(Diário Popular # 5131 – 19.01.1957)
O relógio soou,
mansamente cinco vezes, enquanto o médico legista, Brierson, dizia: «Aquele
ferimento no coração causou morte instantânea, Fordney. A rapariga está morta
há umas três ou quatro horas».
«E isso –
observou o sargento Morry - dá ao caso um aspecto de suicídio». Ergueu por
acaso a tampa de uma caixa de rebuçados que estava em cima da mesa. «Mas será?
– acrescentou – Olhe professor». E indicou uma gravura de jornal, manchada de
sangue, que representava Franke Madden, dono de um recinto de diversões
nocturnas e um dos muitos admiradores da morta. O retrato fora rasgado de um
jornal da tarde, e encontrava-se dentro da caixa de rebuçados. «Talvez –
acrescentou Murry – a rapariga haja sido assassinada e tenha posto isto aqui
para nos dizer quem a matou».
Fordney
permanecia silencioso em frente da cadeira onde se encontrava, morta, a formosa
Bebee Bellescu, que vestia um flamejante pijama encarnado e tinha, ao colo, um
jornal ensopado de sangue. No chão, jazia uma automática de calibre 38. A perfuração feita pela
bala era oblíqua e dirigida para baixo, Bebee era excepcionalmente alta.
Na caixa que o
sargento Murry abrira, faltava cerca de um quarto da primeira camada dos
rebuçados.
Aquele
telefonema anónimo a informá-los da morte de Bebee… A porta aberta… Sim…
As investigações
revelaram que as duas únicas visitas de Bebee, nessa tarde, tinham sido Jim
Dalton e Frank Madden.
Dalton disse;
«Hoje era o dia de aniversário de Bebee. Mandei-lhe aquela caixa de rebuçados
esta manhã e apareci cerca das 14 e 30. Saí às 17 e 45, mais ou menos. Nessa
altura, tenho a certeza de que ela estava bem viva».
Madden, por seu
turno, declarou: «Vim a casa da Bebee às 15 e 30 – a porta estava aberta – e
encontrei-a morta. Não havia nada a fazer. Na verdade não comuniquei o caso à
Polícia».
O professor
Fordney prendeu um dos homens pelo assassínio de Bebee.
Quem
prendeu ele, e porquê?
(Divulgaremos amanhã, a solução
oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 142
(Diário
Popular # 5124 – 12.01.1957)
Havia sangue no dedal. Foi este o indício que levou Fordney a
pensar que Denusi mentira e, ao contrário do que dizia, estivera no estúdio
quando Brent fora morto. Se ele tivesse deixado ali o seu dedal às 22 horas,
como dissera, não poderia ter sido encontrado com sangue coagulado. Denusi
matara Brent, após o jantar.
Jarturice-143
(Divulgada em 24.Maio.2015)
APRESENTAÇÃO
E DIVULGAÇÃO DE:
J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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