(Diário Popular # 4788 – 04.02.1956)
a
sua taça, numa gargalhada – se ele soubesse que eu estava aqui contigo…
Neste momento, a
campainha da porta retiniu.
-
Deve ser o rapaz da pastelaria – disse Norton.
Norton foi abrir a porta e, com grande
surpresa, achou-se em frente de Cecil Wattson. Que empunhava uma pistola, ordenando-lhe
que se mantivesse calado e fosse sentar-se junto de Inês. Wattson entrou no
apartamento de Norton, abriu a telefonia, meteu a sua arma no bolso, tirou duma
gaveta a arma de Norton e depois, sem proferir palavra, abateu Inês com um
tiro.
Em seguida obrigou Norton a
dactilografar e assinar um papel com os seguintes dizeres:
Matei Inês porque ela se recusa a atraiçoar
Cecil.
E agora vou suicidar-me. Rex
Norton
Aquele papel pô-lo-ia a coberto de
suspeitas.
Segundos depois, uma bala atravessa a
cabeça de Norton.
- Calcemos as luvas – murmurou o
assassino – Agora, o estore. Pronto, já está levantado. Apaguemos a telefonia.
As impressões digitais de Norton na sua própria arma… Óptimo! Podia tomar uma
taça de champanhe, mas é melhor não…Nada de imprudências!
Watson dirigiu-se para a porta, apagou
as luzes e saiu.
Antes de a Polícia entrar no
apartamento, Watson explicou a Fordney:
- Vim até cá na intenção de os matar a
ambos. Eu sabia que Inês estava cá. Mas espreitei pela janela e, com grande
surpresa, vi Norton matar a minha mulher, escrever qualquer coisa num papel e
suicidar-se em seguida.
Fui chamar a Polícia e resolvi esperar cá fora por vós.
O professor acendeu as luzes do
apartamento e, durante alguns minutos, passeou pela sala, em silêncio.
A certa altura, passou a Wattson o papel
escrito à máquina.
- Oh, meu Deus! – exclamou, ele – Ele
matou-a porque ela se recusava a atraiçoar-me. Querida Inês!
- Além de assassino é hipócrita –
comentou Fordney com desprezo. – Leve-o já, sargento!
Qual foi o elemento que desmascarou
Wattson?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* * *
* *
Solução do problema
# 096
(Diário
Popular # 4781 – 28.01.1956)
London
afirmara que estava a dormir quando Skamp chegara ao quarto; Que este tentara contar-lhe
uma história, mas como ele lhe não desse ouvidos, despira o casaco, atirara-o
para cima da cadeira e deitara-se vestido. London afirmara ainda não ter tocado
em coisa alguma. Ora, como Fordney encontrara o sobretudo de London em cima do
casaco cinzento de Skamp, percebeu que London mentira.
Jarturice-097
(Divulgada em 08.Abril.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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