ao expositor, que se mostra muito agradável e se dirige convosco para as mesas e vitrinas onde se encontram os exemplares e troféus. Ele pretende convencer-vos, fazendo comentários sobre os objectos e o seu preço. Pega num e diz: "Eis uma pulseira de ouro puro, encontrada no túmulo de um dos mais antigos faraós egípcios. Reparem nos característicos hieróglifos que contém. E aqui (acrescenta ele, apontando para uma figura de um oriental, rechonchudo e de cócoras) está um Buda autêntico, vindo do Tibete."
Depois, conduz-vos para outra mesa, pegando noutro objecto: "Eis um verdadeiro tesouro (exclama) – uma inscrição recolhida num túmulo persa." Passa os dedos sobre os caracteres, já amarelecidos e ressequidos, apontando para um canto da folha. "Olhem para isto – 60 a.C. É o que, realmente, lhe dá um valor incalculável! Ah, como lamento ser obrigado a vender todos estes tesouros!"
Ambos continuam a apreciar as demais peças expostas – antigos toucados indígenas, armas, roupas, utensílios de cozinha e coisas do género. Entretanto, o expositor pede desculpa e afasta-se, para atender uma chamada telefónica.
O seu amigo vira-se para si, entusiasmado: "Não é maravilhoso? Esta é uma oportunidade como há poucas, de enriquecer a minha colecção. Estou desejoso de começar a falar com ele sobre os preços.
O leitor detém o seu amigo pelo braço e diz-lhe: "Se estivesse no seu lugar, começaria por investigar, seriamente, a origem de certos objectos. Alguns podem ser autênticos, mas um, pelo menos, tenho a certeza de que é uma falsificação…”
Pergunta-se: Qual a razão desta afirmação do leitor?
Na próxima semana teremos aqui a solução que o autor dá ao seu próprio desafio.
Boas deduções!
SOLUÇÃO DO PROBLEMA “MENTIRAS”
Autor: Procurador Incógnito
O problema que publicámos na passada semana teve a seguinte solução, dada pelo próprio autor:
Foram muitas as mentiras que o nosso pai desnaturado disse para se desculpar por não ligar nada ao filho:
Refere que andou dias e dias sozinho pelas montanhas dos Andes, como se isso fosse tão fácil como passear-se no Rossio, em Lisboa. As temperaturas baixíssimas, sobretudo de noite, os temporais e as próprias dificuldades de acesso jamais lhe permitiriam andar como diz e muito menos sem um guia especializado e competente.
Os Andes ficam na América do Sul, ou seja, abaixo da linha do Equador. Por isso, nunca ele poderia orientar-se pela Estrela Polar que indica o norte e apenas é visível no hemisfério norte.
Na passagem do ano, refere que a Lua era uma grande bola, pelo que estava em fase de lua cheia e fazia-lhe recordar a cara bolachuda do filho. Isso quer dizer que por alturas do Natal a Lua estaria a crescer e portanto em fase de quarto crescente, o que ele associa ao nome do filho. Tudo estaria bem se ele não falasse da Estrela de David, a estrela de seis pontas, revelando que o miúdo se chamava David; a Lua não lhe podia recordar o nome do filho, porque no hemisfério sul a Lua não é “mentirosa”: em quarto crescente aparece como um “C” e em quarto minguante como um “D”. É precisamente ao contrário do que nós aqui vemos.
Andou por florestas nunca visitadas por brancos na Amazónia, onde conheceu tribos que nunca viram ninguém exterior a eles. Mas a verdade é que o pai da história lhes contou e ouviu histórias. Em que língua e por que forma, ninguém sabe e ele não diz. Nunca poderia ter essa familiaridade e entender-se assim tão fácil e amigavelmente com tribos desconhecidas.
Diz que bem tentou telefonar ao filho no dia dos anos, mas o azar bateu-lhe à porta porque não havia telefone numa estação dos correios – como se isso fosse possível, e ainda por cima por ser dia 5 de Outubro, feriado em Portugal por se comemorar a implantação da República. Só que a história passava-se na Bolívia e não em Portugal e lá não se comemora nada nessa data.
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Coluna do “2”
FALTAM 40 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
O ano de 1997 trouxe aos nossos “detectives” uma competição que se revelou espectacular: A Volta a Portugal.
