Com o aparecimento de uma secção de Policiário no “Mundo de Aventuras”, orientada pelo inesquecível “ Sete de Espadas” que veio a conquistar muitos e novos adeptos e reunir uma série de veteranos ou despertar os que antes viviam na letargia do passado, começou a notar-se a presença, nem sempre cómoda (que é sinal de interesse) de um jovem que hoje todos conhecemos pelo nome, respeitado, de Luís Pessoa. Ali foi solucionista, ali publicou os seus primeiros trabalhos como produtor, modalidade da qual é, presentemente, um dos mais conceituados praticantes.
Esta breve introdução revela que conheço o L.P. desde as raízes.
Estudou a problemistica, continuou a produzir enigmas policiários, criando mesmo um tipo de problemas fáceis para captar novos adeptos, uma das suas principais preocupações, e dirigir secções até que chega ao “Público Policiário”, sem dúvida a grande aventura e coroa de glória também.
Por experiência própria posso certificar sobejamente que não é fácil orientar uma secção: há sempre os contentes e descontentes (faz parte do jogo!) os sábios e os incompreendidos, os que se zangam e os que são amigos. Tarefa difícil é encontrar o equilíbrio da integridade e da justiça que, forçadamente, belisca sensibilidades. Num universo de milhares, é uma faina heróica.
Durante 18 anos (quase duas décadas) até atingir o nº 1000 – milésimo ou milhar, tanto faz, esperançados em que continue com a mesma dinâmica e valor, L.P. aguentou o embate, persistiu, saltou barreiras e venceu – uma obra para a posteridade sem dúvida.
Apraz-mos louvar, pois, a tenacidade e o valor relevados, como policiaristas que somos da velha guarda! Obrigado. Tem sido um sacrifício para ti, sabemo-lo, mas dobrado o Cabo das Tormentas, tens na tua frente o mar do sonho!
M. Constantino
(Director de Finanças aposentado, escritor, ensaísta, investigador)
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