Caros Amigos:
Afinal, tantas e tão boas expectativas para um domingo (parte dele), na minha terra natal,
e não posso, ao fim e ao cabo, fazer a deslocação. Para a semana, haverá nova oportunidade.
Portanto, conto acabar hoje a saga de: O CRIME NÃO COMPENSA. Será essa a compensação!
Abraços do Jartur
PROBLEMAS POLICIAIS –
272 - # 269
(Diário Popular #
6142 – 14.11.1959)
A
vítima estava afundada na sua cadeira giratória, diante da secretária, com a
testa furada por uma bala.
Peça
a esse senhor Vanberg que me venha ver – pediu o inspector ao porteiro. Depois,
como se ele não pudesse suportar a vista desse cadáver, o inspector Fauvel fez
girara a cadeira em que estava a vítima, de forma, a que esta última ficasse em
frente da janela. Foi nesse momento que entrou Vanberg.
-
Sou o inspector Fauvel. Quer dizer-me o que sabe?
-
Na verdade, não é muito. Preparava-me para sair do meu escritório, quando me
apercebi de que me esquecera de algo. Deixando a porta aberta, voltei atrás.
Foi do meu escritório que ouvi o ascensor parar no quarto andar.
Nesse
momento Vanberg interrompeu-se bruscamente e depois observou:
-
Inspector, ele não estava nessa posição quando o encontrei!
-
Bem sei – disse Fauvel. – Fui eu que o coloquei assim. Continue.
-
Eu dizia que eram cerca de 20 e 30. É uma hora em que todos os escritórios
deste edifício estão vazios, com excepção de dois ou três. Estou quase só
quando trabalho até tão tarde. Voltava para a saída quando ouvi o ruído de um
tiro seguido de passos precipitados. Imediatamente o ascensor desceu.
Precipitei-me para o quarto andar, mas era demasiado tarde; Baune, que eu
conhecia bem, estava morto.
- Muito bem – disse o inspector. – Mas
enquanto fechava a sua porta o assassino teve tempo para fazer girar a cadeira,
antes de fugir pelo ascensor. Isso vê-se nitidamente pelos traços deixados
pelos sapatos do morto, num dos cantos da secretária.
-
Talvez encontre alguma impressão digital na cadeira. – disse Vanberg.
-
Isso não tem importância. – respondeu o inspector, que, com voz dura,
prosseguiu: - «As vossas declarações não interessam. Deve ter mais alguma coisa
a dizer-nos acerca deste crime…
Que queria o inspector dizer com essas palavras ameaçadoras?
(Divulgaremos
amanhã, a solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 268
(Diário
Popular # 6128 – 31.10.1959)
Dado que a sua morte fora, certamente, fulminante, Henry Lecointre
não teria podido, depois do tiro fatal, pegar na espingarda com as duas mãos e
colocá-la sobre os joelhos…
Jarturice-269
(Divulgada em 27.Setembro.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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