quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

JARTURICE 041

     
                           PROBLEMAS POLICIAIS – 44 - # 041
               
        (Diário Popular # 4322 – 16.10.1954)

        

        - Um ténue raio de luz filtrava-se através da porta semicerrada do quarto de Nora, desenhando arabescos grotescos no corredor escuro, quando eu passei, a correr – explicava Carlisle Damon, que outrora fora um actor famoso.
         - Deixemo-nos de poesia! – retorquiu o inspector Kelley. – Vamos aos factos. – O professor Fordney sorriu da impaciência do seu amigo.
        
         Os três estavam discutindo a tragédia ocorrida numa pensão barata, a poucos passos do aposento que o actor ocupava.
         - Não se tocou em coisa alguma – esclareceu Damon – antes da chegada de Kelley e Fordney. Este, viu, à claridade mortiça de uma lâmpada colocada sobre a mesinha de cabeceira, o corpo de Nora Mason, que jazia atravessado na cama, com uma faca enterrada no coração.
        
         Só pela porta se podia sair do aposento. A mão da rapariga, segurando ainda o punho da faca, sugeria imediatamente a ideia de suicídio.
         - Ia eu a passar em frente da porta, quando ouvi um gemido, tétrico e sepulcral – continuou Damon. – Voltei-me. As sombras flutuantes pareciam fantasmas de morte! Espectáculo horrível! Um suor frio percorria-me a espinha, mas, enchi-me de coragem e entrei. Nora estava morta! Pobre rapariga! Acho que achou dura de mais a batalha da vida e, então…
        
         - Deixemo-nos de dramatizar! O senhor agora não está no palco! – interrompeu Kelley. – Tem a certeza de que ninguém saiu do quarto?
         - Seria capaz de o jurar…
         - Bem – sentenciou Kelley – a avaliar pelo que diz, ou alguém saiu deste quarto, ou o senhor está envolvido num caso de assassínio!

         Como foi que ele chegou a esta conclusão?

   (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 040
(Diário Popular # 4315 – 09.10.1954)

Como a dançarina indiana não é Sandra Worth (1), nem Luísa Holden (2) é Maria Rochelle. Luísa Holden não é a rapariga viva (2); a dançarina Maria Rochelle, também não (2). Portanto, a rapariga viva e amnésica é Sandra Worth.


       Jarturice-041 (Divulgada em 11.Fevereiro.2015

APRESENTA
E
DIVULGA: MR. AHPPP - JARTUR
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