Aqui estou de novo, a enviar mais uma folha para a "enciclopédia policiária".
Hoje vai também para um novo "aliado", o meu Amigo NEVES, que na BPMP,
me dá sempre uma prestimosa ajuda, quando pretendo encontrar alguma secção,
adormecida nas páginas duma publicação que não encontro no catálogo.
Um "bem haja" e um abraço para o senhor Neves.
E igual dose para todos vós.
Do Jartur
PROBLEMAS POLICIAIS – 75 - # 072
(Diário Popular # 4561 (18.06.1955)
-
Vou contar-lhes o que sucedeu - disse Jamison aos alunos do professor Fordney.
– Na tarde do segundo dia da minha primeira visita a Paris, conheci aquela
mulher por puro acaso. Um pedinte procurava roubá-la e eu livrei-a do
indesejável gatuno. Ela mostrou-se muito grata e, como é natural, um pouco assustada.
Fomos, portanto, a um «café» próximo para tomar qualquer coisa que lhe
retemperasse os nervos. Ela era muito sociável mas misteriosa, recusando-se a
revelar, fosse o que fosse, a respeito de si própria. Quando a conduzi até um
táxi, no entanto, surpreendeu-me com este convite:
-
Quer jantar comigo esta noite, «monsieur»? Dê-me a sua morada. Mandar-lhe-ei o
meu carro às oito.
Indiquei-lhe
o meu hotel e, fiel à sua palavra, ela mandou o motorista buscar-me. Ao
recostar-me nos estofos do carro, a imagem da misteriosa rapariga enchia por
completo o meu espírito, com exclusão de tudo mais. A minha meditação foi
interrompida pelo motorista, que abriu a porta do carro sem proferir palavra.
Os
pormenores do jantar e dos momentos que se seguiram não interessam. Por volta
das onze horas, contudo, depois de ter usado e abusado de óptimos vinhos,
comecei a sentir-me esquisito. Só recuperei os sentidos no meu quarto de hotel,
no dia seguinte. Evidentemente, o vinho continha narcótico.
Ao
aperceber-me de que me haviam desaparecido do bolso alguns documentos
importantes, voltei a casa dela a buscá-los. A porta estava apenas encostada e
eu entrei. Descobri-a então, morta. Enquanto procurava os meus papéis, chegaram
os gendarmes. Recusaram-se a acreditar no que lhes contei, e prenderam-me sob
suspeita de a ter assassinado.
Os
alunos entreolharam-se. Jamison esperaria que eles acreditassem naquela
patranha?
E por que não?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* * *
* *
Solução do problema
# 071
(Diário
Popular # 4554 (11.06.1955)
Se Carr tivesse sido
assassinado enquanto escrevia à máquina, não poderia ter tirado a folha do
carreto. Por conseguinte, fora a seu assassino quem escrevera o papel. Ao tentar
incriminar Field, cometeu um erro fatal.
Jarturice-072
(Divulgada em 14.Março.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário