(Diário Popular #
5948 – 02.05.1959)
Iluminando com a sua lanterna de bolso,
o inspector Fauvel retirou a pedrinha que viu no profundo ferimento da cabeça
da loira Martine Carel; estudou-a com a sua lupa e depois inspeccionou a ferida
que se via na testa. A forma estranha do ferimento intrigou Fauvel.
Reparou também
no grande espelho partido que se via no carro.
«Que é que
aconteceu exactamente? Por que motivo é que sua mulher estava no assento
traseiro?»
«Martine
segurava este espelho que tínhamos mandado arranjar à cidade; era demasiado
grande para poder seguir à frente a meu lado. Eu estava fatigado, mas Martine
insistiu em que fôssemos à quinta de Claudine Montet. Finalmente, partimos dali
cerca da meia-noite. Como pode verificar, a estrada está perigosa por causa da
neve. No momento em que me preparava para fazer uma curva, surgiu um autocarro
que ocupava quase toda a estrada. Fiz uma travagem e o carro derrapou. Martine
deve ter-se inclinado e o espelho caiu sobre ela. Quando parei para ver o que
se passava fiquei aterrorizado. Martine estava dobrada sobre si mesma,
sangrando imenso. Corri rapidamente à quinta dos Montet, a pedir auxílio.
«Tocou no
corpo?».
«Não; não lhe
toquei».
Fauvel examinou
novamente o assento traseiro.
«Onde é que
parou depois de terem saído de casa dos Montet?».
«Porquê… não…
não parei em lado algum».
«Avisem o comissário
– disse Fauvel – pois isto apresenta o ar de um crime».
Por
que motivo é que Fauvel pensava assim
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 243
(Diário
Popular # 5942 – 25.04.1959)
Apenas uma pessoa ia para Saint-Yves: Fauvel, que encontrou no
caminho o homem, as sete mulheres e os gatos e gatinhos.
Jarturice-244
(Divulgada em 02.Setembro.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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