sexta-feira, 24 de abril de 2015

JARTURICE 113

                                                

                               PROBLEMAS POLICIAIS – 116 - # 113
                (Diário Popular # 4918 – 16.06.1956)
«Sabemos já onde se encontra o nosso homem» - declarou o inspector Flauvel que, em companhia de dois dos seus adjuntos, Brisson e Nollier, punha em acção o seu plano de caça ao criminoso.
E acrescentou: «É preciso andar depressa e agir sem nos fazermos notados e, sobretudo, sem inquietar as pessoas dos arredores…»
    «Está muito bem, inspector – concordou Nollier. – Esperamos as suas instruções».
    «Ei-las: Sabemos que Joe Grassigny habita um dos quatro apartamentos do prédio situado ao fundo da rua. Estou convencido de que, quando ele me vir chegar, reconhecer-me-á e procurará fugir pelas traseiras. É então que vocês intervêm. Conhecem-no bem?»    «É já um velho conhecido…» - respondeu, sorrindo, Brisson.

    «E você, Nollier?.»
    «Nunca o vi, inspector».
    «Hum! – fez Flauvel, pensativo. – É preciso pensar nisso. Eis a topografia do local: A rua está colocada no sentido Norte-Sul. Você, Nollier, vai para o fundo da rua e volta-se para o Sul. Você, Brisson, vai para a outra extremidade da rua e volta-se para o Norte. Quando Grassigny sair, o Brisson fará um sinal a Nollier. Por exemplo, tirará o lenço do bolso e assoar-se-á. Depois, aproximar-se-ão os dois…»
    «Mas como poderei eu ouvir Brisson assoar-se no outro estremo da rua? – perguntou Nollier, inquieto. – É preciso que ele faça muito barulho…»
    «Não. Já lhes disse que quero tudo resolvido com o menor barulho possível…»
    «Sim, está bem. Mas – insistiu Nollier – se eu olho para o lado Sul e o Brisson olha para o Norte, não vejo bem como posso ver o sinal do lenço…».
    «Não se apoquente – repetiu o inspector, calmamente. – Você verá o sinal. Vamos embora.»
    Realmente, dez minutos depois, Joe Grassigny estava preso. A «operação» tinha decorrido perfeitamente.

         Como é que Nollier pôde ver o sinal combinado de Brisson?

   (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

   *     *     *     *     *









Solução do problema # 112
(Diário Popular # 4912 – 09.06.1956)

A descoberta, no interior da casa, das botas cujas marcas correspondiam exactamente às que se haviam encontrado no terreno pantanoso, mostrava bem que Philippe Martin não havia sido assassinado ali. Não poderia, realmente, conceber-se que o homem, depois de morto, tivesse ido a casa mudar de botas… Era a tal prova aparentemente indiscutível…


                                                                           
  Jarturice-113 (Divulgada em 24.Abril.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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