Meus caros Amigos:
As Jarturices do Austin Ripley, aproximam-se do fim.
Como já por várias vezes foi noticiado, a ultima será a 273.
Haverá uma "finalíssima", apenas para transportar a solução
desse último problema e a declaração final.
Depois... Uma pausa... Haverá buscas a fazer, para resgatar
alguns problemas da mesma série que andem por aí perdidos,
em publicações que já estavam no esquecimento.
O Inspector Aranha recordou-me um antigo «ALMANAQUE», (e
eu creio ter em sítio recôndito dois ou três exemplares) de que
possui alguns números, mas de que agora comprou dezasseis.
Ali haverá, suspeita-se, problemas para um dia reactivar a série.
Vamos andando... e vamos vendo.
Abraços para todos.
Jartur
(Diário Popular #
6149 – 21.11.1959)
-
Não encontrou nada, senhor inspector? - perguntou o ajudante do célebre polícia
que também se ocupa de examinar cuidadosamente a sala.
-
Não… Ainda não. – respondeu o inspector, visivelmente mal humorado. – E
voltando-se para o proprietário inquiriu:
-
Quem se encontra no castelo neste momento?
-
Só eu e os senhores. – foi a resposta. – Todos estão na cidade, com excepção de
Joseph, o motorista.
-
Onde está ele?
-
Creio que a pescar. Ouvi-o dizer, há cerca de uma hora, que ia sair.
Por
volta das 14 e 30, o inspector Fauvel, no terraço do castelo, observava Joseph,
o motorista, que lançava olhares furtivos à sua volta, enquanto enchia um
buraco cavado perto da garagem. Tendo terminado, dirigiu-se rapidamente para o
cais que dava para o Marne, que passava junto da propriedade.
O
inspector seguiu-o e chegou ali, no momento em que Georges , o
sobrinho do castelão, acostava o seu barco
-
Belo dia, não é verdade? - disse ele, dirigindo-se a Georges.
-
Magnífico.
-
Onde se encontrava quando o cofre-forte de seu tio foi arrombado? – inquiriu
negligentemente Fauvel.
-
Veja por si próprio - respondeu Georges. - Estava às voltas com este magnífico
peixe. Pesa bem três quilos. Uma bela peça, não é verdade? Mas tive imensa
dificuldade para o apanhar…
O
inspector voltou-se então para o motorista e perguntou-lhe:
-
Qual a hora exacta a que regressou da cidade?
-
Não o poderei dizer ao certo.
-
Mas, ao menos, deve ter uma ideia. – disse Fauvel, que aparentemente começava a
impacientar-se.
-
Não sei bem. Talvez meio-dia.
-
A propósito, Georges. – disse Fauvel. – Conhecia a combinação do cofre-forte de
seu tio?
-
Porquê? O velho acusa-me?
-
Não, sou eu que vos acuso… (A vírgula
nesta frase, é da responsabilidade do Jartur)
Por que é que o inspector decidiu falar assim?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste
caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 269
(Diário
Popular # 6142 – 14.11.1959)
Vanberg esquecera um pormenor
importante: estando no oitavo andar, ele não podia saber se o ascensor daquele
prédio moderno tinha parado no terceiro ou no quarto andar…
Jarturice-270 (Divulgada em 28.Setembro.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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