Decorria como se fosse uma prova ciclista. Os participantes tinham à sua disposição várias classificações: camisola amarela (classificação geral pelo somatório de pontos); camisola verde (melhores soluções); camisola azul (originais e criativas); camisola branca (combinado de todas as restantes).
Cada etapa, à semalhança da prova ciclista, unia duas cidades onde havia núcleos importantes de policiaristas.
À entrada para a última prova, Dic Roland/Aldeia, o saudoso confrade que foi do Retaxo (Castelo Branco), de Nisa, do Estoril e Santo André, comandava a camisola amarela, a verde e a branca e era terceiro na azul, que por sua vez tinha como líder K.O., outra imensa saudade.
Pelos primeiros lugares havia nomes como Hortonólito, Xispêtêó, Paris, Aseret, Toubrouk, Nove, Bé, Inspector Moka, entre muitos outros, que hoje se encontram afastados das nossas competições.
sábado, 12 de dezembro de 2009
HOMENAGEM
Prosseguimos esta semana a série de homenagens que temos vindo a promover.
Dentro de algumas horas, todos vão poder encontrar o nosso homenageado desta semana, de quem publicamos um desafio.
Até daqui a algumas horas, no PÚBLICO!
Dentro de algumas horas, todos vão poder encontrar o nosso homenageado desta semana, de quem publicamos um desafio.
Até daqui a algumas horas, no PÚBLICO!
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
POLICIÁRIO 959
(Publicado em 2009.12.06)
HOMENAGEM AO “PROCURADOR INCÓGNITO”
Soubemos esta semana que o confrade Procurador Incógnito está a atravessar um período particularmente complicado da sua vida, devido a problemas de saúde.
Conhecemo-nos em 2005, no verão, em plena Praia do Pedrógão, local em que também costumava ir buscar as energias para mais um ano de trabalho.
Curiosamente, confessou-nos então, já por diversas vezes nos vira por lá, em anos anteriores, mas não suspeitava sequer que fossemos o Inspector Fidalgo, até ao momento em que, relendo as secções mais antigas, ficou a saber que o Inspector Fidalgo e família, nela incluindo a referência que eram os seus gémeos, ali passavam as férias.
Assim foi feita a sua abordagem e longas foram as conversas naquele mês de Agosto, quase sempre com o Policiário em pano de fundo, como é óbvio.
Prometeu um problema, que já andava a ser arquitectado e o desafio apareceu mesmo, pouco tempo depois, sendo publicado em 13 de Novembro desse mesmo ano, como primeira prova do Campeonato Nacional.
As voltas que o mundo dá levaram-no até Faro, onde passou os últimos anos e agora espera as curas para as graves maleitas que o apoquentam.
Para este nosso confrade, que continua a seguir fielmente a nossa secção, vão os votos de rápida e franca recuperação e aqui deixamos esse seu desafio, para exercitar as células cinzentas dos nossos “detectives”, tendo como objectivo a próxima época, que se aproxima.
MENTIRAS
Autor: Procurador Incógnito
Já não via o pai há muitos anos e este nunca demonstrara grande interesse no que se passava por aqueles lados. Invariavelmente, vinha a argumentação do pai: “Não me importava muito porque sabia que estavas em boas mãos com a tua mãe…” Não acreditava, mas o que é que podia fazer? Crescera sem pai e sem o desejo muito evidente de o vir a ter por perto. Podia dizer, mesmo, que lhe era indiferente. Só que, depois de tantos anos, eis que ele aparecia na sua vida e, sinceramente, não sabia como lidar com a situação. Ignorá-lo? Hostilizá-lo?
