segunda-feira, 2 de março de 2015

JARTURICE 060

                              
                           PROBLEMAS POLICIAIS – 63 - # 060
                       (Diário Popular # 4479 – 26.03.1955)                                            

         
- Eu não sou médico, Tom Naby, mas posso dizer-lhe que você sofreu comoção cerebral e talvez mesmo uma pequena fractura do crânio. Seja como for, você precisa de ser observado e tratado cuidadosamente, o que não é possível aqui, em Loorestown. Tenho estado a pensar numa coisa. O comboio rápido parte dentro de duas horas e nunca leva mais de duas ou três pessoas. Você pode aguentar-se até lá. Se o meu plano resultar, você será internado num belo hospital, será tratado inteiramente de graça e ainda conseguirá uma boa indemnização que, como bons amigos, repartiremos entre ambos. Vamos lá a combinar a coisa!
                                     
                                                                  *
         O professor Fordney foi quase arremessado do seu lugar no momento em que o comboio fez uma travagem rápida quando ia a ganhar velocidade. Que grande esticão! Instintivamente, olhou para trás para ver se o seu único companheiro de viagem, que ocupava um lugar atrás do seu, sofrera alguma coisa com a brusca travagem. Assim era, infelizmente. O passageiro estava estendido, no meio da carruagem, de costas e inanimado.

         - Está muito ferido? – perguntou o condutor, momentos depois.
         - Não sei bem – respondeu Fordney. – No entanto, precisa de ser internado o mais urgentemente possível. Que aconteceu?
         - Foi um touro que se atravessou no meio da linha. Já é costume! Ao anoitecer acontecem sempre destas! É o nosso terceiro acidente no espaço de dois meses. A companhia tem de mandar vedar a linha. Entretanto, nem Deus os salva de pagarem uma boa indemnização a este pobre homem!
         - Ah! Isso de maneira nenhuma! – exclamou Fordney. – Se ele tiver um pouco de bom senso não ousará fazer reclamação alguma. Ele caiu porque quis. É evidente!

         Como chegou Fordney a tal conclusão?    
                                                                      
                                    
  (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)
 
         *     *     *



Solução do problema # 059
(Diário Popular # 4472 – 19.03.1955)

O caso era, evidentemente, de suicídio. A porta, embora calafetada pela parte de dentro, estava fechada à chave por fora. As janelas, também calafetadas, estavam igualmente fechadas. Por conseguinte, era evidente que ninguém saíra daquela sala. Duval, que odiava Olson, fechara a porta do lado de fora, contornara a casa e entrara pela janela que calafetou depois, bem como a porta. Em seguida, escreveu o bilhete acusando Olson e suicidou-se. 


Jarturice-060 (Divulgada em 02.Março.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: MR. AHPPP: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt


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