Ela
dissera que não ouvira cair o cadáver de Berney Eyster, apesar de estarem ambos
na mesma sala, por ser totalmente surda do ouvido esquerdo. Segundo «Miss»
Franklin, ela estava a escrever uma carta, enquanto Barney se encontrava a uns
quatro metros e meio de distância, olhando através da janela. Quando ela se
voltara para lhe fazer uma pergunta, vira-o estendido no chão, com um fio de
sangue a escorrer-lhe da cabeça. A rapariga atribuía o facto de não ter ouvido
o mínimo ruído, à probabilidade de o tiro que vitimara Barney ter sido
disparado através da janela com uma arma provida de um amortecedor de som.
-
Sim – acrescentou ela a uma pergunta de Reynolds – ouço tão bem do ouvido
direito como qualquer pessoa normal.
Mas
o palpite de Reynolds em relação àquele caso era tão forte que se resolveu a ir
pedir a opinião do Prof. Fordney. Este recebeu-o cordialmente.
-
Que o traz por cá a esta hora?
-
Um simples palpite, Professor.
E
Reynolds explicou o caso a Fordney.
O
Professor escutou-o atentamente. Depois disse:
-
Bem; um palpite é uma coisa que tanto pode estar certa como errada. No entanto,
é muito simples de verificar qual destas hipóteses corresponde à verdade.
Após
uma pausa, continuou:
-
Para saber se Nellie diz a verdade a respeito da sua surdez, vamos
murmurar-lhe, um de cada ouvido e simultaneamente, duas frases diferentes, mas
do mesmo tamanho. Se ela for capaz de repetir qualquer das frases, é porque não
é surda do ouvido esquerdo.
Reynolds
ficou espantado.
Que queria dizer o Professor Fordney?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
* *
* * *
Solução do problema # 043
(Diário
Popular # 4350 – 13.11.1954)
É muito simples: A nota
estava impregnada do mesmo perfume que ela entornara sobre a malinha. Era fácil
demonstrar que era o mesmo perfume.
Jarturice - 044 - (14.Fevereiro.2015)
APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO: MR. AHPPP - JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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