A mãe lançara o aviso para que não acreditasse em tudo o que ele dissesse, porque mentia com uma facilidade impressionante e com a convicção própria de quem estava seguro do que dizia…
“Não chega olhá-lo nos olhos porque até assim é capaz de mentir e jurar…”
“Sabes, filho, a vida nem sempre é como a queremos viver… Há momentos em que temos de tomar decisões e abrir mão de muitas convicções… Também eu gostava de ter estado contigo e acompanhar o teu crescimento, mas tive de ir para a América do Sul, por onde andei anos a fio, em expedições, mas sempre contigo nos meus pensamentos…
“Lembro-me de estar numa véspera de Natal, algures pelo Chile a contemplar a Lua e, ao ver nela a tua inicial, recordar os momentos que passei contigo, eras tu ainda um bebé… Dias depois, em plena passagem de ano, naquela bola enorme, luminosa, revia a tua cara bolachuda, redonda e sorridente… É mesmo isso, nunca te esqueci, só não tinha muito tempo nem oportunidade para te escrever, entendes? Andei por sítios nunca visitados por brancos, bem no centro da Amazónia, visitei tribos desconhecidas até então e recordo em particular uma aldeia praticamente inacessível, em que comi com o chefe da tribo, falei-lhe de muitas das coisas que eles nunca viram e ouvi da sua boca muitas histórias sobre a sua vida, família e tribo… Experiência única, ser o primeiro ser exterior a falar com eles, já imaginaste? E outra vez em que me despedi da vida porque me perdi e andei dias e dias sozinho por montes e vales nos Andes, sem encontrar vivalma, caminhando de noite para me poder proteger do sol e me orientar pela estrela polar, uma estrela que me parecia ter seis pontas e que logo me recordava o teu nome, que era a minha única referência e me serviu para encontrar uma aldeia mais a norte e ali encontrar assistência e apoio… Também nessa altura me lembrei de ti e foste a razão da força que me tirou de lá… Ainda estive à porta de uma estação de correios, na Bolívia, no dia de um dos teus aniversários, decidido a enviar-te uma mensagem, um telegrama, que telefone era coisa que por lá não havia, mas não pude mandar-te nada porque estava fechada por ser feriado… É o que dá nascer no dia da implantação da República. Eu bem tinha dito à tua mãe que era melhor registar-te a 4 ou a 6, mas ela disse que se nasceste a 5 de Outubro, era a 5 de Outubro que eras registado… Ainda havemos de partir à aventura para aquele mundo espectacular, vais ver…”
Francamente, ficara com a certeza de que a mãe o alertara para o perigo das suas mentiras apenas por despeito, mas agora mudara de opinião e achava que o pai era, de facto, um grande mentiroso, ainda que trapalhão…
Na próxima semana teremos a solução.
Boas deduções!
A ESTRANHA MORTE DE FERNANDO FARIA
Solução do enigma publicado na semana passada, pela autora Natércia Leite:
1º – As declarações do criado foram falsas. Se o patrão tivesse estado tanto tempo no banho, a água estaria fria e não emanaria ainda vapores. Também não podia a chave tê-lo impedido de espreitar, pois que não se encontrava lá chave alguma, dada a facilidade com que o detective Santos abriu a porta. Além disso, se o criado queria fazer supor que o patrão se suicidara, caía num erro porque a cabeça batendo contra a banheira, ao ponto de abrir uma profunda brecha na nuca, não viria tombar depois sobre o peito.
2º – Nada nos pode levar à conclusão que Fernando Faria não tenha falado verdade. Há apenas a contradição da hora de saída. Mas, dadas as outras mentiras do criado, é fácil supor que ele tivesse insinuado uma falsa hora de saída de Francisco Faria, com intenção mais do que duvidosa...
3º – Fernando Faria não se suicidou. A ferida profunda que apresentava na nuca, não poderia ser feita por ele próprio. Além disso, se se tivesse suicidado, o instrumento de que se servira devia estar bem à vista.
4º – Se Fernando Faria não se suicidou, havia um criminoso. E o criado devia ter sido o criado, porque prestara propositadamente falsas declarações. E de facto, preso, ele confessou o crime. Roubara os documentos e com medo que o patrão descobrisse, porque já desconfiava dele, aproveitou a zanga havida de manhã, e matou, para fazer cair as culpas sobre Fernando Faria. Mas, ao mesmo tempo, receoso de possíveis consequências, quis também fazer acreditar num suicídio. Porém, o vapor de água e a chave hipotética traíram-no irremediavelmente...
NOVAS DE A. RAPOSO
Foi com natural satisfação que recebemos a notícia de que o confrade A. Raposo está em franca recuperação.
Os problemas de saúde não estão completamente debelados, mas A. Raposo fez questão de estar presente no mais recente almoço da Tertúlia da Liberdade, ocorrido na passada quarta-feira e de demonstrar, ao que nos confidenciaram fontes geralmente muito seguras, a boa disposição costumeira!
