PROBLEMAS
POLICIAIS – 116 - # 113
(Diário Popular # 4918 – 16.06.1956)
«Sabemos
já onde se encontra o nosso homem» - declarou o inspector Flauvel que, em
companhia de dois dos seus adjuntos, Brisson e Nollier, punha em acção o seu
plano de caça ao criminoso.
E acrescentou:
«É preciso andar depressa e agir sem nos fazermos notados e, sobretudo, sem
inquietar as pessoas dos arredores…»
«Está muito bem, inspector – concordou
Nollier. – Esperamos as suas instruções».
«Ei-las: Sabemos que Joe Grassigny habita um
dos quatro apartamentos do prédio situado ao fundo da rua. Estou convencido de
que, quando ele me vir chegar, reconhecer-me-á e procurará fugir pelas
traseiras. É então que vocês intervêm. Conhecem-no bem?» «É já um velho conhecido…» - respondeu,
sorrindo, Brisson.
«E você, Nollier?.»
«Nunca o vi, inspector».
«Hum! – fez Flauvel, pensativo. – É preciso
pensar nisso. Eis a topografia do local: A rua está colocada no sentido
Norte-Sul. Você, Nollier, vai para o fundo da rua e volta-se para o Sul. Você,
Brisson, vai para a outra extremidade da rua e volta-se para o Norte. Quando
Grassigny sair, o Brisson fará um sinal a Nollier. Por exemplo, tirará o lenço
do bolso e assoar-se-á. Depois, aproximar-se-ão os dois…»
«Mas como poderei eu ouvir Brisson assoar-se
no outro estremo da rua? – perguntou Nollier, inquieto. – É preciso que ele
faça muito barulho…»
«Não. Já lhes disse que quero tudo resolvido
com o menor barulho possível…»
«Sim, está bem. Mas – insistiu Nollier – se
eu olho para o lado Sul e o Brisson olha para o Norte, não vejo bem como posso
ver o sinal do lenço…».
«Não se apoquente – repetiu o inspector,
calmamente. – Você verá o sinal. Vamos embora.»
Realmente, dez minutos depois, Joe Grassigny
estava preso. A «operação» tinha decorrido perfeitamente.
Como é que Nollier pôde ver o sinal combinado de Brisson?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 112
(Diário Popular #
4912 – 09.06.1956)
A descoberta, no interior da casa, das
botas cujas marcas correspondiam exactamente às que se haviam encontrado no
terreno pantanoso, mostrava bem que Philippe Martin não havia sido assassinado
ali. Não poderia, realmente, conceber-se que o homem, depois de morto, tivesse
ido a casa mudar de botas… Era a tal prova aparentemente indiscutível…
Jarturice-113
(Divulgada em 24.Abril.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário