domingo, 19 de abril de 2015

JARTURICE 108

PROBLEMAS POLICIAIS – 111 - # 108
             (Diário Popular # 4884 – 12.05.1956)

        O inspector Horace Huntley, da Scotland Yard, de visita aos Estados Unidos em missão confidencial, examinou cuidadosamente o buraco aberto pela bala no vidro do caixilho inferior da janela do escritório, que era de guilhotina. Deu um passo para trás e estudou o ângulo do tiro. «Exacto» - murmurou ele.
       
O professor Fordney e o inspector tinham encontrado as luzes apagadas no escritório de Leslie Malton, o misterioso sul-africano. As gelosias, estavam meio corridas e as janelas fechadas. O corpo de Melton estava numa cadeira, ao pé de uma janela, a nascente. Uma bala de calibre 45 atravessara-lhe a cabeça e a janela que lhe ficava atrás. O tiro fora disparado da esquerda do cadáver, entre as 8 e 30 e as 10 e 30 da noite. Eram agora 11 e 55.
        Fordney estendeu ao inspector a pistola que apanhou do chão, afastou as cortinas e fez incidir a luz da sua lanterna sobre outro buraco de uma bala, que fora recentemente também feito no caixilho superior da janela.
        «É extraordinário - disse o inspector. – Esta arma só disparou uma bala».
        «E ei-la – respondeu o sargento, entrando na sala. – Encontrei-a no canteiro do jardim, lá fora. É de calibre 45».
        «Mas – interrompeu o inspector. – Devem ter sido disparados dois tiros, embora as aparências indiquem o contrário. É melhor procurar a segunda bala, sargento».
        «Não é necessário». – disse, então, o professor».
        «Não compreendo!» - exclamou Huntley.
        «É óbvio. Só foi disparado um tiro». Concluiu Fordney.

        Em que se baseou o professor para o afirmar?


       (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 107                                                                   
(Diário Popular # 4877 – 05.05.1956)

O verdadeiro Dr. Bellen tinha sido gravemente ferido na perna esquerda, dias antes. Portanto, ainda que estivesse em estado de sair à rua, teria (mesmo contra os seus hábitos) usado a bengala na mão esquerda, a fim de evitar apoiar o peso do corpo sobre a perna ferida. Ora, Barstow trazia a bengala na mão direita.

 Jarturice-108 (Divulgada em 19.Abril.2015)








APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt


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