PRODUÇÕES
A menos de um mês do início das nossas competições, fica mais um apelo a todos os “detectives” que se julguem com capacidade para produzirem desafios policiários, para que nos enviem as suas propostas.
Esta época , como já referimos, vamos ter dois tipos de problemas: O primeiro é do género daqueles que temos vindo a publicar e que baptizámos de tradicionais. Na prática será um conto policial que o autor interrompe logo que tenha fornecido todos os dados necessários à sua resolução, pedindo aos “detectives” que decifrem o enigma nele contido; O segundo foi baptizado como de “rápidas” em que a finalidade é a mesma, mas o próprio autor revela, no final, quatro (e apenas serão admitidas quatro) hipóteses de solução, sendo que apenas uma poderá decifrar o enigma.
Os trabalhos deverão ser enviados para o endereço electrónico pessoa_luis@hotmail.com, cumprindo com os limites de caracteres impostos pelo Regulamento e pelo espaço disponível, ou seja, 6500, para os desafios tradicionais e 5000 para os “rápidos”, em qualquer dos casos com espaços incluidos.
Chamamos ainda a atenção para o facto de cada produção dever ser acompanhada da respectiva proposta de solução.
Coluna do “2”
FALTAM 41 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
O ano de 1996 marcou o Policiário, pela positiva.
O grande triunfador foi um “detective” que se iniciou nesse mesmo ano, inserido na Tertúlia Policiária de Coimbra: Basófias, que conquistou o Torneio Sete de Espadas, à frente de Jomaro (Castelo Branco) e Aldeia (o outro pseudónimo do saudoso Dic Roland) e foi, igualmente, Policiarista do Ano. O N.º 1 do Ranking foi Jomaro.
Os prémios foram entregues no Convívio da Amadora e só lá, ao vivo e em directo, o saudoso confrade de Mem Martins, K.O., após a contagem das medalhas de ouro, prata e bronze, ficou a saber que era o Campeão Olímpico, depois de bater toda a concorrência, liderada pelo confrade coimbrão Flo.
Novos máximos de participação iam sendo alcançados, sucessivamente e nesse ano foram 895 os “detectives” em competição.
Estavamos cada vez mais próximos da meta dos 1000 participantes numa mesma época!
HOMENAGEM AO “PROCURADOR INCÓGNITO”
Soubemos esta semana que o confrade Procurador Incógnito está a atravessar um período particularmente complicado da sua vida, devido a problemas de saúde.
Conhecemo-nos em 2005, no verão, em plena Praia do Pedrógão, local em que também costumava ir buscar as energias para mais um ano de trabalho.
Curiosamente, confessou-nos então, já por diversas vezes nos vira por lá, em anos anteriores, mas não suspeitava sequer que fossemos o Inspector Fidalgo, até ao momento em que, relendo as secções mais antigas, ficou a saber que o Inspector Fidalgo e família, nela incluindo a referência que eram os seus gémeos, ali passavam as férias.
Assim foi feita a sua abordagem e longas foram as conversas naquele mês de Agosto, quase sempre com o Policiário em pano de fundo, como é óbvio.
Prometeu um problema, que já andava a ser arquitectado e o desafio apareceu mesmo, pouco tempo depois, sendo publicado em 13 de Novembro desse mesmo ano, como primeira prova do Campeonato Nacional.
As voltas que o mundo dá levaram-no até Faro, onde passou os últimos anos e agora espera as curas para as graves maleitas que o apoquentam.
Para este nosso confrade, que continua a seguir fielmente a nossa secção, vão os votos de rápida e franca recuperação e aqui deixamos esse seu desafio, para exercitar as células cinzentas dos nossos “detectives”, tendo como objectivo a próxima época, que se aproxima.
MENTIRAS
Autor: Procurador Incógnito
Já não via o pai há muitos anos e este nunca demonstrara grande interesse no que se passava por aqueles lados. Invariavelmente, vinha a argumentação do pai: “Não me importava muito porque sabia que estavas em boas mãos com a tua mãe…” Não acreditava, mas o que é que podia fazer? Crescera sem pai e sem o desejo muito evidente de o vir a ter por perto. Podia dizer, mesmo, que lhe era indiferente. Só que, depois de tantos anos, eis que ele aparecia na sua vida e, sinceramente, não sabia como lidar com a situação. Ignorá-lo? Hostilizá-lo?
