quarta-feira, 8 de julho de 2015

JARTURICE 188

Caros Amigos:
Fala quem sabe! As "Jarturices" devem continuar, e continuarão, enquanto a minha saúde e a do ASUS permitirem!
Aliás, esta série, vai até ao 227. Ainda falta muito tempo para começar a contagem regressiva.
Há mais problemas do Professor Fordney e do Inspector Fauvel, espalhados por outras publicações, mas talvez apareçam mais repetições, do que aquelas que tenho assinalado. E vocês, mais atentos, ainda não me assinalaram qualquer outra...
Com uma ou outra "Jarturada" pelo meio, estou a pensar em, programar, lá para 17 de Agosto próximo, começar a enviar, da produção nacional, os problemas que participaram no I TORNEIO NACIONAL DE PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA, organizado pelo CLUDE DE LITERATURA POLICIAL, em 1956, e ao qual não concorri, porque fui para Tavira, "estudar", para tirar o "Curso de Sargentos Milicianos", com boa nota, e poder voltar para Aveiro, para o R.10. Foi lá que conheci o "Inspector Bento", estive na mesma sanita - em dias diferentes - que o "BIG-BEN", o nosso amigo Barata Dinis, que tem agora um pseudónimo que não consigo reter na memória. E em "Manobras Militares", meses depois, tive a honra de abraçar o "ZÉ MARIA", por coincidência o autor do primeiro problema do torneio atrás referido.
Ora tomem, Jarturada!...
Abraços do autor.




        PROBLEMAS POLICIAIS – 191 - # 188



                        (Diário Popular # 5474 – 04.01.1958)
                           
         «Escrevam nos espíritos, com a tinta indelével da verdade, estes dois fundamentos da investigação criminal», disse o Professor Fordney, dirigindo-se aos seus alunos.
        
         1 – A observação é a sua verdadeira base.
         2 – Nada pode confundir tanto como o que, à primeira vista, parece evidente.
        
         Consideremos, por momentos, o último ponto.
         «Pöe ilustra, com excepcional vigor esta verdade, no conhecido episódio da «carta roubada», mas tenho observado muitas – direi mesmo centenas – de provas ainda mais claras deste fenómeno mental.
        
         Tomemos o caso de um homem passeando com despreocupação – não se trata de caminhar, mas de passear ao acaso – e afastando-se de um ajuntamento.   A polícia andava por ali – não obstante, um assassino conseguiu pôr-se a salvo, porque ninguém observou a significação de um facto evidente.
        
         Tomemos ainda o caso de um rapazinho, sentado no meio do banco traseiro de um carro de turismo; o carro não leva qualquer outro passageiro, a não ser o velho que o conduz. Mas os rapazes não se sentam, sòzinhos, no banco de trás, quando têm possibilidade de viajar no da frente. Contudo… este facto evidente escapou à observação de vinte polícias que viram o carro. Resultado – um inocente enforcado.
                  «Quero, pois, que todos vocês saibam examinar os factos evidentes. - E, aqui, os olhos de Fordney cintilaram; - vou dar-lhes a oportunidade de o fazerem.
         «Era meia-noite; noite fria e chuvosa. No Mar Negro, a três milhas ao largo de Sebastopol, encontrava-se um barco a remos, com os remos camuflados para evitar o ruído. No barco estavam dois russos, um letão, um macedónio e um americano; não levavam a bordo aparelhos ou mantimentos de qualquer espécie.
         «O macedónio, que ia aos remos, movia-os sem ruído; por fim, disse: «Prontos camaradas, estamos livres de perigo. Podemos fumar».
         «Mas… mas… - acentuou Fordney - se bem que o grupo possuísse, ao todo, onze cigarros, ninguém tinha fósforos.

         Vamos, depressa! Como puderam os cinco homens acender os cigarros?   

        (Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)



  *     *     *     *     *







~~
Solução do problema # 187
(Diário Popular # 5469 – 28.12.1957)

Se Whyham tivesse arrastado o corpo da tia, da cozinha para a sala da frente, as largas chinelas sem calcanhar ter-lhe-iam caído dos pés. O facto de ainda as ter calçadas indicou a Fordney que Whyham estava a mentir e levou finalmente o rapaz a confessar. Whyham matara a tia na cozinha, estando ela completamente vestida; depois abrira o gás.
Sabendo que toda a vizinhança conhecia o hábito invariável da velha Abbie vestir o roupão e calçar as chinelas à noite, arrastara, de facto, o corpo para a sala da frente e aí lhe tirara o vestido e os sapatos, substituindo-os pelo roupão e palas chinela

Jarturice-188 (Divulgada em 08Julho.2015)






APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt

Sem comentários: