Fala quem sabe! As "Jarturices" devem continuar, e continuarão, enquanto a minha saúde e a do ASUS permitirem!
Aliás, esta série, vai até ao 227. Ainda falta muito tempo para começar a contagem regressiva.
Há mais problemas do Professor Fordney e do Inspector Fauvel, espalhados por outras publicações, mas talvez apareçam mais repetições, do que aquelas que tenho assinalado. E vocês, mais atentos, ainda não me assinalaram qualquer outra...
Com uma ou outra "Jarturada" pelo meio, estou a pensar em, programar, lá para 17 de Agosto próximo, começar a enviar, da produção nacional, os problemas que participaram no I TORNEIO NACIONAL DE PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA, organizado pelo CLUDE DE LITERATURA POLICIAL, em 1956, e ao qual não concorri, porque fui para Tavira, "estudar", para tirar o "Curso de Sargentos Milicianos", com boa nota, e poder voltar para Aveiro, para o R.10. Foi lá que conheci o "Inspector Bento", estive na mesma sanita - em dias diferentes - que o "BIG-BEN", o nosso amigo Barata Dinis, que tem agora um pseudónimo que não consigo reter na memória. E em "Manobras Militares", meses depois, tive a honra de abraçar o "ZÉ MARIA", por coincidência o autor do primeiro problema do torneio atrás referido.
Ora tomem, Jarturada!...
Abraços do autor.
PROBLEMAS POLICIAIS – 191 - # 188
(Diário Popular #
5474 – 04.01.1958)
«Escrevam
nos espíritos, com a tinta indelével da verdade, estes dois fundamentos da
investigação criminal», disse o Professor Fordney, dirigindo-se aos seus
alunos.
1
– A observação é a sua verdadeira base.
2
– Nada pode confundir tanto como o que, à primeira vista, parece evidente.
Consideremos,
por momentos, o último ponto.
«Pöe
ilustra, com excepcional vigor esta verdade, no conhecido episódio da «carta
roubada», mas tenho observado muitas – direi mesmo centenas – de provas ainda
mais claras deste fenómeno mental.
Tomemos
o caso de um homem passeando com despreocupação – não se trata de caminhar, mas
de passear ao acaso – e afastando-se de um ajuntamento. A polícia andava por ali – não obstante, um assassino conseguiu
pôr-se a salvo, porque ninguém observou a significação de um facto evidente.
Tomemos
ainda o caso de um rapazinho, sentado no meio do banco traseiro de um carro de
turismo; o carro não leva qualquer outro passageiro, a não ser o velho que o
conduz. Mas os rapazes não se sentam, sòzinhos, no banco de trás, quando têm
possibilidade de viajar no da frente. Contudo… este facto evidente escapou à
observação de vinte polícias que viram o carro. Resultado – um inocente
enforcado.
«Quero, pois, que todos vocês saibam examinar
os factos evidentes. - E, aqui, os olhos de Fordney cintilaram; - vou dar-lhes
a oportunidade de o fazerem.
«Era
meia-noite; noite fria e chuvosa. No Mar Negro, a três milhas ao largo de
Sebastopol, encontrava-se um barco a remos, com os remos camuflados para evitar
o ruído. No barco estavam dois russos, um letão, um macedónio e um americano;
não levavam a bordo aparelhos ou mantimentos de qualquer espécie.
«O
macedónio, que ia aos remos, movia-os sem ruído; por fim, disse: «Prontos
camaradas, estamos livres de perigo. Podemos fumar».
«Mas…
mas… - acentuou Fordney - se bem que o grupo possuísse, ao todo, onze cigarros,
ninguém tinha fósforos.
Vamos, depressa! Como puderam os cinco homens acender os
cigarros?
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial
deste caso)
* *
* * *
~~
Solução do problema # 187
(Diário Popular #
5469 – 28.12.1957)
Se Whyham tivesse arrastado o corpo da
tia, da cozinha para a sala da frente, as largas chinelas sem calcanhar ter-lhe-iam
caído dos pés. O facto de ainda as ter calçadas indicou a Fordney que Whyham
estava a mentir e levou finalmente o rapaz a confessar. Whyham matara a tia na
cozinha, estando ela completamente vestida; depois abrira o gás.
Sabendo que toda a vizinhança conhecia o
hábito invariável da velha Abbie vestir o roupão e calçar as chinelas à noite,
arrastara, de facto, o corpo para a sala da frente e aí lhe tirara o vestido e
os sapatos, substituindo-os pelo roupão e palas chinela
Jarturice-188 (Divulgada em 08Julho.2015)
APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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