A mãe lançara o aviso para que não acreditasse em tudo o que ele dissesse, porque mentia com uma facilidade impressionante e com a convicção própria de quem estava seguro do que dizia…
“Não chega olhá-lo nos olhos porque até assim é capaz de mentir e jurar…”
“Sabes, filho, a vida nem sempre é como a queremos viver… Há momentos em que temos de tomar decisões e abrir mão de muitas convicções… Também eu gostava de ter estado contigo e acompanhar o teu crescimento, mas tive de ir para a América do Sul, por onde andei anos a fio, em expedições, mas sempre contigo nos meus pensamentos…
“Lembro-me de estar numa véspera de Natal, algures pelo Chile a contemplar a Lua e, ao ver nela a tua inicial, recordar os momentos que passei contigo, eras tu ainda um bebé… Dias depois, em plena passagem de ano, naquela bola enorme, luminosa, revia a tua cara bolachuda, redonda e sorridente… É mesmo isso, nunca te esqueci, só não tinha muito tempo nem oportunidade para te escrever, entendes? Andei por sítios nunca visitados por brancos, bem no centro da Amazónia, visitei tribos desconhecidas até então e recordo em particular uma aldeia praticamente inacessível, em que comi com o chefe da tribo, falei-lhe de muitas das coisas que eles nunca viram e ouvi da sua boca muitas histórias sobre a sua vida, família e tribo… Experiência única, ser o primeiro ser exterior a falar com eles, já imaginaste? E outra vez em que me despedi da vida porque me perdi e andei dias e dias sozinho por montes e vales nos Andes, sem encontrar vivalma, caminhando de noite para me poder proteger do sol e me orientar pela estrela polar, uma estrela que me parecia ter seis pontas e que logo me recordava o teu nome, que era a minha única referência e me serviu para encontrar uma aldeia mais a norte e ali encontrar assistência e apoio… Também nessa altura me lembrei de ti e foste a razão da força que me tirou de lá… Ainda estive à porta de uma estação de correios, na Bolívia, no dia de um dos teus aniversários, decidido a enviar-te uma mensagem, um telegrama, que telefone era coisa que por lá não havia, mas não pude mandar-te nada porque estava fechada por ser feriado… É o que dá nascer no dia da implantação da República. Eu bem tinha dito à tua mãe que era melhor registar-te a 4 ou a 6, mas ela disse que se nasceste a 5 de Outubro, era a 5 de Outubro que eras registado… Ainda havemos de partir à aventura para aquele mundo espectacular, vais ver…”
Francamente, ficara com a certeza de que a mãe o alertara para o perigo das suas mentiras apenas por despeito, mas agora mudara de opinião e achava que o pai era, de facto, um grande mentiroso, ainda que trapalhão…
Na próxima semana teremos a solução.
Boas deduções!
A ESTRANHA MORTE DE FERNANDO FARIA
Solução do enigma publicado na semana passada, pela autora Natércia Leite:
1º – As declarações do criado foram falsas. Se o patrão tivesse estado tanto tempo no banho, a água estaria fria e não emanaria ainda vapores. Também não podia a chave tê-lo impedido de espreitar, pois que não se encontrava lá chave alguma, dada a facilidade com que o detective Santos abriu a porta. Além disso, se o criado queria fazer supor que o patrão se suicidara, caía num erro porque a cabeça batendo contra a banheira, ao ponto de abrir uma profunda brecha na nuca, não viria tombar depois sobre o peito.
2º – Nada nos pode levar à conclusão que Fernando Faria não tenha falado verdade. Há apenas a contradição da hora de saída. Mas, dadas as outras mentiras do criado, é fácil supor que ele tivesse insinuado uma falsa hora de saída de Francisco Faria, com intenção mais do que duvidosa...
3º – Fernando Faria não se suicidou. A ferida profunda que apresentava na nuca, não poderia ser feita por ele próprio. Além disso, se se tivesse suicidado, o instrumento de que se servira devia estar bem à vista.
