A
curiosidade do professor fora despertada. Estava resolvido a apurar qual a
relação entre o falso dr. Bellen e o verdadeiro, que fora alvejado a tiro e
ferido na perna esquerda, poucos dias antes. A própria Polícia ainda não estava
ao corrente do caso. Por qualquer motivo, o cirurgião pretendia, a todo o
custo, ocultar a gravidade do seu ferimento. Se alguém perguntava por ele, de
sua casa diziam invariavelmente que tinha saído. Daí, pensava o professor, o
facto de Bellen ter contratado Barstow para o substituir em público e nos lugares
que habitualmente frequentava.
Quando
o «dr. Bellen» ia a entrar no seu clube, Fordney tocou-lhe no ombro. O homem
voltou-se, com aquele olhar penetrante, tão conhecido dos doentes e amigos do
médico.
-
Que deseja? – inquiriu.
Fordney
sorriu.
-
Até mesmo os génios cometem erros – observou o professor. – Se não fosse por
causa de um pequeno erro que cometeu, não teria percebido que o senhor não é o
dr. Bellen.
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
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Solução do problema # 031
(Diário Popular # 4211 – 26.06.1954)
Hudera declarou não ter
mexido em coisa alguma. A morte da rapariga fora instantânea e, no entanto, a
garrafa tinha a rolha posta! Quando lhe apontaram este erro, o artista
confessou que envenenara a bebida servida a Eve e pusera depois a garrafa com o
veneno junto dela. Engendrara depois a sua história e chamara a Polícia.
Admitiu que não pensara na rolha e que a pusera na garrafa num gesto maquinal.
Esse gesto maquinal levou-o à forca.
Jarturice-032 (Divulgada em 02.Fevereiro.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: MR.AHPPP - JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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