(Diário Popular #
4239 – 24.07.1954)
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Coragem, meu rapaz! Compreendo que a situação é penosa, mas tem de reagir –
disse Fordney. – Então, conte lá…
-
Andávamos os dois à caça do lado deste lago – prosseguiu Sherood. – De repente,
a minha mulher pareceu fatigada e disse que ia voltar para casa. Sabendo que
ela encontraria o caminho sem dificuldade, não hesitei em a deixar partir
sozinha. Estava resolvido a demorar-me ainda uma ou duas horas, mas pouco depois
de ela se ter afastado, comecei a recordar-me das suas ameaças de suicídio.
Tentei afastar estes pensamentos. Ela andava tão alegre durante este último
mês! Contudo, eu não conseguia abafar a minha ansiedade. Chame-lhe
pressentimento, se quiser; a verdade é que tinha a sensação de que qualquer
coisa desagradável estava para acontecer.
Tendo perdido o entusiasmo, abandonei a caçada e encaminhei-me
para a cabana, onde a encontrei morta, com a fronte atravessada por uma bala e
a minha pistola ao lado. Afinal sempre se tinha suicidado – soluçou ele.
- Não encontrou pessoa alguma desde que tomou o caminho de
regresso à cabana, até ao momento em que chamou a Polícia?
- Nem vivalma. Este sítio é muito solitário.
- A que distância se encontrava da cabana?
- Entre duas a três milhas, mais ou menos.
- É estranho que não tenha alcançado sua mulher no caminho.
Não se importa de ser submetido a uma prova pelo detector de mentiras?
- Não – replicou Sherrod. – Por que havia de me importar?
- Por quê? Porque, conquanto eu já saiba que o senhor mente,
devo avisá-lo de que o detector o confirmará.
Porque supunha Fordney que Sherrod estivesse implicado na
morte da esposa?
* *
* * *
Solução do problema # 034
(Diário Popular # 4232 – 17.07.1954)
Se
Orman tivesse atirado sobre «o gatuno», enquanto jazia no chão, a bala teria
tomado uma direcção ascendente. Ora, o exame ao cadáver revelara que a bala
penetrara nas costas do homem, algumas polegadas acima do coração, e fora
alojar-se nesse órgão. Logo, fora disparada de cima para baixo, de onde se
concluía que o dr. Orman mentira. O médico assassinou primeiro a noiva, por
ciúmes, e depois o desgraçado que se prestou a servir-lhe de cúmplice.
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE MR. AHPPP: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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