Estimados Amigos e prezados "sherlocks":
Cá estou eu, de novo, após uma curta pausa no envio quotidiano das Jarturices, para reatar esta agradável missão de estar convosco todos os dias, o que faço com todo o empenho e prazer.
Como já vos disse no texto da mensagem que acompanhou a Jarturice - 206, o último problema desta série do Prof. Fordney e do Insp. Fauvel, será divulgado no # 227, a publicar em 17 do mês que amanhã se inicia. Porém, no dia seguinte, é forçoso que se revele a solução desse derradeiro mistério.
Para preencher o espaço que ficaria livre, se apenas editasse o texto da solução, eu teria que escrever um epílogo de conveniência, que não seria mais do que resumir a "história" que não carece de resumo, pois terá ficado bem esclarecida nas 231 páginas que constituirão esta saga.
Então! (Detesto os artistas, apresentadores da televisão e afins, que invariavelmente começam os seus arrazoados, dizendo) - Então é assim!
Então, (neste caso), resolvi que seria interessante contar com a vossa colaboração. Por isso, peço àqueles que desejarem fazê-lo e que achem interessante a ideia, me enviem uma curta apreciação - não mais de "SETE" palavras - daquilo que foram para si estas JARTURICES.
Desculpem-me, amigos, se vão achar pesada essa tarefa. (A frase antecedente, é para me penitenciar de ter escrito na mensagem da Jarturice - 208: Desculpei-me o procedimento havido.
Eu não tinha nada que me desculpar. Era a vossa desculpa que eu pedia.
Abraços do Jartur e...
até amanhã.
(Diário Popular # 5702 – 23.08.1958)
A
fim de melhor instruir os inspectores que lhe estavam subordinados, Fauvel
gostava de lhes apresentar problemas que ele próprio defrontara, como este:
«Um
dos meus amigos, preocupado com a súbita desaparição do senhor Pende, um amigo
seu, veio procurar-me e pediu-me que fosse a casa dele.
Encontrei
a porta da residência de Pende cuidadosamente aferrolhada. Mas verifiquei que
estava aberta uma janela da casa e que se podia entrar por ali. A porta da
cozinha para a cave também estava aberta. Encontrei René Pende, vestido como se
fosse sair, sentado num sofá. Morrera havia dois dias e, ao que parecia,
envenenado. Numa mesinha diante dele estava um copo com um resto de líquido,
que a análise provou ser um veneno violento. O meu amigo dissera-me que Pende
era um fumador inveterado, mas não encontrei um único resto de cigarro nos
vários cinzeiros espalhados pela sala. No frigorífico descobri uma garrafa de
cerveja ainda meia. A cerveja também estava envenenada com o mesmo produto
encontrado no copo.
Continuando
o meu inquérito, soube que René Pende era um marido dedicado, cheio de atenções
para sua mulher e um verdadeiro amigo dos seus dois filhos, que em breve
atingiriam a idade de prestar serviço militar. Três dias antes, a mulher e os
filhos tinham ido fazer uma visita a uns amigos que os tinham convidado e
deviam regressar no dia seguinte.
Ninguém
na família Pende, ouvira o chefe falar em suicídio. E , na
verdade, ele não parecia ter nenhum motivo para se suicidar. Porém, nunca se
sabe o que se passa na cabeça de um homem aparentemente bem equilibrado…
Estudei
durante muito tempo o caso e acabei por lhe achar uma explicação lógica. No meu
lugar que teria feito?
E os leitores no lugar do inspector Fauvel teriam concluído
que se tratava de crime ou de suicídio? E porquê?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 210
(Diário
Popular # 5695 – 16.08.1958)
Muito simplesmente porque a lâmina do punhal em questão tinha ainda
a fina camada de óleo destinada a preservá-la da ferrugem. Ora, se o assassino,
como sugeria o inspector auxiliar, tivesse limpo a lâmina para fazer
desaparecer os traços de sangue, o óleo teria saído igualmente.
Jarturice-211
(Divulgada em 31.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO
E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt