sexta-feira, 8 de maio de 2015

JARTURICE 127

Bom dia, Estimados "sherlocks".
Continuo a "escavar" na secção "QUEM FOI?, do "Mundo de Aventuras".
Mas para isso nem precisaria de sair de casa. Antes de me desfazer da
colecção desse "jornal", fotocopiei todas as páginas da secção, que já
estão protegidas na pasta 037, do Arquivo Histórico da Problemística
Policiária Portuguesa. Qualquer dia, tudo isso estará ao vosso dispor.
E a partir de agora, se quiserem aparecer cá por casa. Basta combinar!
Abraço do Jartur



                    PROBLEMAS POLICIAIS – 130 - # 127
 (Diário Popular # 5023 – 29.09.1956)


O inspector Fauvel debruçou-se sobre o cadáver e tirou-lhe do cinto o punhal que se encontrava metido na sua bainha. Voltou-se depois para Pierre Grand, deitando, ao mesmo tempo, uma vista de olhos pelo quarto onde vivia Oliver Fernaud. Tudo estava numa desordem indescritível. A mulher de Pierre explicava, entretanto, como as coisas se haviam passado:

         - Cármen, a mulher de Oliver entrou no meu quarto, quando eu estava só e, estupidamente. Fez-me uma cena de ciúmes por causa dele… Chegou mesmo a querer agredir-me. Claro que era tudo mentira. Sou uma mulher honesta e ele nunca me dirigira sequer um galanteio…
Nesta altura, Pierre interrompeu:
- A partir de aí é melhor eu explicar…
O inspector, entretanto, observava. O vestido de Jacqueline Grand estava pouco limpo. Tinha duas nódoas de gordura à frente, De repente viu uma mancha de sangue numa cadeira. E observou que Jacqueline, julgando-o distraído, lançara para a chaminé, onde crepitava um fogo vivo, qualquer coisa que ele não pudera identificar.
Pierre continuava a falar:
- Eu e o Olivier voltávamos da caçada quando a mulher dele foi ao nosso encontro. Discutiu com ele, insultou-o e depois fugiu para o parque. Oliver pareceu não ligar grande importância ao caso. Entrámos na casa de jantar e ele deu-me uma bebida. Foi então que ele, de punhal na mão, me quis agredir. A coisa foi tão repentina que nem percebi porquê. Ainda me atingiu com dois golpes, mas só conseguiu rasgar-me o casaco. Foi então que eu, em legítima defesa, o feri com o meu punhal de caça. Ele caiu. Nunca julguei que estivesse morto…
O inspector parecia distraído. Jacqueline voltou ao quarto, desta vez com um vestido lavado. Fauvel observou-a durante uns momentos e declarou depois:
- Olivier foi morto quando combatia consigo, Pierre…

Como o adivinhou o inspector? 

       (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


*     *     *     *     *










Solução do problema # 126
(Diário Popular # 5016 – 22.09.1956)

Se a «vedeta» se tivesse suicidado – o que poderia supor-se pela presença de uma bala no chão da casa de banho – não deveria haver pingos de sangue na parte exterior da porta do mesmo compartimento. O crime fora mascarado de suicídio.  

NOTA: Atenção à incongruência que se encontra no texto do problema a que se refere esta solução.
Uma bala de revólver havia-lhe atravessado a cabeça.
Mas ... ela tinha uma arma automática... que não é, de forma alguma, um revólver. Jartur
  

  Jarturice-127 (Divulgada em 08.Maio.2015)







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E COMENTÁRIOS
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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