(Diário Popular # 4857 – 14.04.1956)
Pergunto-lhe
se isto podia ter sido um assassínio e você diz-me que sim. Pergunto-lhe depois
se podia ter sido suicídio e você volta a dizer sim. Diz que ele podia ter
metido uma bala na cabeça, no temporal direito, em ângulo recto, com este
revólver de calibre 45 e sem deixar vestígios de queimadura da pólvora. E
afirma que o tiro não foi dado a mais de vinte e oito centímetros…
O
inspector Kelley coçou a cabeça, desesperado. O professor Fordney sorriu e
disse:
-
«Perfeitamente!».
Continuou
a examinar atentamente o cadáver de Andrew Crane. Este caíra sobre a
secretária, tendo na mão direita um revólver de calibre 45. O dedo indicador
estava no gatilho. Tinha a mão esquerda na algibeira do casaco. Na sua fronte
direita havia o buraco de uma bala, com vestígios de pólvora.
-
Que quer dizer? «Perfeitamente» quê? – gritou Kelley. – Você concorda que ele
podia ter metido uma bala na cabeça, em ângulo recto, sem deixar vestígios de
queimadura de pólvora, embora isso fosse estranho. E então? Em que ficamos?
Crime ou suicídio?
-
A resposta, Jim – respondeu Fordney – está diante dos teus olhos.
E o leitor responda: crime ou suicídio)
(Divulgaremos
amanhã, a solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do
problema # 104
(Diário
Popular # 4850 – 07.04.1956)
O culpado foi Rudy.
As duas primeiras
afirmações de Cany não podem ser simultaneamente falsas; Logo, é o, a terceira.
Por isso, tanto ele como Rath estão inocentes.
Pela declaração deste
último, conclui-se que a primeira e a terceira afirmações estão certas; Logo,
Magry não foi o assassino.
Ficam, portanto, só dois
casos a considerar: o de Rudy e o de Tony. Este declara que Rath é o culpado, o
que já sabemos ser falso. Logo, Tony está inocente e Rudy é o culpado.
A única afirmação falsa de
Rudy é: «Não matei Sullivan».
Jarturice-105
(Divulgada em 16.Abril.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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