Hoje,
22 de Março de 1957, encontro-me com os meus camaradas da Equipa de Basquete do
Regimento de Infantaria 10, de Aveiro, a gozar um dia de estágio nas Termas do
Buçaco, como prémio por ontem nos termos classificado em 2.º lugar, no
Campeonato Nacional Militar de Basquete.
Ao
passar numa das alamedas do jardim, encontro um quiosque, e vejo exposto o n.º
472 da revista de actualidades, FLAMA. Pedi licença para a consultar, e logo a
adquiri, porque na página 8 aparecia pela primeira vez a secção policial “O
Gosto do Mistério”, que eu propusera ao director e editor dessa revista, Miguel
Trigueiros, e que ele aceitara publicar, estabelecendo um “cachet” que alargava
um pouco a estreiteza do pré que recebia como Cabo Miliciano.
Há alguns meses tornei-me
conhecido nas secções policiais a que concorro com o pseudónimo de Mr. Jartur.
E foi com esse nome de guerra que assinei os originais, então manuscritos,
enviados à redacção. Porém, o “compositor” viu um «dê», na letra inicial onde
eu desenhara um «jota», e passei a ser MR. DARTUR.
A cerca de
duzentos quilómetros de distância, em Santarém, um rapazito de 15 anos,
Domingos Cabral, comprou a FLAMA, leu com interesse a secção, gostou do
mistério ali servido, exercitou a inteligência e redigiu a solução do problema,
que assinou com o pseudónimo de Inspector Aranha, inspirado no nome do “Clube
do Aranhiço”, onde eu imaginariamente reunia com Marcos Dias e um grupo de
amigos.
Ainda só
passaram 58 anos, e ambos continuamos a trabalhar em Pról da Problemística
Policiária Portuguesa.
JARTUR MAMEDE
Porto, 22 de Março de 2015
1 comentário:
Parabéns ao Jartur e ao Inspector Aranha. Ambos são exemplos a seguir e têm muito e muito a dar ao nosso Policiário. Os tempos são outros, obviamente, mas a paixão é, seguramente, a mesma.
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