sexta-feira, 17 de abril de 2015

JARTURICE 106

PROBLEMAS POLICIAIS – 109 - # 106
 (Diário Popular # 4871 – 28.04.1956)
O professor Fordney terminara o exame do quarto. Nada tendo encontrado de anormal, excepto o cadáver e o sangue derramado no chão e no parapeito da janela, voltou-se para o homem que estava sentado numa cadeira, com ar acabrunhado.
Em reposta às perguntas do professor, o homem contou o que se passara:
- Por diversas vezes, durante a noite, minha mulher esteve sobressaltada, ao ouvir ruído lá fora e pediu-me que fosse ver o que era. Não vi coisa nenhuma e supus que se tratasse de um «engraçado» a querer assustar-nos. Dormimos em quartos separados. Ora um pouco mais tarde, fui eu próprio acordado pelo som de qualquer coisa a raspar e, o murmúrio de uma voz falando baixinho. Logo que os meus olhos se acostumaram à escuridão, divisei um vulto de pé, em frente da janela. Tirei a pistola que guardara debaixo do travesseiro e disparei por duas vezes; depois, saltei da cama e acendi a luz. Fiquei horrorizado ao ver minha mulher estendida no chão… morta. Telefonei ao doutor Willard e depois…

- Um momento! – interrompeu Fordney. Qual foi o resultado do exame do cadáver, doutor?
- Uma das balas atravessou ombro da vítima, e a outra penetrou-lhe pelas costas, atravessou-lhe o coração e saiu pelo seio esquerdo. – informou o médico.  
- Tocou em alguma coisa, além do cadáver?
- Não senhor.
- E o senhor, Dandley?
- Eu? Apenas no telefone. Depois, como estava muito frio, fui <à cave e avivei o fogo na fornalha…
- E arranjou lenha para se queimar – comentou Fordney, abrindo a única janela do quarto para deixar entrar o ar. Foi um crime muito estúpido, Dandley. Prenda-o, sargento.

Porque foi que Fordney o mandou prender?


   (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 105
(Diário Popular # 4857 – 14.04.1956)

Embora deva ser muito incómodo, é possível meter uma bala na cabeça, em ângulo recto, a uma distância de vinte e oito centímetros (ou até mesmo mais) mas só premindo o gatilho com o polegar. Como Crane tinha o dedo indicador no gatilho, Fordney concluiu que ele fora assassinado e que alguém lhe colocara a pistola na mão para simular o suicídio.


   Jarturice-106 (Divulgada em 17.Abril.2015)





APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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