PROBLEMAS POLICIAIS – 268 - # 265
(Diário Popular # 6107 – 10.10.1959)
«Louis
é um mentiroso», - contestou Clément. «Ele poderia ter-me visto perto de
Braday, entre as 9 horas e as 9 e meia, pois encontrava-me aí, efectivamente.
Mas às 10 e 30 eu estava em Savary, isto é: a 40 quilómetros de
distância, e isso está provado».
«Tu
não dirás, ao menos, que não desejavas a morte de Pierre» - gritou Louis
Vatier, que seguia esta conversa. E acrescentou: «De qualquer forma, eu vi-te
ontem, perto de Braday, cerca das 10 e 30».
«Serviu-se
deste carro depois disso? – perguntou o inspector a Clément, inclinando-se
sobre o motor.
«Não,
e o senhor pode vê-lo bem».
«Sim,
eu vejo. Complicações no carburador?»
«Sim.
Estava a limpá-lo quando o senhor chegou».
«Você
afirma reconhecer, sem se enganar, este carro?» - perguntou o inspector a
Louis.
«Não
há erro possível» - foi a resposta. «É um modelo pouco vulgar, para que eu me
possa enganar».
«Como
é que ninguém deu por si perto de Savary?» - perguntou o inspector a Clément.
«Porque
eu cheguei à casinha de campo que ali possuo, por um caminho pouco frequentado.
De resto, sabe que a minha propriedade é bastante isolada»…
O
inspector Fauvel parecia estar nesse momento profundamente interessado pelo
estado do carburador.
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 264
(Diário Popular #
6101 – 03.10.1959)
O revólver que matara
Claudine não tinha nenhuma impressão digital nem qualquer outro sinal. Como
ela, logicamente, não teria podido dar um tiro na cabeça e limpar, em seguida,
as impressões que, forçosamente, as suas mãos teriam deixado na arma, era
forçoso pensar que alguém limpara o revólver. E esse alguém também o devia ter
disparado.
Jarturice-265
(Divulgada em 23.Setembro.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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