sexta-feira, 25 de setembro de 2015

JARTURICE 267

      
                     PROBLEMAS POLICIAIS – 270 - # 267
            (Diário Popular # 6121 – 24.10.1959)
                                      
       
  Gozando alguns dias de férias de Inverno, numa estação alpina, o inspector Fauvel lia com atenção num jornal local, o relato de um crime que fora cometido no dia anterior, a alguns quilómetros dali. O jornal dava muitos pormenores. Assim, o inspector, lendo-o, soube que um caçador tinha reconhecido no doutor Jean-Paul Ravin, o homem que ele havia visto no dia anterior junto de uma pequena vivenda. Interrogado, o médico reconheceu que, efectivamente, estivera ali, como dizia o caçador, mas protestava a sua inocência no caso da morte da sua noiva Christiane François.
         O médico afirmava que Christiane e ele haviam ido fazer um passeio pelas margens de um lago situado a uns quarenta quilómetros do local, na tarde de segunda-feira. Enquanto eles voltavam para a vivenda, haviam discutido por uma questão fútil. Christiane descera do automóvel e dirigira-se para a vivenda, enquanto ele, dominado por certo enervamento, partira partia imediatamente. Algum tempo depois, estava para os lados de Saint-Paul, a cinquenta quilómetros dali e onde a sua presença num bar podia ser comprovada.
         Regressado à vivenda, quando a noite caía já, por volta das 17 e 30, vira uma luz acesa e entrara. Encontrara Christiane caída no chão. Dois copos, uma garrafa com uma bebida alcoólica e uma caixa de comprimidos, estavam sobre uma mesa da sala. Jean-Paul afirmava que se dera imediatamente conta de que Christiane estava morta, pelo menos havia duas horas. Receando que suspeitassem dele – dizia o médico – carregara com o corpo até ao automóvel e em plena noite seguira para o lago onde ambos haviam estado nessa tarde, depondo aí o cadáver sobre o gelo. Depois regressara.
         No dia seguinte de manhã, dois rapazes que patinavam no lago descobriram o cadáver de Christiane.
         O inspector da Polícia que visitara imediatamente o local, não tivera dificuldade em identificar a morta cujo corpo deixara no gelo, derretendo-o, um sinal bastante nítido.
         Christiane vestia trajo de esquiar e tinha nas mãos luvas espessas

         Porque falava Fauvel assim?  

  (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 266
(Diário Popular # 6114 – 17.10.1959)           

Henry Leblanc havia reconhecido imediatamente Josiane, que ele dizia nunca ter visto antes, numa fotografia tirada durante uma festa nocturna na qual Josiane não usava, evidentemente, óculos escuros e lenço atado em volta da cabeça. Ora, a única vez em que ele pretendia ter visto Josiane, ela usava precisamente grandes óculos escuros e esse lenço. Qualquer identificação, nessas condições, era impossível.


 Jarturice-267 (Divulgada em 25.Setembro.2015)




APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U  R
jarturmamede@aeiou.pt


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