(Diário Popular # 4548 (04.06.1955)
O
ar de angélica satisfação estampado no rosto de querubim do sargento-detective
Tom Conroy transformou-se em violenta ira… e humilhação quando ele se pôs a
escutar, no seu quarto de hotel, o disco gravado no quarto contíguo pelo
aparelho que ali colocara. O famoso mas nunca apanhado ladrão de jóias Derek
Jason conversava com a sua esperta esposa, Lili Lomez.
-
Portanto, minha querida, como a Polícia começa a dar mostras de inteligência,
temos de nos separar, temporariamente.
-
Mas – objectou Lili – e o trabalhinho dos Brandon?
-
Será executado, conforme combinámos. Só daqui a alguns dias decidirei quando e
onde, mas informar-te-ei a tempo para preparares a fuga.
A
voz de Lili tinha um timbre de perplexidade.
- Como tencionas informar-me, se acabas de dizer que não
poderemos encontrar-nos, nem telefonar, nem sequer telegrafar uma mensagem.
- Isso –respondeu Derek, rindo – é o que o nosso amigo
detective do quarto ao lado daria tudo por saber. Toma, lê isto, que eu depois
queimo-o.
*
- Não afrouxámos a vigilância por um só momento, professor –
continuou o sargento Conroy. – Temos os telefones vigiados, assim como o
correio que recebem. Não se têm encontrado, mas tenho a certeza de que Jazon
vai pôr em prática o roubo dos Brandon e Lili preparará a fuga. Como poderemos
evitá-lo?
Fordney guardou silêncio por alguns minutos. Finalmente,
perguntou:
- Eles têm depósitos no mesmo banco?
- Sim. É o «First National». E o mais estranho é que Jason
faz um depósito todas as manhãs e Lili retira dinheiro todas as tardes.
O criminologista deu um salto na cadeira:
Venha, sargento! Talvez ainda não seja tarde para nos
anteciparmos ao espertalhão do Jason.
Como comunicaram Derek Jason e Lili um com o outro?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 069
(Diário
Popular # 4541 (28.05.1955)
Como Ester morrera cerca das
três horas, e o vento forte só parou por volta das quatro e meia, Fordney teve
a certeza de que não fora ela quem lançara as sementes de cenoura à vala ainda
aberta no quintal de sua casa. Se assim fosse, o vento tê-las-ia levado. Mais
tarde, Grove confessou o seu crime.
Jarturice-070
(Divulgada em 12.Março.2015)
APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO
DE: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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