domingo, 14 de fevereiro de 2016

POLICIÁRIO 1280



ESTÁ COMPLETA A PRIMEIRA PROVA DE 2016

Concluímos a publicação da prova n.º 1 das competições desta época, com um problema de escolha múltipla. De acordo com o regulamento, será obrigatório que cada confrade indique de forma clara a hipótese que escolhe para resolução do enigma. Quem pretender aprofundar a solução ou dar qualquer esclarecimento adicional, pode fazê-lo, mas se o fizer sem indicar claramente qual é a hipótese escolhida, poderá ser penalizado, sendo a resposta considerada errada.
Chamamos ainda a atenção para o facto de esta primeira prova, partes I e II, se revestir de uma importância adicional, sobretudo a parte I, uma vez que a selecção dos 512 confrades apurados para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal é feita com base na qualidade das propostas de solução apresentadas. Os apurados serão os confrades que tenham as 512 melhores pontuações. Em princípio, não havendo grandes surpresas, somando os 10 pontos da parte I e os 2 da parte II. E é nessa fase de desempate que prevalecerão as melhores abordagens ao problema tradicional.
 Daí que se justifique plenamente alguma atenção mais na execução da resposta.

CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
PROVA N.º 1 – PARTE II
O MISTÉRIO DO CARRO DESAPARECIDO – Original de FERRA HARY

Alécia olhou pela janela e procurou com os olhos o carro que devia estar estacionado à sua porta, mas não o encontrou. Resignada, recolheu-se e regressou à sala onde três rostos ansiosos a aguardavam.
- Vamos lá voltar ao mesmo assunto: Qual de vocês levou o meu carro esta noite e onde o deixou, antes que ligue para a polícia? Quero uma resposta rápida… Joca?
- Não faço ideia, não fui eu que o levei. Já disse que saí ainda não era meia-noite, mas fui a pé até à esquina da avenida onde apanhei um táxi para o bar do Alex, para onde vou muitas vezes curtir com amigos. Eu não mexi no carro, nem lugar há por lá para estacionar, é sempre uma confusão…
- Isso é uma linda música, mas de outras vezes levaste o carro e até já me obrigaste a ir busca-lo à polícia por ter sido rebocado do passeio ao pé do bar! Deves estar a brincar para fazeres esse ar de quem jamais faria uma coisa dessas… Juca?
- Eu… eu não fui. Há meses que não entro sequer no carro… desde que fui contigo ao dentista, acho eu. Sabes bem que não gosto muito de andar num carro que não é meu, pode acontecer alguma coisa e depois é uma chatice. Ontem à noite estive a ver um filme no meu quarto e depois fui até lá abaixo, à rua, fumar um cigarro… Não mexi no carro!
- Pois, pois, tão bonzinho que o menino é! Era lá capaz de pegar no carro de alguém para ir para a borga! É um espanto como se esquece das vezes em que levou o carro e me obrigou a procurar outros transportes porque ia passear com a namoradinha e esquecia-se de regressar a horas… E já agora, diga lá se ao sair para fumar o cigarro, como diz, não se cruzou por alguém e lhe falou? Diga lá!
- É verdade, sim. Cruzei-me pelo Alex que ia a sair. Mas como não sou denunciante, não ia acusar o meu irmão, não é? Não foi isso que nos andaste a ensinar estes anos todos? Não? E falámos, é certo.
- Muito bem, mas o carro continua desaparecido… Alex?
- Ó mãe, eu não quero saber disso, eu não fui, ponto final.
- Ponto final? Ponto final? Então sai de casa quando o seu irmão, vindo de fumar um cigarro, está a entrar… troca com ele umas palavras… que palavras?
- Ora, nada de importante, acho que ele pensou que eu ia sair no teu carro e disse-me que tivesse cuidado porque a polícia estava a fazer stop na avenida e o teu carro tem uma luz fundida. Foi isso, mais nada. Satisfeita?
- Satisfeita? Achas que fico satisfeita por ter três filhos que só me dão ralações e chatices? Afinal, levaste o carro ou não? Se levaste, diz onde o deixaste e o que aconteceu, é pedir muito?
- Já disse que não levei o carro. Por acaso pensei levá-lo para não ter de ficar à espera do metro, de noite circula-se bem e era muito mais rápido, mas depois do mano me ter dito que havia polícia e a luz estava fundida, pensei melhor. Vim cá acima deixar a chave no sítio dela e fui-me embora. Não faço a mínima ideia o que aconteceu, mas se calhar roubaram-no!
- Menino Juca? Afinal em que ficamos?
- Ora, mãe, ficamos em nada! Já disse que não levei o carro, o que queres mais? Avisei-o para não haver problemas, porque de dia a falha da luz não é problema, ninguém sabe nem repara, mas à noite, ia dar chatice pela certa! Quer dizer, por bem fazer, mal haver!
- Coitadinho do menino, que pena que tenho… Ficam a saber que vou chamar a polícia e denunciar o roubo e se foi algum de vocês, já sabe o que o espera, porque não vou mexer uma pena para safar quem quer que seja! Estou farta! Já não vos consigo aturar…
Pergunta-se, para ajudar esta mãe, que bem precisada está, com os filhos que tem:
Quem terá levado o carro naquela noite?
A-    Joca?
B-    Juca?
C-    Alex?
D-    Um ladrão exterior à família?

E pronto.
Resta aos nossos “detectives” lerem e relerem o problema que é proposto e, de acordo com o regulamento, identificarem a letra correspondente à hipótese que escolhem como solução, impreterivelmente até ao próximo dia 29 de Fevereiro, podendo usar um dos seguintes meios:
- Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
- Por entrega em mão ao orientador, onde quer que o encontrem.
Boas deduções!

           
  


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