quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

JARTURICE 056

Bom dia, Amigos:
Mais um degrau, na história da problemística policiária publicada em Portugal.
Reparem, que o problema que hoje vos envio, foi publicado no «Diário Popular»,
precisamente neste dia... mas há 60 anos atrás. Pura coincidência. Isto não estava
previsto nem programado. 
Programados, prometidos e cumpridos, estão sempre os habituais abraços do
Jartur


PROBLEMAS POLICIAIS – 59 - #056       
 (Diário Popular # 4451 – 26.02.1955)
                      
        
- Quase toda a gente aprecia uma parada – disse Fordney para os seus alunos, na Universidade – e eu não sou excepção à regra. Nada há tão colorido como a parada militar que comemora o aniversário de Sua Majestade Britânica. Há anos, antes da guerra, tive a sorte de contemplar esse soberbo espectáculo, quando estava de visita a Shepart, da Scotland Yard.
         Conseguimos um lugar mesmo junto à tribuna da Família Real. Eu estava fascinado com o desfile das tropas. O meu velho amigo coronel Lawton, à frente das «Coldstream Guards», era o perfeito exemplo do soldado britânico ao passar, segurando com a sua forte mão direita as rédeas do cavalo negro, nervoso e ágil. Quando chegou em frente da tribuna, o Rei Jorge teve um sorriso de aprovação e, no mesmo instante, a Rainha, voltando ligeiramente a cabeça, reconheceu-me e sorriu. «É caso para se sentir orgulhoso – sussurrou-me Shepart. – Foi há dois anos que você conheceu Sua Majestade, não foi?».
         Fiz um gesto de assentimento e assegurei-lhe que, se não fosse a sua presença a meu lado, Sua Majestade provavelmente não me teria reconhecido. Quando eu tivera a honra de lhe ser apresentado, Shepart acabava de executar uma tarefa delicada para Sua Majestade. Ao deixarmos a tribuna, terminada a parada, um funcionário dirigiu-se a mim, dizendo: «Professor Fordney, Sua Majestade gostaria…».
         - É evidente, professor, que o senhor causou forte impressão à Rainha – interrompeu um dos alunos. Jim Barry, com um sorriso. – Mas acho que está de novo a pôr à prova o nosso espírito de observação.
         Fordney soltou uma risada.
         - Você está a fazer progressos, meu rapaz. Vamos, diga lá diante de todos qual foi o erro grosseiro que eu introduzi na minha narração…

         Depressa, leitor, diga lá qual foi o erro! Então? Não sabe?      

 (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

         *     *     *    






              Solução do problema # 055
(Diário Popular # 4445 – 19.02.1955)        

O cheque passado pelo proprietário do carro, em nome de Cedric Agar, indica que o dito proprietário era Leonard Ball ou Alfred Huntley. Como sabemos pela alínea 4) que Leonard Ball não era o dono do carro, este teria que ser Alfred Huntley.
Pelas alíneas 1) e 2) sabemos que o sobrevivente e Ball eram casados, enquanto as alíneas 3) e 4) indicam que o proprietário do carro era solteiro.
Por conseguinte, Alfred Huntley (o solteiro) não era o sobrevivente e, como Leonard Ball não podia ser o sobrevivente, como se prova na alínea 4), este só poderia ser Cedric Agar.

                                                                                   
Jarturice-056 (Divulgada em 26.Fevereiro.2015)







DIVULGAÇÃO E APRESENTAÇÃO
DE_ MR. AHPPP: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt


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