domingo, 3 de maio de 2015

JARTURICE 122

                                               
   PROBLEMAS POLICIAIS – 125



                            (Diário Popular # 4981 – 18.08.1956)

«Ainda não morreu há muito tempo» - murmurou em voz baixa o inspector Fauvel, ao largar o braço do homem estendido na cama.
«Foi certamente uma forte doze de heroína» - sugeriu o inspector da Polícia Suiça que estava junto dele e havia chegado ao local – um pequeno hotel de Genebra – quase ao mesmo tempo que Fauvel.

«Em todo o caso, é uma curiosa maneira de se suicidar» - acrescentou o polícia suíço, apontando para o homem vestido de pijama, que haviam encontrado morto, no leito. «E pensar a Gente que isto aconteceu a dois passos do palácio onde está a realizar-se uma importante conferência internacional sobre a luta contra o tráfico de estupefacientes…».
O inspector Fauvel dava uma vista de olhos pelo quarto do hotel. Pouco havia que revistar: os móveis eram apenas o estritamente necessário. Depois de ter aberto as gavetas, o inspector deitou uma vista de olhos à mala do morto, ao seu conteúdo.
Cigarros, peúgas, camisolas, lenços, camisas, gravatas… Sobre a mesa-de-cabeceira, uma caneta de tinta permanente e um relógio. Tudo o que era natural encontrar num quarto de hotel. Mas num bolso interior do casaco, encontrou, finalmente, o que procurava; uma ampola de líquido incolor, intacta… E, além disso, mais nada.
Entretanto, o médico da Polícia havia chegado, pedindo desculpa pelo atraso. Debruçou-se sobre a cama para examinar o falecido. Após alguns instantes, disse:
- Está morto há uma hora o máximo. Tem todos os sintomas de se ter envenenado com um estupefaciente qualquer. A dose que o matou foi injectada no pulso esquerdo. Farei a autópsia quando o corpo for removido para o meu laboratório…
O inspector suíço interveio:
- Estes suicidas não gostam muito de sangue. Mas onde teria ele obtido tal dose de heroína, se a sua venda está proibida em todos os países?
Foi então a vez de Fauvel declarar:
- Suicídio não é bem… Eu diria antes crime, mesmo que tenha sido um homicídio por imprudência…

    Por que pensava assim o inspector Fauvel? 

    (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 121
(Diário Popular # 4974 – 11.08.1956)

Se Geo Demers afirmava ter visto o gatuno, graças ao seu espelho retrovisor, tentar fechar à chave a porta do camião. Ora a verdade é que a fechadura era central e o espelho se permite ver «para trás»,
Deixa ver «precisamente por de trás» do veículo. O motorista mentia, portanto, afirmava ter visto o gatuno naquela posição.

                                                                                   

 Jarturice-122 (Divulgada em 03.Maio.2015)





APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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