Bom domingo, caros Amigos:
Como sabem, estou embrenhado a passar, para o computador, os problemas publicados no jornal "O Benfica". E o que tenho na minha frente, para teclar, (depois de vir de tomar a minha "bica" e ler o "Público" e o "Jornal de Notícias"), é o que foi publicado em 31 de Dezembro de 1957, e foi escrito pelo benfiquista BIG BEN, pseudónimo que na altura utilizava o nosso Amigo
Manuel Barata Diniz. O seu título é: «1.ª Jornada do Nacional de 57/58», e estava (está): (Dedicado a todos os «sherlocks» que representaram esta secção no I Torneio Nacional de Problemística Policial).
Acrescentemos, a finalizar, que essa secção foi a Vencedora do ITNPP.
Bibó Benfica!
Abraços do Jartur
PROBLEMAS POLICIAIS – 251 - # 248
(Diário Popular #
5976 – 30.05.1959)
Paul Delaney
jazia num lago de sangue, deitado de costas, na sala de banho, tendo como único
vestuário uma calça de pijama. Uma pantufa estava no seu pé esquerdo e a outra
debaixo do lavatório. Tinha uma ferida aberta na garganta; ao lado da sua mão,
uma navalha de barba, barata, aberta.
O inspector
Fauvel voltou o corpo suavemente: a nuca de Delaney estava limpa e havia sido
raspada recentemente.
Fauvel apanhou o
casaco do pijama num canto e viu que ele estava
limpo; depois afastou as cortinas
húmidas, de plástico, e examinou o chuveiro. Este devia ter servido pois as
toalhas, molhadas, haviam sido negligentemente atiradas para o chão.
Pierre Bruchet,
que partilhava o aposento com Delaney, explicou:
- Voltei a casa
um pouco depois da meia-noite e encontrei-o assim. Sujei o meu sapato de sangue
ao entrar na casa de banho para acender a luz. Não toquei em nada. Não seria capaz».
- Ah! – disse
Fauvel – A luz estava apagada?
- Sim!
-Tem algum
álibi?
- Tenho
necessidade disso?
- Certamente! Se
não tivesse havido um erro estúpido, isto poderia ter passado por acidente. Por
que motivo você, ou o assassino, teriam cometido esse erro, ignoro-o, mas sei
que se trata de um crime.
Qual é o erro de que fala o inspector?
(Divulgaremos
amanhã, a solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 247
(Diário
Popular # 5969 – 23.05.1959)
Helena sangrou abundantemente. Nabor disse que havia cuidado das
feridas, ligando-as, logo após haver telefonado a Fauvel e que Helena só
morrera pouco antes de este chegar. No entanto, as mãos de Nabor estavam cheias
de sangue, embora as ligaduras estivessem limpas. Isto provava que não só Nabor
não tocara o vestuário de Helena, com as suas mãos cobertas de sangue, (como
teria acontecido se a sua história fosse verdadeira) mas também que Helena já
estava morta quando ele ligou as suas feridas. Se ela estivesse viva nesse
momento, o sangue teria manchado as gazes e ligaduras.
Jarturice-248
(Divulgada em 06.Setembro.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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