(Diário Popular # 4575 – 02.07.1955)
Meus
senhores – disse Fordney, dirigindo-se aos seus alunos. – Acabo de receber uma
carta que lhes vou ler e gostaria que me dissessem no prazo de cinco minutos
qual é a afirmação nela contida que logo a inculca como provinda de um
mentiroso.
Agora
oiçam:
Califórnia, 20 de Dezembro de 1953.
Professor Fordney:
Está, com certeza, ao facto da minha prisão.
Apelo para si, pois tenho a certeza de que compreenderá a injustiça da minha
situação. Prenderam-me por haver morto King Morrison; mas a verdade é que o
matei em legítima defesa, em defesa da minha propriedade que ele violara.
E não é menos verdade que, embora legítimo, o meu
acto foi impensado e quase mecânico.
Ouvi rumor na horta e quando me acerquei, de
espingarda em punho e vi Morrison roubando os melões que eu cultivava
extremosamente, premi o gatilho e matei-o.
Estou preso há uma semana apenas, pois recolhi à
cadeia logo no dia seguinte ao do crime, mas parece-me que já estou privado da
liberdade há um ano.
Aproxima-se o Natal, o meu primeiro Natal de
casado, e não queria passá-lo longe dos meus. Posso contar com a sua preciosa
ajuda para que me libertem, pelo menos, até ao dia do julgamento?
Antecipadamente grato,
Lee
Mason.
Mal Fordney
acabara a leitura e já um aluno respondia, de dedo erguido:
- Descobri,
professor. A mentira foi bastante grosseira.
Que
mentira foi essa?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 073
(Diário
Popular # 4568 – 25.06.1955)
Se Rogers não tivesse
conhecimento do crime e das circunstâncias em que ele se desenrolara, não teria
perguntado, logo de chofre, quem lhe dera o tiro.
Na verdade - e segundo ele
próprio afirmara – a criada dissera apenas ter sido a senhora conduzida ao
hospital.
Jarturice-074
(Divulgada em 16.Março.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário