sábado, 16 de maio de 2015

JARTURICE 134



                        PROBLEMAS POLICIAIS – 137 - #134
    (Diário Popular # 5071 – 17.11.1956)
       

«Porque é que você está tão contente, querida?» - perguntou Mac Klark, do Instituto de Beleza «Milady’s».
«Contente? Estou verdadeiramente exultante!», exclamou, sob o secador, a rapariga de olhos escuros e cabelos negros. «Vou passar o fim-de-semana com o meu namorado em Atlantic City».
«Com o seu namorado? Mas quem é o seu namorado?»   
«Não se surpreenda», - retorquiu Leonora Duval, com um alegre sorriso. - «Mas não posso dizer-lhe. É segredo».

«Isto,» - disse o professor Fordney olhando para o corpo da rapariga, cujo rosto fora completamente destruído por ácido - «é o crime ou de um insensato ou de um maníaco ou…». O professor interrompeu o exame do corpo, observou a areia à procura de pegadas, removeu uma chinela. Não havia nenhum sinal de identificação da rapariga. Consultou o relógio e caminhou até à beira mar.   
«Maré cheia?» perguntou.
O cabo de mar respondeu-lhe: - «Absolutamente».

«Sim… é… é… Leonora», - soluçou Adele Ford, a companheira de quarto da vítima. «Estas são as roupas dela. E as jóias… também».
O funcionário do Necrotério amparou Adele, quando viu que ela ia desmaiar. O telefone tocou.
«Pela descrição da rapariga que procura identificar», - disse Mac Clark pelo telefone. - Trata-se, creio eu, de Leonora Duval. Que vestia ela?».
O professor disse-lhe.
«Sim… sim… eram essas as roupas dela». - disse Mac. - «Ela esteve ontem no meu Instituto de Beleza».
Fordney perguntou, que género de penteado Leonora fizera. Mac respondeu. O professor desligou.
Inclinando-se para o mármore, retirou dos cabelos negros e lisos da rapariga uma pequenina pedra. Depois, olhando para Adele, que continuava desmaiada, disse:
«Detenham-na para averiguações. Ela mentiu. Esta rapariga não é Leonora…».

         Como o soube Fordney?

    (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)


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Solução do problema # 133
(Diário Popular # 5064 – 10.11.1956)

O culpado foi o Ruço, pelas seguintes razões:
As duas primeiras afirmações do canhoto não podem ser simultaneamente falsas; logo, é o, a terceira. Tanto ele como o Rata estão inocentes.
Pela declaração do Rata, conclui-se que a primeira e a terceira afirmações estão certas; logo o Magriço não foi o criminoso.
Ficamos, portanto, com dois casos a considerar: o do Ruço e o do Tony Italiano.
Tony declara que o Rata é o culpado, o que já sabemos ser falso; logo, Tony deve estar inocente, e o Ruço é o culpado.
A única afirmação falsa do Ruço é: «Não matei Sullivan».


Jarturice-134 (Divulgada em 15.Maio.2015)





APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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