Amigos "Policiaristas":
Nas colheitas que estou a fazer para o nosso AHPPP, como sabem, interessa-me
fundamentalmente, resgatar apenas problemas e soluções, se se trata de publicações das quais não é possível fazer digitalizações ou obter fotocópias.
Mas encontro, nas consultas, recordações interessantíssimas. Reparem nesta, com que o Álvaro Trigo iniciava a secção de "O Benfica", em 31 de Março de 1960.
Abertura
- Duas cartas suscitam hoje, essencialmente, esta nosso pequeno comentário.
A primeira vem de Santarém de um amigo que nos diz, entre outras coisas, que apesar de ser de outro clube, do Sporting, começou a comprar o nosso jornal para poder concorrer ao torneio Inspector Javert.
Ora, o Inspector Aranha, pseudónimo em que se oculta este leitor, não é o único caso de um adepto de outro clube concorrer aos concursos do Benfica. Ao nosso primeiro problema responderam pelo menos sete sportinguistas e um número também elevado de portistas. E dizemos pelo menos, porque não temos qualquer indicação clubística de vinte concorrentes.
(A seguir, vinham também referências a Cloriano M. de Carvalho e Big Bem.)
É tudo por hoje. Abraços do
Jartur
PROBLEMAS POLICIAIS –
269 - # 266
(Diário Popular #
6114 – 17.10.1959)
«Tinham-me
dito que o senhor passara de canoa perto do local onde foi descoberto o cadáver
esta tarde» - disse o inspector a Henry Leblanc, que ele finalmente encontrara.
«Conhecia esta pessoa?». E, dizendo isto, mostrou ao seu interlocutor uma
fotografia da sedutora Josiane, fotografia essa feita por ocasião de uma festa
nocturna de estudantes, na qual o seu encanto e a sua graça eram patentes em
plena luz.
«Sim»
- respondeu Henry Leblanc. «Vi essa jovem em companhia de um homem à beira do
rio, esta tarde. Os dois pareciam discutir violentamente. E, agora, diz-me que
ela está morta? Procurando recordar-me, talvez eu consiga fazer uma descrição
bem precisa do homem com quem ela se encontrava. Talvez isso vos ajude,
inspector?
«Evidentemente.
Não teria, por acaso, ouvido alguma coisa da sua conversa?»
«Não,
nada preciso, mas pelos gestos dos dois vi que se tratava de uma discussão
muito animada».
«Falou
com Josiane nessa tarde?
«Não,
nunca…»
«A
que distância se encontrava do par, quando os viu?
«Vejamos…
Estava a meio do rio… Eles estavam a dois ou três metros da margem…Será preciso
calcular uns trinta metros…»
«Mas…
agora reparo: está ferido num dedo…»
«Não
é nada… uma lâmina de barbear…»
«De
qualquer forma, não será esse pequeno ferimento que o poderá desculpar.» -
declarou o inspector - «porque será preciso que me explique o que se passou
entre você e a vítima.»
Porque é que o inspector falava considerando Leblanc como o
assassino?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 265
(Diário
Popular # 6107 – 10.10.1959)
O inspector Fauvel sabia que Louis mentia. A terra que ficara
agarrada aos pneus do automóvel era vermelha. Isso demonstrava que Clément
havia dito a verdade, porque, de outra forma, os sinais d e terra vermelha
teriam sido apagados pela lama negra e pegajosa na qual havia encontrado o
cadáver de Pierre, perto de Braday.
Jarturice-266 (Divulgada em 24.Setembro.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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