ESTÁ
COMPLETA A PRIMEIRA PROVA DE 2016
Concluímos
a publicação da prova n.º 1 das competições desta época, com um problema de
escolha múltipla. De acordo com o regulamento, será obrigatório que cada
confrade indique de forma clara a hipótese que escolhe para resolução do
enigma. Quem pretender aprofundar a solução ou dar qualquer esclarecimento
adicional, pode fazê-lo, mas se o fizer sem indicar claramente qual é a
hipótese escolhida, poderá ser penalizado, sendo a resposta considerada errada.
Chamamos
ainda a atenção para o facto de esta primeira prova, partes I e II, se revestir
de uma importância adicional, sobretudo a parte I, uma vez que a selecção dos
512 confrades apurados para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal é feita com
base na qualidade das propostas de solução apresentadas. Os apurados serão os
confrades que tenham as 512 melhores pontuações. Em princípio, não havendo
grandes surpresas, somando os 10 pontos da parte I e os 2 da parte II. E é
nessa fase de desempate que prevalecerão as melhores abordagens ao problema
tradicional.
Daí que se justifique plenamente alguma
atenção mais na execução da resposta.
CAMPEONATO
NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL – 2016
PROVA
N.º 1 – PARTE II
O
MISTÉRIO DO CARRO DESAPARECIDO – Original de FERRA HARY
Alécia
olhou pela janela e procurou com os olhos o carro que devia estar estacionado à
sua porta, mas não o encontrou. Resignada, recolheu-se e regressou à sala onde
três rostos ansiosos a aguardavam.
-
Vamos lá voltar ao mesmo assunto: Qual de vocês levou o meu carro esta noite e
onde o deixou, antes que ligue para a polícia? Quero uma resposta rápida… Joca?
-
Não faço ideia, não fui eu que o levei. Já disse que saí ainda não era
meia-noite, mas fui a pé até à esquina da avenida onde apanhei um táxi para o
bar do Alex, para onde vou muitas vezes curtir com amigos. Eu não mexi no
carro, nem lugar há por lá para estacionar, é sempre uma confusão…
-
Isso é uma linda música, mas de outras vezes levaste o carro e até já me
obrigaste a ir busca-lo à polícia por ter sido rebocado do passeio ao pé do
bar! Deves estar a brincar para fazeres esse ar de quem jamais faria uma coisa
dessas… Juca?
-
Eu… eu não fui. Há meses que não entro sequer no carro… desde que fui contigo
ao dentista, acho eu. Sabes bem que não gosto muito de andar num carro que não
é meu, pode acontecer alguma coisa e depois é uma chatice. Ontem à noite estive
a ver um filme no meu quarto e depois fui até lá abaixo, à rua, fumar um
cigarro… Não mexi no carro!
-
Pois, pois, tão bonzinho que o menino é! Era lá capaz de pegar no carro de
alguém para ir para a borga! É um espanto como se esquece das vezes em que
levou o carro e me obrigou a procurar outros transportes porque ia passear com
a namoradinha e esquecia-se de regressar a horas… E já agora, diga lá se ao
sair para fumar o cigarro, como diz, não se cruzou por alguém e lhe falou? Diga
lá!
-
É verdade, sim. Cruzei-me pelo Alex que ia a sair. Mas como não sou
denunciante, não ia acusar o meu irmão, não é? Não foi isso que nos andaste a
ensinar estes anos todos? Não? E falámos, é certo.
-
Muito bem, mas o carro continua desaparecido… Alex?
-
Ó mãe, eu não quero saber disso, eu não fui, ponto final.
-
Ponto final? Ponto final? Então sai de casa quando o seu irmão, vindo de fumar
um cigarro, está a entrar… troca com ele umas palavras… que palavras?
-
Ora, nada de importante, acho que ele pensou que eu ia sair no teu carro e
disse-me que tivesse cuidado porque a polícia estava a fazer stop na avenida e
o teu carro tem uma luz fundida. Foi isso, mais nada. Satisfeita?
-
Satisfeita? Achas que fico satisfeita por ter três filhos que só me dão
ralações e chatices? Afinal, levaste o carro ou não? Se levaste, diz onde o
deixaste e o que aconteceu, é pedir muito?
-
Já disse que não levei o carro. Por acaso pensei levá-lo para não ter de ficar
à espera do metro, de noite circula-se bem e era muito mais rápido, mas depois
do mano me ter dito que havia polícia e a luz estava fundida, pensei melhor.
Vim cá acima deixar a chave no sítio dela e fui-me embora. Não faço a mínima
ideia o que aconteceu, mas se calhar roubaram-no!
-
Menino Juca? Afinal em que ficamos?
-
Ora, mãe, ficamos em nada! Já disse que não levei o carro, o que queres mais?
Avisei-o para não haver problemas, porque de dia a falha da luz não é problema,
ninguém sabe nem repara, mas à noite, ia dar chatice pela certa! Quer dizer,
por bem fazer, mal haver!
-
Coitadinho do menino, que pena que tenho… Ficam a saber que vou chamar a
polícia e denunciar o roubo e se foi algum de vocês, já sabe o que o espera,
porque não vou mexer uma pena para safar quem quer que seja! Estou farta! Já
não vos consigo aturar…
Pergunta-se,
para ajudar esta mãe, que bem precisada está, com os filhos que tem:
Quem
terá levado o carro naquela noite?
A- Joca?
B- Juca?
C- Alex?
D- Um ladrão exterior à família?
E
pronto.
Resta
aos nossos “detectives” lerem e relerem o problema que é proposto e, de acordo
com o regulamento, identificarem a letra correspondente à hipótese que escolhem
como solução, impreterivelmente até ao próximo dia 29 de Fevereiro, podendo
usar um dos seguintes meios:
-
Pelo Correio: Luís Pessoa, Estrada Militar, 23, 2125-109 MARINHAIS;
-Por
e-mail: lumagopessoa@gmail.com; pessoa_luis@hotmail.com e luispessoa@sapo.pt;
-
Por entrega em mão ao orientador, onde quer que o encontrem.
Boas
deduções!
Sem comentários:
Enviar um comentário