PROBLEMAS
POLICIAIS – 140 - # 137
(Diário Popular # 5091 – 08.12.1956)
«Está morto»,
disse o professor Fordney, depois de olhar para o corpo do homem de pijama
deitado na cama. «Morreu – acrescentou – devido a uma dose excessiva de
heroína, ao que suponho». E, voltando-se para Magnon, chefe da polícia de
Genebra: «Vê em que sítio do pulso, foi feita a picada, que é recente?».
«Sim professor»,
replicou Magnon.
«Não é uma
ironia do destino que uma pessoa como o senhor Furnot morra devido a uma dose
excessiva de estupefaciente, no momento em que a Conferência Internacional dos
Narcóticos se encontra reunida na nossa linda cidade?».
Fordney
examinou, minuciosamente o quarto e as dependências contíguas. Nem um indício
encontrou que, de algum modo, ajudasse a esclarecer aquele caso de morte. O
médico da Policia, um pomposo homenzinho de voz de falsete, pediu desculpa por
ter chegado tarde, encaminhou-se para o sítio onde o cadáver se encontrava,
olhou para os olhos da vítima e declarou: «Deve ter morrido há menos de uma
hora. Os sintomas sugerem uma dose fatal de estupefaciente injectada no pulso
esquerdo. Trata-se de um suicídio. E é tudo quanto posso dizer-lhes, senhores.
Procederei, amanhã de manhã, à autópsia. Boa noite».
Magnon olhou,
com ar inquiridor, para o professor Fordney, enquanto este arregaçava a manga
do casaco do pijama do morto e observava uma tatuagem desenhada em caracteres
chineses.
«Um caso
singular, não é verdade?» - disse Fordney dirigindo-se a Magnon. «E repare –
havia um tom de excitação na voz de Fordney – no tamanho descomunal das mãos
dele…».
Finalmente, o
professor sorriu e disse: «Desculpe-me se não posso concordar com a opinião do
seu médico. Não se trata de um suicídio, mas de um crime».
«Impossível –
murmurou Magnon. – Como chegou a essa conclusão?
«Muito
facilmente, retorquiu o professor Fordney.
Porque razão afirmou Fordney que Furnot
fora assassinado?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema # 136
(Diário Popular #
5084 – 30.11.1956)
Se bem que o médico da polícia não
pudesse determinar a causa da morte antes da autópsia, Leroy Hollister sabia já
que a morte de Anthony Powell não fora causada pelo fogo, soube-o antes da
autópsia e disse o a Fordney. Portanto, quando a autópsia revelou que Powell
morrera antes do incêndio, o professor Fordney suspeitou logo que Hollister matara
o primo e pegara fogo à casa.
Jarturice-137 (Divulgada em 18.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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