(Diário Popular # 4527 – 14.05.1955)
Durante alguns dias, a aterragem
forçada de Otto Freund e Ernst Wagner, num avião mono-motor, perto de um posto
do Exército, às 11 e 5 da noite, dois dias antes da carnificina de Pearl
Harbour, permaneceu envolta em profundo mistério.
O professor
Fordney estava a assistir a uma demonstração de um novo modelo de projectores
de aeronáutica, na companhia de alguns oficiais do Exército e funcionários do
Ministério da Guerra. Montado sobre um camião do Exército, o projector lançava
o seu feixe de raios infra-vermelhos através do espaço, a uma distância superior
a catorze milhas. De súbito, no céu sem estrelas, surgiu um avião que foi cair
num campo lavrado, a poucas jardas dali.
Um dos ocupantes
do avião, Ernst Wagner, morrera durante a queda. O outro, Otto Freund, estava
apenas ligeiramente ferido. Freund atribuía a aterragem forçada e a morte do
companheiro ao projector.
Fez-se um exame
aos instrumentos de bordo, sem resultado, pois estavam todos bastante
danificados.
- Como conseguiu
desviar-se nove milhas da rota que seguia? – perguntou Fordney a Freund.
- Como? Como? –
exclamou o excitado piloto. – Logo que o meu motor começou a falhar, vi a luz
do vosso projector e tomei-a pelo projector de um campo de aterragens de
emergência. Como era natural, dirigi-me para cá em vez de prosseguir na minha
rota. Se me não tivesse desviado, talvez pudesse alcançar o campo de emergência
de Oakdale.
Fordney ficou a
contemplar o vácuo, nas trevas da noite sem lua, erguendo a gola do sobretudo
para se proteger do nordeste. Acenou com a cabeça para o comandante e este
apressou-se a ordenar:
- Sargento!
Prenda este mentiroso espião!
Por que razão nem Fordney nem o
Comandante acreditaram na história de Freund?
Por que desconfiaram dele?
Um simples indício, que as pessoas
bem informadas, devem conhecer, explica ambas as coisas.
* * * *
Solução do problema
# 066
(Diário
Popular # 4520 – 07.05.1955)
Fordney descobriu que o
senhor Barret nunca fora marinheiro, pois nenhum marinheiro se refere à direita
e à esquerda, à parte da afrente e à parte de trás de um navio. Em terminologia
náutica, isso designa-se por estibordo, bombordo, proa e popa.
Jarturice-067
(Divulgada em 09.Março.2015)
APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO: MR. AHPPP: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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