4º – Se Fernando Faria não se suicidou, havia um criminoso. E o criado devia ter sido o criado, porque prestara propositadamente falsas declarações. E de facto, preso, ele confessou o crime. Roubara os documentos e com medo que o patrão descobrisse, porque já desconfiava dele, aproveitou a zanga havida de manhã, e matou, para fazer cair as culpas sobre Fernando Faria. Mas, ao mesmo tempo, receoso de possíveis consequências, quis também fazer acreditar num suicídio. Porém, o vapor de água e a chave hipotética traíram-no irremediavelmente...
NOVAS DE A. RAPOSO
Foi com natural satisfação que recebemos a notícia de que o confrade A. Raposo está em franca recuperação.
Os problemas de saúde não estão completamente debelados, mas A. Raposo fez questão de estar presente no mais recente almoço da Tertúlia da Liberdade, ocorrido na passada quarta-feira e de demonstrar, ao que nos confidenciaram fontes geralmente muito seguras, a boa disposição costumeira!
PRODUÇÕES
A menos de um mês do início das nossas competições, fica mais um apelo a todos os “detectives” que se julguem com capacidade para produzirem desafios policiários, para que nos enviem as suas propostas.
Esta época , como já referimos, vamos ter dois tipos de problemas: O primeiro é do género daqueles que temos vindo a publicar e que baptizámos de tradicionais. Na prática será um conto policial que o autor interrompe logo que tenha fornecido todos os dados necessários à sua resolução, pedindo aos “detectives” que decifrem o enigma nele contido; O segundo foi baptizado como de “rápidas” em que a finalidade é a mesma, mas o próprio autor revela, no final, quatro (e apenas serão admitidas quatro) hipóteses de solução, sendo que apenas uma poderá decifrar o enigma.
Os trabalhos deverão ser enviados para o endereço electrónico pessoa_luis@hotmail.com, cumprindo com os limites de caracteres impostos pelo Regulamento e pelo espaço disponível, ou seja, 6500, para os desafios tradicionais e 5000 para os “rápidos”, em qualquer dos casos com espaços incluidos.
Chamamos ainda a atenção para o facto de cada produção dever ser acompanhada da respectiva proposta de solução.
Coluna do “2”
FALTAM 41 SEMANAS PARA A EDIÇÃO N.º 1000
O ano de 1996 marcou o Policiário, pela positiva.
O grande triunfador foi um “detective” que se iniciou nesse mesmo ano, inserido na Tertúlia Policiária de Coimbra: Basófias, que conquistou o Torneio Sete de Espadas, à frente de Jomaro (Castelo Branco) e Aldeia (o outro pseudónimo do saudoso Dic Roland) e foi, igualmente, Policiarista do Ano. O N.º 1 do Ranking foi Jomaro.
Os prémios foram entregues no Convívio da Amadora e só lá, ao vivo e em directo, o saudoso confrade de Mem Martins, K.O., após a contagem das medalhas de ouro, prata e bronze, ficou a saber que era o Campeão Olímpico, depois de bater toda a concorrência, liderada pelo confrade coimbrão Flo.
Novos máximos de participação iam sendo alcançados, sucessivamente e nesse ano foram 895 os “detectives” em competição.
Estavamos cada vez mais próximos da meta dos 1000 participantes numa mesma época!
REGRESSO
Depois de alguns (breves) dias no clima belíssimo da Ilha da Madeira (uma ilha que tem tudo de bom, deitando fora o Jardim e mais uns quantos), cá estamos para mais uma dose.
Confesso que ainda estou um bocado baralhado com tantos túneis que eles por lá têm e, sobretudo, com a qualidade PÉSSIMA dos condutores (?) que por lá se agarram ao volante! Eles não fazem ideia nenhuma do que é um STOP, do que é um semáforo vermelho e muito menos do que é um limite de velocidade! Que bom que é voltar ao trânsito de Lisboa e estradas deste lado de cá!
Vamos, a partir de agora, fazendo as actualizações.
Até breve!
Confesso que ainda estou um bocado baralhado com tantos túneis que eles por lá têm e, sobretudo, com a qualidade PÉSSIMA dos condutores (?) que por lá se agarram ao volante! Eles não fazem ideia nenhuma do que é um STOP, do que é um semáforo vermelho e muito menos do que é um limite de velocidade! Que bom que é voltar ao trânsito de Lisboa e estradas deste lado de cá!
Vamos, a partir de agora, fazendo as actualizações.
Até breve!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Ú L T I M A H O R A !
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