(Diário Popular # 5173 – 02.03.1957)
Professor
Fordney, não poderá fazer alguma coisa por ela? – implorou a atraente Janet
Biodle, acrescentando:
- Eu sei que
Mona Fontaine recebeu o estupefaciente do edifício Forest, mas não sei em que
andar e porta. Ela acaba de matar-se e é uma rapariga tão simpática…
- Certamente que
farei, minha amiga. – respondeu o professor Fordney – Alegro-me pelo facto de
me ter procurado.
*
Mona Fontaine
bateu à porta do número 302 do edifício Forest. Não obteve resposta. Tornou a
bater, com mais força. O terror começou a apoderar-se dela. Bateu na porta com
os punhos. Da sombra surgiu o professsor Fordney.
*
Foi uma história
trágica, a que Mona contou a Fordney. Tendo ficado viciada após uma doença,
consumia agora mais do que seis grãos de morfina por dia. – E roubara o
dinheiro para pagá-la! Era verdade que comprara o estupefaciente no 303, mas
não sabia o nome do vendedor.
Da descrição de
Mona e outras informações, o criminologista inferiu que o homem que operava no
302 era um Joe Famenti ou Louis Burjer; e também o seguinte:
1 – O vendedor
de estupefaciente tinha sido sócio do conhecido distribuidor de droga Duke
Devore.
2 – Tanto Burger
como Famenti sabiam que Devore tinha fugido para a América do Sul quando um
rival, enraivecido por ter sido traído, o denunciara à Polícia.
3 – Durante
várias semanas Famenti vigiara cuidadosamente Louis Burger, pois suspeitava que
ele tivesse denunciado Devore à Polícia.
Embora fossem
estes os únicos dados com os quais Fordney tinha de investigar, o vendedor de
estupefacientes foi rapidamente identificado, preso e condenado.
Quem
era o vendedor de estupefacientes?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 148
(Diário
Popular # 5166 – 23.02.1957)
O assassino, cujos óculos se tinham
quebrado durante a luta com Clarence, foi forçado a roubar o par sobresselente
de Bradford. O professor Fordney sabia que ele fora obrigado a isso, porque
andar sem óculos levantaria imediatamente suspeitas.
Como, porém, os três irmãos usavam óculos
de aros idênticos o assassino sentia-se em segurança porque tinha o par
sobresselente de Bradford. Quando Bradford partiu o seu outro par de óculos,
precisamente depois de Kelley ter ordenado que escrevessem, o assassino sentiu
que os deuses o protegiam. Agora, haveria, duas caligrafias irregulares – a
dele e a de Bradford. Mas foi exactamente este facto que denunciou Russel como
assassino ao professor. Era natural que a caligrafia de Bradford fosse
irregular e saísse das linhas – porque ele não usava óculos – mas quando a
caligrafia de Russel se apresentava nas mesmas condições, isso era a prova de que
ele não usava os seus próprios óculos, mas sim os que roubara a Bradford.
Russel confessou o seu crime.
Jarturice-149
(Divulgada em 30.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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