(Diário Popular # 5117 – 05.01.1957)
Que
espécie de mulher era aquela – pensava Fordney – para ter vivido numa tão
vistosa e desarrumada habitação, onde os mais variados objectos de pechisbeque
se viam misturados com móveis fabulosos e de fino gosto?».
O
corpo da linda Daphne Drew, apunhalado no coração, fora levado para o
Necrotério. Os únicos vestígios do crime eram: a ensanguentada navalha de dois
gumes que o criminoso utilizara, uma grande mancha de sangue no meio do divã e,
no chão, previamente encoberto com o corpo da rapariga morta, um livro fechado
e um extravagante boné ordinário. Não havia vestígios de luta.
O
professor Fordney desviou os olhos de uma mancha descolorida no centro do tecto
pintado e encarou a formosa e excitada criada.
-
Você diz, Marie, que quando entrou nesta sala, vinda da cozinha (onde
permaneceu mais de uma hora), viu um homem apunhalando «miss» Drew, que estava
deitada no divã, a ler?
-
Sim. Foi o que vi aterrorizada. O homem olhou para «miss» Drew durante um
minuto, após o que retirou a navalha, lentamente, do corpo que jazia no divã.
Foi uma coisa horrível. Depois, ao reparar em mim, deixou cair a navalha e
fugiu pela porta.
Fordney
estudou cuidadosamente a navalha, que, em cada gume, tinha uma falha.
-
E é tudo quanto sabe da tragédia?
Marie
concordou.
-
Penso que não. – retorquiu Fordney – Talvez você se decida na esquadra, a
contar a verdade.
O que levou Fordney a pensar que Marie
mentia?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 140
(Diário
Popular # 5111 – 29.12.1956)
Fordney não dissera onde
Olívia fora encontrada morta. A circunstância de Kevin saber que a casa dos
Andersons estava ligada à morte da rapariga e que alguém trepara por uma
janela, levou o professar a pensar que o jovem ali estivera e seria, sem
dúvida, o criminoso.
Jarturice-141 (Divulgada em 22.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: JARTUR
jarturmamede@aeiou.pt
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