domingo, 14 de fevereiro de 2016

II TORNEIO NACIONAL - CLUBE LITERATURA POLICIAL - PROBLEMA 1

II TORNEIO NACIONAL DE PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA

    R E L A Ç Ã O     D O S     P R O B L E M A S     A P U R A D O S
  N.º
Título
Autor
Secção
  1
UM CASO FÁCIL
Inspector Maigret
O Sherlock (O Setubalense)
  2
UM CASO SIMPLES
Sherlock Amador
Cantinho do Sherlock (Voz Portaleg
  3
O MISTÉRIO DO TRIDENTE FATAL
Mr. Jartur
O Gosto do Mistério  (Flama)
  4
UM ESCONDERIJO À VISTA
Mr. Ignotus
Individual
  5
VIGARISTA…OU TALVEZ NÃO
Márvel, Misterioso Mascarado
Quem Foi?  (Mundo de Aventuras)
  6
ELE… O TERROR NEGRO
M. B. Constantino
Individual
  7
LÚCIFER INTERVEIO NA HISTÓRIA
Sete de Espadas
Individual
  8
EU VI UMCRIME
Oliver Quinn
Enigma Policial (Jornal de Sintra)
  9
RAPTO
Inspector Lavadinho
Cantinho do Sherlock (Voz Portaleg
10
DRAMA NO CIRCO
Rei Artur
O Sherlock (O Setubalense)




Problema n.º 1                              Publicado na revista “FLAMA” # 514 / em 10 de Janeiro de 1958
UM CASO FÁCIL
Original de: «INSPECTOR MAIGRET»

         Trata-se de mais um caso, um caso vulgar, sem aspectos complicativos: o morto, um vadio qualquer, «cosido» a golpes de lâmina aguda num beco escuro dum bairro mal-afamado, onde as rixas eram o«pão nosso de cada dia»; aquela devia ter ocorrido cerca das 17 horas duma escura tarde de Inverno.
         E, à semelhança de muitos outros casos não complicados, aquele fora também para o Inspector X…
         Os suspeitos alinhavam frente à secretária do Inspector, que acabara de ler as primeiras notas; lá estavam todos: o Manuel e o «Vaquinhas», companheiros habituais e sócios da vítima nos seus escuros negócios, Afonso, um parente afastado daquele, com quem, havia muito, andava desavindo, e Joaquim, impressor num grande matutino, vizinho do morto.
         O Inspector X… olhou-os demoradamente e depois começou, guardando um, deliberadamente, para o fim:
         - Bem! Vocês dois! Onde estavam às 17 horas de ontem?
         Manuel e Augusto, o «Vaquinhas», entreolharam-se assustadamente; o primeiro tentou, depois, balbuciar qualquer coisa, mas já o inspector tocara a campainha, chamando um guarda:
         - Leve estes dois e conserve-os sob prisão!...
         Em seguida, e bocejando, virou-se para um dos que ainda permaneciam na sala:
         - E você? Onde estava àquela hora?
         - Eu cá tinha ido ao jornal; podem perguntar ao porteiro, que me viu sair…
         - Sim, já nos certificámos disso… - O Inspector suspirou (sempre a rotina) – Mas o que é que foi lá fazer?
         - Bem… como estou lá há pouco tempo… aproveitei para ir limpar os rolos da impressora…
         A inquirição estava a terminar; X… de testa franzida, olhou o Afonso:
         - E nós? Que temos a dizer?
         O outro gaguejou atabalhoadamente:
         - É mentira… Não fui eu que o matei!... Não fui…
         O Inspector sorrindo, quedou-se a meditar: o caso estava já resolvido. E afinal não fora mesmo nada complicado - com certeza que o culpado não premeditara o seu delito…

         Pergunta-se: O que é que deu ao Inspector a solução?
Jarturice II TNPP – 001

 Divulgada em 12.Fevereiro.2016

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