PROBLEMAS
POLICIAIS – 127 - # 124
(Diário Popular #
5002 – 08.09.1956)
«Não sei como o ladrão conseguiu
entrar.» - declarou Georges Pavel. «Ele deve, no entanto, ter-me ouvido chegar,
pois quando eu me ajoelhei aqui à porta para espreitar pelo buraco da
fechadura, vi o homem imóvel diante do cofre, a trinta centímetros de mim e em
atitude de expectativa. Pensando que ele estivesse armado, não ousei entrar no
escritório. Retirei-me cautelosamente, nas pontas dos pés, para a casa de
jantar, deixando a porta entreaberta… «O átrio que nós atravessámos agora,
estava iluminado?» - perguntou o inspector Fauvel.
«Estava.
Há um comutador da parte de fora do escritório que comanda as luzes do átrio. O
gatuno deu uma volta ao interruptor e impediu-me, dessa maneira, de ver quem
ele era.
«Meu
tio não estava, as criadas já se tinham deitado e eu, sozinho, não tive coragem
para perseguir o ladrão. Logo que ele saiu e fechou a porta da escada,
telefonei à Polícia. Depois, entrei no escritório e vi que o cofre estava
aberto…»
«O
escritório estava iluminado quando você entrou?» - perguntou o inspector.
«Estava».
«E
foi o gatuno que fechou a porta da escada quando saiu?»
«Foi».
«Que
havia dentro do cofre?»
«Não
sei. Meu tio nunca me pôs ao corrente dos seus negócios…»
O
inspector, após um momento de reflexão, disse para o rapaz:
«Você
fala como uma pessoa inteligente. Tem a certeza de me ter contado os factos tal
como eles se passaram?»
«Com
certeza. Espero que não duvide de mim…»
«Precisamente,
tenho razões para duvidar…»
Quais eram essas razões?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 123
(Diário
Popular # 4988 – 25.08.1956)
O inspector desconfiava que o
culpado fosse o banqueiro Georges Mureaux. A carta que ele dizia estar a
escrever era um ardil, pois era impossível escrevê-la com letra tão firme e
certa num barco sacudido por tão violenta tempestade…
Jarturice-124
(Divulgada em 07.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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