(Diário Popular # 5152 – 09.02.1957)
Ia o pequeno
Billy Cassidy a passear pelos campos quando tropeçou no corpo de Lulu Ladell. O
cadáver tinha a cabeça esmagada.
Ao ser informado
da morte da sua namorada Lulu Ladell, finalista universitária, Tom Neely
mostrou emoção profunda e aparentemente sincera, sem que desse mostras de
qualquer4 receio.
- E aquelas
mar4cas de sangue no estofo do automóvel?
- Há uns dias -
explicou Tom – fui sair com Lulu. Ia aproximadamente a 50 à hora quando, ao pé
de Elk Mound Hill, fui obrigado a virar rapidamente, a fim de evitar o choque
com um camião que vinha no sentido contrário. O cotovelo escapou-se-me para
cima e bateu no nariz da Lulu, que começou a sangrar abundantemente.
- E a pá de
ferro que foi encontrada no carro? – inquiriu o professor Fordney.
-Ah, a Lulu e eu
andámos a transplantar umas árvores nesse dia: depois pu-la ali e esqueci-me
dela.
Sem grande
necessidade de evitar o choque, Fordney desviou o carro violentamente para a
direita ao pé de Elk Mound Hill e deu a curva da ampla estrada.
No laboratório
da universidade, o professor Fordney tornou a examinar a pá. O resultado era
negativo: a pá estava completamente limpa.
Nelly abriu a
porta e disse:
- Ainda acerca
daquelas manchas de sangue, professor, como lhe disse, a Lulu começou a deitar
sangue pelo nariz e serviu-se da pá para proteger o vestido.
O criminologista
pegou no vestido da desventurada rapariga, que estava em cima da almofada do
automóvel. Apresentava uma grande mancha de sangue.
- Então ela
sangrou do nariz antes de transplantarem as árvores?
- Sim. Tínhamos
a pá à nossa frente. Depois de termos acabado o trabalho, raspei-lhe a lama.
O professor
Fordney abanou a cabeça e disse:
- Você seria
apanhado de qualquer maneira, mas o que me surpreende é que, tratando-se de
pessoa instruída, minta tão estupidamente.
Qual
foi a mentira que determinou a prisão de Neely?
(Divulgaremos amanhã, a
solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 145
(Diário Popular #
5145 – 02.02.1957)
Fordney
prendeu Kinkaid. Dissera ele que não conhecia Markley pessoalmente e, não
obstante, dirigiu-se imediatamente ao armário de licores!
Sabendo
que Markley tinha como criado um ex-presidiário, Kinkaid projectara apoderar-se
de várias moedas de alto valor que Markley não queria vender, embora, para
isso, tivesse de o assassinar. O seu plano de implicar Briggs no caso fora
muito bem pensado, mas o regresso inesperado do ex-presidiário e o pormenor do
brandy levaram Kinkaid à forca. O vinho – já Plauto o dizia – é um ardiloso
adversário…
Jarturice-146 (Divulgada
em 27.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO
E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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