-
Vamos, coragem, meu rapaz! – disse Fordney – Sei o que deve sentir, mas é
preciso reagir… Conte-me como as coisas se passaram.
-
Tínhamos estado a caçar a este do lago. – disse Sherrod. – De súbito, minha
mulher disse-me que se sentia cansada e que ia voltar para trás. Sabendo que
ela não teria dificuldade em encontrar o caminho de regresso, deixei-a ir
sozinha. Disse-me que voltaria daí a duas horas mas, pouco depois de ela
partir, recordei-me das suas ameaças de se suicidar e fiquei preocupado. Tentei
furtar-me a essa inquietação com a ideia de que vivíamos há já um mês em
perfeita paz, mas, como não conseguisse sossegar, resolvi voltar para a cabana,
também. Tinha um palpite de que algo de terrível estava para acontecer. Até
perdi o engodo pela caça!
«Quando
cheguei à nossa barraca, encontrei a Alice morta. Tinha um ferimento de bala na
têmpora e o meu revólver a seu lado. Matara-se, como prometera! – acrescentou o
homem num soluço.
-
Viu alguém, no período que decorreu entre o seu regresso à barraca e o momento
em que chamou a Polícia?
-
Não vi ninguém. Esta região é deserta.
-
A que distância estava você da barraca, quando se separou de sua mulher?
-
Duas ou três milhas.
-
É extraordinário como não conseguiu ultrapassar sua mulher. Importa-se de se
submeter à prova do detector de mentiras, Sherrod?
- Eu? Mas… não vejo porquê…
-
Pela razão simples de que tenho a certeza de que você mente. E o detector
confirmá-lo-á.
Que facto levou Fordney à convicção de que Sherrod lhe
mentira?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 041
(Diário
Popular # 4322 – 16.10.1954)
Como o quarto da vítima
estava iluminado por uma pequena lâmpada eléctrica, Damon não podia ter visto
sombras a flutuar no corredor, como dissera por duas vezes.
APRESENTADA E
DIVULGADA POR:
MR. AHPPP - JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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