sábado, 11 de julho de 2015

JARTURICE 191

       
                PROBLEMAS POLICIAIS – 194 - # 191

                             (Diário Popular # 5509 – 08.02.1958)                                      

«A frase familiar com que abrem os livros policiais ingleses:
         «Em toda a história de Londres, jamais se vira manhã de tanto nevoeiro», começa agora a ser substituída por esta: «Era uma noite escuríssima, durante a ocultação de luzes».
         Decorriam os últimos meses de guerra, e Fordney dirigia-se aos seus alunos:
         «No mês passado, durante a minha estada em Londres, tive a sensação dessa treva impenetrável», prosseguiu. «Nunca vira noite tão escura. Caminhando às apalpadelas, num bairro desconhecido, encontrei-me, a certa altura, irremediavelmente perdido. Durante cerca de meia hora, vagueei, tropeçando, pela rua quando de repente, ao chegar mesmo ao meio de um quarteirão, ouvi um tiro.
«Sempre tropeçando, encaminhei-me para o local de onde o tiro parecia ter partido e encontrei-me à esquina de uma rua, onde um pequeno grupo de pessoas estava apinhado em volta de um corpo que jazia na sarjeta.
«É um dos nossos homens», disse o oficial da defesa civil, fazendo incidir sobre o homem desmaiado um breve raio de luz da sua lanterna eléctrica. «Gostava de saber…»
«Nesse momento, vi uma figura escapulir-se de entre o grupo e, durante um curto momento, a luz do oficial da defesa civil, voltou a cortar a escuridão da noite.
«É o tipo que tem estado a fazer sinais naquela casa, ao fundo da escuridão; agarrem-no».
«Eu próprio tinha já passado uma rasteira ao homem e, após uma breve luta, um polícia, que se juntara a nós, pôs-lhe nos pulsos um par de algemas… Então…»
«Espere, espere, Professor; não vá tão depressa!» - exclamou Louis Fautsch, do fundo da aula. - «Já sabemos que nada lhe escapa, quando se trata da observação de pormenores, mas não é tão bom como isso! Não tinha possibilidade de…»
«Belo trabalho, Louis, aprovou o Professor.

Há apenas uma falha, no relato que Fordney fez da sua aventura em Londres: Qual é?

        (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

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Solução do problema # 190
(Diário Popular # 5502 – 01.02.1958)

Ao verificar a ausências de impressões digitais no misturador de «cocktails», de que Butler se servira, Fordney concluiu que alguém, além de Ward entrara no apartamento depois da preparação dos «cocktails», e antes da descoberta do cadáver de Edith. Se os telefonemas eram falsos (como Fordney desde o princípio acreditara) só podiam ter sido feitos por alguém que tivesse possibilidade de observar as idas e vindas de Ward; Por esse motivo, o professor suspeitou de Butler que, ao limpar irreflectidamente o misturador de «cocktail», a si mesmo se condenou à forca.

 Jarturice-191 (Divulgada em 11.Julho.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO

DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

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