(Diário Popular # 4554 (11.06.1955)
Fordney
pegou na folha dactilografada que se encontrava sob a cabeça de Carr, ao lado
da máquina de escrever, e leu:
«Field acaba de chegar. Vem matar-me.
Não posso escapar-lhe. Dentro de cinco minutos estarei morto. Ao menos, assim,
a Polícia saberá quem foi o meu assassino. Ouço-o aproximar-se. Abriu já a
porta. Su…».
-
Apanhou um tiro em pleno coração – observou o professor, passando a folha ao
sargento Reynolds.
-
É verdade – disse o sargento. – Morreu instantaneamente e nem sequer teve tempo
para completar a frase. Era um tipo curioso. Era o que pode chamar-se um pacifista
criminoso. Nunca andava armado e orgulhava-se de jamais haver derramado sangue
no decurso da sua longa carreira de criminoso. Não percebo por que é que ele
ficou imóvel à espera da morte, embora estivesse paralítico do lado direito.
-
Já se apercebeu de que paira um perfume subtil nesta sala, Reynolds?
-
É estranho, sim. De onde provirá?
Fordney acercou-se do corpo que se achava
voltado para a única porta da sala. Por detrás do cadáver, achava-se uma
janela, fechada e com barras de ferro.
-
Este perfume é maravilhoso – murmurou o professor, aspirando o ar. – Cá temos
outro caso de estupidez – acrescentou, apalpando o braço direito de Carr. Não
creio que seja Field o assassino.
Reynolds
olhou-se, surpreendido.
Que indício
levou Fordney àquela conclusão?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 070
(Diário
Popular # 4548 (04.06.1955)
Derek e Lili tinham alugado
um cofre em comum. Todas
as manhãs, Derek deixava no cofre um bilhetinho avisando Lili dos progressos
que faziam os seus planos; Todas as tardes, ela o lia, deixando outro
bilhetinho com as suas sugestões para a fuga. Fordney obteve a necessária
autorização para abrir o cofre e ficou a conhecer os planos de Jason e Lili com
grande antecedência. Simples, não é?
Jarturice-071
(Divulgada em 13.Março.2015)
APRESENTAÇÃO E
DIVULGAÇÃO
DE: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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