domingo, 22 de março de 2015

POLICIÁRIO 1233

[Transcrição da secção n.º 1233 publicada 

hoje no jornal PÚBLICO]

CONVÍVIO DE ALMEIRIM E OS 40 ANOS
DE “MISTÉRIO… POLICIÁRIO

O XI Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade, tem a data marcada para 17 de Maio, em Almeirim.
Neste convívio será prestada homenagem ao nosso mestre das lides policiárias Manuel Constantino que, entretanto, completará 90 anos de idade e 70 de policiarismo.
O programa do convívio está estabelecido e, salvo algum factor imprevisto de última hora, será como segue:

PROGRAMA DO CONVÍVIO
            O XI Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade realizar-se-á em 17 de Maio, no restaurante “A Tertúlia da Quinta”, em Almeirim.
            Neste encontro iremos homenagear Manuel Constantino, que este ano completa noventa anos de idade e setenta de policiarismo.
            Será, como esperamos, uma excelente jornada de confraternização e de justa consagração de um mestre.
            O programa previsto é o seguinte:
            11:30- Concentração no restaurante “A Tertúlia da Quinta”
            13:00 – Almoço
            14:30 – Apresentação de duas novas obras de Manuel Constantino
            15:00 – Distribuição dos prémios do Concurso de Contos
            15:30 – Homenagem a Manuel Constantino
            Preço do almoço: 15,00 euros.
            Endereço do restaurante: Largo da Praça de Touros, 37-A, Almeirim
            Contactos para esclarecimentos e inscrições:        214719664 ou 966102077 (Pedro Faria); 213548860 ou 966173648 (António Raposo); 219230178 ou 965894986 (Rui Mendes).

CONCURSO DE CONTOS "MANUEL CONSTANTINO"
Estamos a fazer uma espécie de “última chamada” para que possam dar azo à imaginação ou “arejar” alguns escritos que vão sendo arquivados na gaveta por falta de oportunidades.
Num país em que pouco ou nada existe onde publicar um conto, uma história verídica ou um mero exercício linguístico, todas as hipóteses têm de ser devidamente exploradas e esta não é excepção, até porque não tem regras excessivamente rígidas nem temas obrigatórios. É, pois, uma oportunidade de ouro para quem continua a praticar o salutar hábito de escrever, escrever sempre, todos os dias.
Tomem nota do regulamento:

REGULAMENTO

            1. - A Tertúlia Policiária da Liberdade, com o apoio da Secção Policiária do jornal PÚBLICO, promove um CONCURSO DE CONTOS que pretende homenagear e ter como inspiração a personalidade e a obra de Mestre MANUEL CONSTANTINO, por ocasião do seu 90.o aniversário.
            2. - O Concurso é aberto a todos, policiaristas ou não, sem condicionalismos de idade.
            3. – É vedada a participação de membros do júri ou seus familiares, podendo cada concorrente apresentar mais do que um original, desde que o faça utilizando pseudónimos diferentes. Os pseudónimos utilizados, bem como os textos, não poderão por qualquer forma levar à identificação do concorrente.
            4. - Os trabalhos, na modalidade de conto policiário, em língua portuguesa, deverão ser apresentados impressos em páginas de formato A4 e não deverão exceder seis páginas.
            5. - Cada trabalho, com o respectivo autor identificado apenas por um pseudónimo, deverá ser enviado pelo correio até ao dia 31 de Março de 2015, em triplicado, num sobrescrito dentro do qual também deverá ser metido outro sobrescrito bem fechado, identificado por fora com o mesmo pseudónimo e contendo um papel onde se indique o título do conto, o pseudónimo e a verdadeira identificação e o endereço do concorrente, número de telefone ou endereço de email. Outra forma de identificar o texto, que não seja a do pseudónimo, poderá acarretar a desclassificação.
            6. - A abertura dos sobrescritos contendo a identificação dos concorrentes premiados, só será efectuada após as decisões do Júri.
            7. - Dos trabalhos deverá obrigatoriamente constar, mas não como título, a frase da autoria de Manuel Constantino que a seguir se transcreve: "QUEM RECORDA NUNCA ESTÁ SÓ", frase que pertence ao problema policial intitulado "UM CASO A RECORDAR" de 1992.
            8. - Os trabalhos, nos moldes atrás descritos, deverão ser enviados para a seguinte direcção postal: Maria José Mendonça R. Lucília Simões, 8 - 10.ºB 1500-387 LISBOA.
            9. - O júri será constituído por três personalidades de reconhecido mérito, a designar pela organização do XI Convívio da T. P. L., o qual se realizará, com a respectiva entrega de prémios, no dia 17 de Maio de 2015, na região de Santarém.
            10.- Das decisões do Júri não haverá recurso, ficando-lhe atribuída a competência de determinar, dependendo da quantidade e da qualidade dos trabalhos, se deverão ou não ser atribuídos os prémios, no limite previsto de três.
            11.- Os nomes dos premiados serão anunciados a seu tempo na página da Secção Policiária do jornal PÚBLICO, bem como em imprensa regional, sites e blogues ligados ao policiarismo.
            12.- A Tertúlia Policiária da Liberdade reserva-se o direito, dentro do prazo de um ano, de promover a publicação de qualquer dos trabalhos concorrentes, sem pagamento de direitos autorais.
            13.- Para esclarecimentos poderão ser utilizados os telefones 214719664 ou 966102077 (Pedro Faria), 213548860 (António Raposo), ou 219230178 (Rui Mendes).

FOI HÁ 40 ANOS: “MISTÉRIO…POLICIÁRIO”


Nesse dia 13 de Março de 1975, em todas as papelarias, quiosques, pontos de venda de jornais e revistas, apareceu, apenas, mais um número do “Mundo de Aventuras”, uma revista de histórias aos quadradinhos, editada pela Agência Portuguesa de Revistas, que já vinha dos anos 40 do século XX, mas que trazia algo de novo: As últimas páginas eram identificadas como “Mistério… Policiário” e assinadas por um não menos misterioso “Sete de Espadas”!
Foi, podemos dizê-lo com toda a propriedade, o virar de página de toda uma geração de jovens, muito jovens mesmo, na casa dos 13, 14 anos, que apareceram em enorme explosão, criando um movimento imparável que nos trouxe até aos nossos dias.
Muitos dos actuais policiaristas são produtos dessa época, eram leitores de histórias aos quadradinhos e descobriram o policiário, tornando-se detectives!
O primeiro sinal de que algo se movia, foi a grande afluência à literatura policial, a corrida aos alfarrabistas, a ânsia de ler os clássicos do policial, antes da procura dos modernos escritores. Depois, foi a quantidade de malta nova a tratar-se por nomes escolhidos pelos próprios, que podiam ser de uma personagem dos quadradinhos, de um detective da literatura, de uma abreviatura do próprio nome, de uma invenção pura… Tudo servia para nos identificarmos perante os outros. Poucos sabiam o nome real do confrade que estava à sua frente, nem isso era importante! O importante era o facto de estarem todos irmanados no mesmo gosto pela dedução, pelo exercício das “células cinzentas”.
No centro de tudo, a figura simpática de um homem de barbas brancas, cabelo ralo, sorriso aberto e simpático: O Sete de Espadas.
Foi há quatro décadas que uma nova vaga policiária teve o seu início!

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