terça-feira, 5 de maio de 2015

JARTURICE 124

                                                                     

                           PROBLEMAS POLICIAIS – 127 - # 124
                            (Diário Popular # 5002 – 08.09.1956)
                                                                                                           
«Não sei como o ladrão conseguiu entrar.» - declarou Georges Pavel. «Ele deve, no entanto, ter-me ouvido chegar, pois quando eu me ajoelhei aqui à porta para espreitar pelo buraco da fechadura, vi o homem imóvel diante do cofre, a trinta centímetros de mim e em atitude de expectativa. Pensando que ele estivesse armado, não ousei entrar no escritório. Retirei-me cautelosamente, nas pontas dos pés, para a casa de jantar, deixando a porta entreaberta… «O átrio que nós atravessámos agora, estava iluminado?» - perguntou o inspector Fauvel.

«Estava. Há um comutador da parte de fora do escritório que comanda as luzes do átrio. O gatuno deu uma volta ao interruptor e impediu-me, dessa maneira, de ver quem ele era. 

«Meu tio não estava, as criadas já se tinham deitado e eu, sozinho, não tive coragem para perseguir o ladrão. Logo que ele saiu e fechou a porta da escada, telefonei à Polícia. Depois, entrei no escritório e vi que o cofre estava aberto…»

«O escritório estava iluminado quando você entrou?» - perguntou o inspector.

«Estava».

«E foi o gatuno que fechou a porta da escada quando saiu?»

«Foi».

«Que havia dentro do cofre?»

«Não sei. Meu tio nunca me pôs ao corrente dos seus negócios…»

O inspector, após um momento de reflexão, disse para o rapaz:

«Você fala como uma pessoa inteligente. Tem a certeza de me ter contado os factos tal como eles se passaram?»

«Com certeza. Espero que não duvide de mim…»

«Precisamente, tenho razões para duvidar…»

Quais eram essas razões?
   
       (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

                        *     *     *     *     *









Solução do problema # 123
(Diário Popular # 4988 – 25.08.1956)
   
O inspector desconfiava que o culpado fosse o banqueiro Georges Mureaux. A carta que ele dizia estar a escrever era um ardil, pois era impossível escrevê-la com letra tão firme e certa num barco sacudido por tão violenta tempestade…
                                                                               

                                                                                   
 Jarturice-124 (Divulgada em 07.Maio.2015)








APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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