Realimentada e fortalecida, a camaradagem com algumas dezenas de mancebos de 80 anos,
que foram o terror das alfarrobas/algarvias durante aquele cursar de 1956/57, lá vai "Jarturice."
E desta vez, não li os habituais versos que componho para a ocasião. Desta vez, antes do almoço,
pus toda a gente a cantar, com a melhor das desafinações possível:
Figueira, Figueira,
Figueira da foz, nós vamos ficar
aqui estamos nós, aqui um bocado
a erguer a voz, a fazer o gosto,
com muita alegria. ao teu cozinhado.
É dia, E o vinho,
de encontro anual, com moderação.
de amor fraternal, vai dar um jeitinho,
em paz e harmonia. à nossa digestão
Lembram-se da bonita canção cantada pela Maria Clara?
Então cantem. Começando com alegria, terão um Bom Dia.
Abraços do Jartur
PROBLEMAS POLICIAIS – 153 - # 150
- Então, tenha calma, eu
compreendo quanto deve sentir-se perturbado e confuso – disse o professor
Fordney, olhando para a terra ensopada de sangue, perto do caminho.
- Obrigado
professor - articulou Carl Dixon. - Cometi um acto extremamente estúpido. Compreendo-o
agora. Mas eu estava em tal estado de pânico depois de ter acidentalmente
disparado contra Bernice, que nem sabia o que estava a fazer.
Fordney
aquiesceu com a cabeça.
- Quando
disparei a arma e a atingi nas costas, a uma milha de distância daqui, naquela
mata, ela morreu quase instantaneamente. O meu primeiro pensamento, após a
inicial sensação de horror e de pesar, foi de que não me acreditariam e que me
acusariam de a ter assassinado. Tenho lido referências a casos em que pessoas
inocentes foram acusadas de crimes que não cometeram, simplesmente porque as
circunstâncias eram de molde a inculpá-las.
- É bem verdade
– comentou o professor Fordney.
- Assim –
continuou Dixon – meia hora depois de ela ter morrido, levantei-a (é por isso
que tenho o meu casaco de caça manchado de sangue) e transportei-a para aqui,
um sítio onde toda a gente sabe que já três pessoas foram acidentalmente
atingidas por caçadores, nesta temporada. Depois voltei para o pavilhão de
caça. Quando me acalmei o suficiente para reflectir, considerei que afinal o
melhor era contar a verdade.
- Foi uma
decisão muito sensata. Por que não agiu logo de acordo com ela?
- O quê? Então,
afinal o senhor não acredita em mim?
- Pois não.
- Mas é verdade,
juro-lhe.
- Ainda não
compreendeu como a sua história é uma mentira estúpida: não vê onde caiu num
deslize, pois não, Dixon?
Por
que é que Fordney não acreditou na versão da morte acidental?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 149
(Diário
Popular # 5173 – 02.03.1957)
Como sabemos, o vendedor de estupefacientes fora sócio de Devore
(1) e este havia sido denunciado à Polícia por um rival do vendedor de
estupefacientes, e tanto Famenti como Burger o sabiam (2). É evidente que só o
sócio de Devore podia ter suspeitado de quem teria denunciado Devore. Logo, Joe
Famenti era o vendedor de estupefacientes.
Jarturice-150
(Divulgada em 31.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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