Numa altura em que uma parte dos nossos leitores e “detectives” já se encontra em férias e uma outra parte cumpre o calvário de exames, o Policiário não vai a banhos e apresenta, hoje, as soluções oficiais dos dois desafios que compuseram a prova 4 das nossas competições deste ano.
CAMPEONATO NACIONAL E TAÇA DE PORTUGAL
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 4 – PARTE I
“MATARAM O TEJO”, de
PENEDO RACHADO
O
inspector Jau, pelas respostas dadas à sua pergunta, pelos três suspeitos, depressa
descobriu o envenenador e nós também.
Como devem ter reparado, o Inspector apenas perguntou
a cada um dos suspeitos a razão porque tinham morto o cão do pai, mas nunca
referiu como tinha ocorrido essa morte.
Dois dos suspeitos, o João das Cabras e Joaquim
Ferrador, ilibam-se um ao outro. Ambos declaram ter ido, juntos, naquela manhã
ao mercado da vila próxima e tinham voltado passava pouco do meio-dia.
Ora
o ti Jacinto deu com o cão moribundo poucos minutos antes daquela hora.
Portanto nem um nem outro podia ter sido o autor da morte do “Tejo”.
Claro que a palavra dos dois só por si não os iliba.
Quem nos diz a nós que não estão ambos a mentir-nos?
Enquanto os não podemos ilibar ou acusar
definitivamente vamos analisar o depoimento do Zé da Quinta.
Este suspeito respondeu ao inspector, sem que nada o
justificasse, de modo agressivo. Claro que esse facto não é motivo para o
acusarmos. Ele podia estar irritado por ter encontrado a sede da Junta de
Freguesia já encerrada ou por, possivelmente, ter perdido ao jogo.
Mas ele vai
mais longe e ele próprio nos diz ter sido ele o matador do “Tejo”.
Como já vimos o Inspector não revela o
modo como ocorreu a morte do cachorro e o Zé da Quinta afirma não ter
envenenado cão algum.
Como sabia ele que o cachorro tinha sido envenenado?
Sabia por que fora ele próprio quem o envenenara. Apesar disso ainda assim ele
pode estar inocente.
Segundo afirmação sua ele saiu da tasca do Manuel dos
Petiscos quando faltavam 10m para o meio-dia. Tendo em conta que o Ti Jacinto
chegou a casa um pouco antes das 12 horas o Zé da Quinta não teria tido tempo
para envenenar o “Tejo”. Mas por azar dele ou sorte nossa o ti Jacinto entrou
com o filho na tasca do Manuel dos Petiscos, para matarem a sede, e acabaram,
quase por casualidade, por serem informados que o relógio que o taberneiro
tinha pendurado sobre a porta se saída estava adiantado mais de 20 minutos. Ora
os 20 minutos que o relógio estava adiantado mais os 10 que marcava somam 30
minutos e neste espaço de tempo o Zé da quinta tinha tempo para fazer o que se
prepusera fazer naquele dia, matar o “Tejo”.
Portanto, o matador só podia ter sido o Zé da Quinta.
A questão ligada à Junta de Freguesia não deve ser
levada em conta, há Juntas, especialmente rurais, que abrem ao sábado e outras
não e como nós ignoramos onde este caso teve lugar não podemos argumentar com
essa possibilidade.
SOLUÇÃO DA PROVA N.º 4 – PARTE II
“TEMPICOS INVESTIGA”, de A. RAPOSO & LENA
A
resposta certa é B - Mimi enganou Tempicos.
1.
As
marcas indicadas existiram.
2.
A
acção não se passa na Primavera. A última semana de Junho (juno para os
romanos) já é verão.
3.
A
Mimi não foi vítima de roubo, foi co-autora.
A Mimi levava a tiracolo uma mala
com correia metálica e esta seria muito difícil de cortar com uma navalha. Ela estaria
de conluio com o pseudo ladrão.
A princípio, Tempicos pensou num
roubo por esticão, porém a Mimi o que queria era arranjar alguém que
testemunhasse o roubo para poder receber da Seguradora o valor do relógio
seguro.
Assim, a menina Mimi enganou
Tempicos…
JARTURICES
OU JARTURADAS!
Na
sequência da comemoração do vigésimo aniversário da nossa secção, o confrade
JARTUR resolveu, em boa hora, fazer a recuperação daquilo que a nossa secção
publicou há 20 anos!
Dessa
forma, elaborou, no âmbito do ARQUIVO HISTÓRICO DA PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA
PORTUGUESA (AHPPP), de que é o principal animador e responsável, com um
trabalho notável, a reconstituição dos problemas publicados durante os
primeiros tempos do Policiário, nessa altura incluído num suplemento de Férias,
onde, de domingo a sexta-feira, havia um desafio policiário para ser resolvido
por resposta múltipla e ao sábado um de características tradicionais.
Assim
foi durante 2 meses, Julho e Agosto.
O
confrade Jartur decidiu publicar, diariamente a ao mesmo ritmo, esses mesmos
desafios, precisamente no mesmo dia, mas 20 anos depois!
Para
que os nossos “detectives” possam ter acesso a esses trabalhos, apenas terão de
os subscrever, de forma inteiramente gratuita, para o endereço do confrade, jarturmamede@aeiou.pt.
Quanto
às secções já publicadas, o Jartur compromete-se a fazer o seu envio, para que
ninguém fique sem acesso ao que foram os primórdios deste nosso espaço.
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