(Diário Popular # 4624 – 20.08.1955)
Fordney
pegou na faca de cozinha que se encontrava junto do cadáver de Raquel, a linda
cunhada de Elsie Morley, e entregou-a ao sargento Dodd. Depois, lançou um olhar
em torno de si. Sobre a mesa da cozinha viam-se duas latas de conserva e um
pão. Abriu a porta do fogão. O forno estava ainda quente.
-
Pode falar, senhora Morley. – convidou Fordney.
-
Meu irmão, Tommy casou com Raquel há seis meses. Ela era uma desavergonhada.
Tentei tudo para a fazer entrar no bom caminho; mas… nada consegui.
«Tentei
ensiná-la a cozinhar mas ela revelou sempre o maior desinteresse pelas coisas
da casa. Hoje, quando estava de costas para ela, olhei por acaso para o espelho
e vi-a pegar nessa faca e encaminhar-se para mim. Voltei-me e tentei tirar-lhe
a faca da mão. Lutámos desesperadamente e, a certa altura, no auge da luta, ela
acabou por cravar a faca no próprio pescoço. Nada mais».
O professor
estava a olhar para o espelho da cozinha quando o sargento entrou e disse:
-
As impressões digitais da rapariga e desta senhora aparecem muito nítidas no
cabo da arma.
- Tocou nalguma coisa depois de chamar a polícia? –
perguntou Fordney.
- Não. Limitei-me a tirar o pão do forno.
O
professor suspirou:
- Diga-me, senhora Morley; por que matou assim sua cunhada a
sangue-frio?
Como chegou Fordney a tal
conclusão?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 080
(Diário
Popular # 4617 – 13.08.1955)
Sobre Terry, evidentemente.
Ele declarara que passara a noite do escritório e, não obstante, sabia que a
porta da biblioteca se encontrava fechada. Assim se revelou a sua culpabilidade
na morte do tio.
Jarturice-081 (Divulgada
em 23.Março.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário