quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

JARTURICE 035

                      
                            PROBLEMAS POLICIAIS – 38 - # 035

                                           (Diário Popular # 4239 – 24.07.1954)
        

        - Cheguei à nossa cabana menos de dez minutos depois da Alice – gemeu Harol Sherrod – mas era demasiado tarde. Ela já estava morta.
         - Coragem, meu rapaz! Compreendo que a situação é penosa, mas tem de reagir – disse Fordney. – Então, conte lá…
         - Andávamos os dois à caça do lado deste lago – prosseguiu Sherood. – De repente, a minha mulher pareceu fatigada e disse que ia voltar para casa. Sabendo que ela encontraria o caminho sem dificuldade, não hesitei em a deixar partir sozinha. Estava resolvido a demorar-me ainda uma ou duas horas, mas pouco depois de ela se ter afastado, comecei a recordar-me das suas ameaças de suicídio. Tentei afastar estes pensamentos. Ela andava tão alegre durante este último mês! Contudo, eu não conseguia abafar a minha ansiedade. Chame-lhe pressentimento, se quiser; a verdade é que tinha a sensação de que qualquer coisa desagradável estava para acontecer.   
         Tendo perdido o entusiasmo, abandonei a caçada e encaminhei-me para a cabana, onde a encontrei morta, com a fronte atravessada por uma bala e a minha pistola ao lado. Afinal sempre se tinha suicidado – soluçou ele.
         - Não encontrou pessoa alguma desde que tomou o caminho de regresso à cabana, até ao momento em que chamou a Polícia?
         - Nem vivalma. Este sítio é muito solitário.
         - A que distância se encontrava da cabana?
         - Entre duas a três milhas, mais ou menos. 
         - É estranho que não tenha alcançado sua mulher no caminho. Não se importa de ser submetido a uma prova pelo detector de mentiras?
         - Não – replicou Sherrod. – Por que havia de me importar?
         - Por quê? Porque, conquanto eu já saiba que o senhor mente, devo avisá-lo de que o detector o confirmará.

         Porque supunha Fordney que Sherrod estivesse implicado na morte da esposa?   

(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso

                         *     *     *     *     *

Solução do problema # 034
                                (Diário Popular # 4232 – 17.07.1954)

       Se Orman tivesse atirado sobre «o gatuno», enquanto jazia no chão, a bala teria tomado uma direcção ascendente. Ora, o exame ao cadáver revelara que a bala penetrara nas costas do homem, algumas polegadas acima do coração, e fora alojar-se nesse órgão. Logo, fora disparada de cima para baixo, de onde se concluía que o dr. Orman mentira. O médico assassinou primeiro a noiva, por ciúmes, e depois o desgraçado que se prestou a servir-lhe de cúmplice. 



 Jarturice-035 (Divulgada em 05.Fevereiro.2015)



APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE MR. AHPPP: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt

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