Hoje, junto à lista o nosso grande Amigo Francisco Porteiro,
"policiário" de longa data, e um dos cérebros que presidiu à
vèlhinha APP. «Associação Policiária Portuguesa».
Ontem reapareceu-me o seu endereço (se é que se mantém),
e por isso aí vai para todos a JARTURICE - CENTO E "SETE".
E o "SETE" nunca vai ser esquecido, até porque a sua memória
permanece aqui, no meu "escritório/oficina", onde existia uma
cama de solteiro, camuflada, e que era o seu "apartamento" sempre
que ele me visitava, nas suas deslocações para os "convívios nortenhos".
Abraços para todos, e um especial ao "SETE".
Jartur
(Diário Popular #
4877 – 05.05.1956)
O
professor Fordney contemplou o homem que se aproximava e não pôde deixar de
admirar a perfeição do disfarce. O indivíduo que caminhava, coxeando, com a
bengala na mão direita, teria passado aos olhos de uma pessoa menos
observadora, pelo doutor Bellen.
O
vestuário impecável, a pêra branca, até os tiques nervosos do famoso e
excêntrico cirurgião eram admiravelmente simulados. Contudo Fordney reconheceu,
sob esse disfarce, um dos maiores actores do seu tempo, William Barstow. Se bem
que ainda na flor da vida, o apogeu da carreira artística de Barstow passara já
e ele tinha sido obrigado recentemente a ceder o seu lugar a actores mais
novos, mas muito menos talentosos. Ao olhá-lo, o criminologista entregou-se,
por momentos, a considerações filosóficas. Depois, seguiu-o. A curiosidade do
professor fora despertada. Estava resolvido a apurar qual a relação entre o
falso doutor Bellen e o verdadeiro que fora alvejado a tiro e ferido na perna
esquerda, poucos dias antes. A própria Polícia ainda não estava ao corrente do
caso. Por qualquer motivo, o cirurgião pretendia ocultar, a todo o custo, a
gravidade do seu ferimento. Se alguém perguntava por ele, de sua casa diziam,
invariavelmente, que tinha saído. Daí – pensava o professor – o facto de Bellen
ter contratado Barstow para o substituir em público e nos lugares que
habitualmente frequentava.
Quando
o falso médico ia a entrar no seu clube, Fordney tocou-lhe no ombro. O homem
voltou-se, com aquele olhar penetrante, tão conhecido dos doentes e amigos do
médico.
-
Que deseja?
Fordney
sorriu e observou-lhe:
-
Até mesmo os génios cometem erros. Se não fosse um pequeno erro que cometeu,
não teria percebido que o senhor não era o doutor Bellen.
Que erro cometera Barstow?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
*
* * *
*
Solução do
problema # 106
(Diário
Popular # 4871 – 28.04.1956)
Se a tragédia tivesse ocorrido
como Dandley contara, pelo menos uma das balas que atravessaram o corpo da
vítima teria partido os vidros da janela que estava fechada.
Jarturice-107
(Divulgada em 18.Abril.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
2 comentários:
Sempre é tempo de homenagear o nosso querido e saudoso Sete
Muito bem Jartur. O Sete merece\ a lembraça e o abraço que lhe manda é comovent PENA que n~ao haja mais coment´rrios
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