segunda-feira, 29 de outubro de 2012

POLICIÁRIO 1108


Publicamos, finalmente, depois de duas “falsas partidas”, a segunda parte da prova n.º 9, de autoria do confrade Quinto Pedro.

Devido ao atraso com que o problema é publicado, em relação à data em que deveria ter visto a luz do sol e que por uma conjugação de lapsos não se tornou possível, o prazo para envio das soluções, quer da primeira parte, quer desta, é alargado até ao próximo dia 15 de Novembro.

Recordamos que nestes problemas, designados como “rápidos”, ou de escolha múltipla, os nossos “detectives” apenas terão de indicar qual é a alínea que, na sua opinião, resolve o enigma. Desta forma, as explicações, se entenderem por bem dá-las, serão sempre facultativas e não interferirão na pontuação, que será sempre dada em função da alínea escolhida.
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL

PROVA N.º 9 – PARTE II

“UM CASO DE SEQUESTRO”, de QUINTO PEDRO

Johnny acabou por confirmar as suspeitas que já existiam em seu redor, depois de algumas diligências e perguntas.

O seu caso parecia tão estranho que ninguém se atrevia a dar crédito àquilo que parecia ser uma enorme conspiração.

O Johnny revelou que era um pacato cidadão, que levava a sua vida com toda a normalidade. Iletrado, sem conseguir sequer assinar o seu nome ou dizer com precisão o que fazia ou quem era, com quem vivia ou onde vivia, revelava só, numa espécie de brasileiro difícil de entender, que desde pequeno lhe diziam que vivia na “terra dos quatro pedros” e que um dia, ao sair de casa, bem pela manhã, sem saber porquê, foi raptado e levado com os olhos vendados para um local completamente às escuras.

Pensou ter sido sequestrado, mas pobre como era, não podia ser para que recebessem algum resgate. Só podia ser para trabalhar como escravo, ou coisa assim, porque ouvia falar que era um negócio que ultimamente estava na ordem do dia.

Ficou preso num compartimento escuro e húmido durante muito tempo, muitos e muitos dias, porque por uma pequena fresta apercebia-se da sucessão dos dias e das noites e como balançava sem cessar, sabia que estava no mar, a bordo de um barco. Uma vez por dia aparecia alguém, que não lhe dirigia uma única palavra e não se mostrava, que lhe deixava comida e água e um balde para as suas necessidades, que ia substituindo diariamente.

Quando finalmente o suposto barco se imobilizou, muitos e muitos dias depois, não sabia quantos porque acabou por perder a conta, ainda permaneceu por lá durante alguns dias.

Finalmente, um dia o seu visitador descurou a vigilância e ficou uma fresta maior na porta e assim conseguiu ver de relance o seu vigilante, que ostentava um farfalhudo bigode grisalho, um nariz ligeiramente encurvado e pouco cabelo, caindo em madeixas desordenadas sobre a testa. Pela mesma fresta, conseguia ter uma visão mais alargada. Estava num porto, ao seu redor havia outros barcos e ao fundo uma torre de controlo que indicava “Abril 2012”. Bem se esforçava por ver o dia, mas não conseguia, de maneira nenhuma.

Nessa noite, olhou para o céu e notou que a Lua estava em quarto crescente. Forçou mais a porta e verificou que ela foi cedendo, lentamente e com algum barulho, o que o obrigava a empurrar muito devagar.

Lamentou não haver Lua Nova, para poder fugir sem ser visto, mas mesmo assim arriscou, deu a volta à cabine onde estava sequestrado e gatinhou até à amurada do barco, que galgou cautelosamente para saltar para o barco ao lado e assim sucessivamente até ser apanhado por um vigilante de um dos barcos, que o conduziu à polícia.

Depois de activada a acção policial, deram com um barco sem ninguém, mas com vestígios evidentes da presença do homem sequestrado.

Investigações posteriores, baseadas nos dados fornecidos, levaram a polícia a deter quatro indivíduos, todos susceptíveis de poderem ser responsáveis, mas seguramente um deles era aquele que o homem conseguiu vislumbrar.

Todos com aspecto físico muito semelhante, cada um deles deu as suas razões e explicações para o mês de Abril, em que ocorreram os factos, no porto.

O Joca, mostrou-se muito surpreendido com a situação e demonstrou que apenas esteve alguns dias em Portugal, entre os dias 3 e 6, para a sexta-feira santa;
O Zeca, apresentou provas de que apenas por cá esteve entre os dias 12 e 15;
O Naír fez o mesmo, o que confirmou que apenas esteve entre os dias 26 e 30.
O Juca provou que só esteve cá entre os dias 20 e 23.

A polícia confirmou estes dados, sem margem para dúvidas, o que aumentou as suas hesitações, sem conseguir estabelecer com clareza o que se passou e pediu ajuda à comunidade policiária.
Quem seria o visitador do nosso sequestrado?

A- O Joca;
B- O Zeca;
C- O Naír;
D- O Juca.
E pronto.
Depois de ler e interpretar aquilo que o texto nos revela, os nossos “detectives” deverão responder, indicando a alínea que decifrará o enigma, impreterivelmente até ao próximo dia 15 de Novembro, para o que poderão usar um dos seguintes meios:
- Pelos Correios para PÚBLICO-Policiário, Rua Viriato, 13, 1069-315 LISBOA;
- Por e-mail para policiario@publico.pt;
- Por entrega em mão na redacção do PÚBLICO de Lisboa;
- Por entrega em mão ao orientador da secção, onde quer que o encontrem.

Boas deduções!











1 comentário:

luis pessoa disse...

Um dia depois do habitual, cá estamos.
O facto deve-se a avaria do fornecimento de internet que impediu a colocação no momento certo e não a qualquer outro facto.

Em breve daremos aqui alguns novos dados sobre algumas alterações que teremos de introduzir na página do jornal.