(Diário Popular # 4322 – 16.10.1954)
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Deixemo-nos de poesia! – retorquiu o inspector Kelley. – Vamos aos factos. – O
professor Fordney sorriu da impaciência do seu amigo.
Os
três estavam discutindo a tragédia ocorrida numa pensão barata, a poucos passos
do aposento que o actor ocupava.
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Não se tocou em coisa alguma – esclareceu Damon – antes da chegada de Kelley e
Fordney. Este, viu, à claridade mortiça de uma lâmpada colocada sobre a mesinha
de cabeceira, o corpo de Nora Mason, que jazia atravessado na cama, com uma
faca enterrada no coração.
Só
pela porta se podia sair do aposento. A mão da rapariga, segurando ainda o
punho da faca, sugeria imediatamente a ideia de suicídio.
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Ia eu a passar em frente da porta, quando ouvi um gemido, tétrico e sepulcral –
continuou Damon. – Voltei-me. As sombras flutuantes pareciam fantasmas de
morte! Espectáculo horrível! Um suor frio percorria-me a espinha, mas, enchi-me
de coragem e entrei. Nora estava morta! Pobre rapariga! Acho que achou dura de
mais a batalha da vida e, então…
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Deixemo-nos de dramatizar! O senhor agora não está no palco! – interrompeu
Kelley. – Tem a certeza de que ninguém saiu do quarto?
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Seria capaz de o jurar…
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Bem – sentenciou Kelley – a avaliar pelo que diz, ou alguém saiu deste quarto,
ou o senhor está envolvido num caso de assassínio!
Como foi que ele chegou a esta conclusão?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 040
(Diário
Popular # 4315 – 09.10.1954)
Como a dançarina indiana não
é Sandra Worth (1), nem Luísa Holden (2) é Maria Rochelle. Luísa Holden não é a
rapariga viva (2); a dançarina Maria Rochelle, também não (2). Portanto, a
rapariga viva e amnésica é Sandra Worth.
Jarturice-041
(Divulgada em 11.Fevereiro.2015
APRESENTA
E
DIVULGA: MR. AHPPP - JARTUR
jartumamede@aeiou.pt
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