PROBLEMAS POLICIAIS – 195 - # 192
«Estou
convencido – disse Fordney, durante uma conferência realizada na Associação dos
Jurisconsultos de Boston – de que um advogado competente tem de possuir muitas
das qualidades do investigador criminal bem sucedido e vice-versa. Refiro-me,
especialmente, à faculdade de dedução rápida e exacta. Eis – acrescentou,
sorrindo – um caso que ilustra este ponto de vista».
«Numa
cidade de pequena importância, viviam três advogados chamados Bradley, Drewery
e Slocumb: faziam apenas diferença de seis anos uns dos outros e eram quase da
mesma altura.
«Há
alguns anos, foi levado ao tribunal local um complicado processo em que era ré
Sara Cranford, a pessoas mais rica e, igualmente, a mais avarenta da cidade. O
processo envolvia consideráveis honorários para os advogados, bem como grandes
subtilezas legais.
«Sara,
entregara a defesa a dois dos advogados de que falei, enquanto o terceiro
representava o queixoso. Estavam as coisas neste pé quando, numa tarde, pouco
antes do cair da noite, Sara foi assassinada na casa solitária em que vivia, à
entrada da cidade.
«Chamaram-me
e, logo no início das investigações, vim a saber que Deek Bumby, cuja excelente
vista e espírito de observação lhe conquistaram a reputação de melhor atirador
da região, vira um dos advogados sair da casa de Sara, pouco mais ou menos à
hora a que o crime fora cometido. Deek era tão honesto como cauteloso, e
prestara as seguintes declarações:
«Tenho
a certeza de que a pessoa que vi era um dos três advogados da cidade. Apenas
posso jurar que o homem levava uma pasta e que o vi afastar-se ao volante de um
Ford. Não, não vi o número da matrícula.
«Mas
– continuou Fordney, com uma gargalhada abafada – os três advogados possuíam
carros Ford do mesmo ano, modelo e cor. Não obstante, exclui imediatamente o
advogado Bradley de qualquer ligação com o crime. Poderão dizer-me porque o
fiz?
Qual foi o motivo que levou o professor a considerar que o
advogado Bradley não podia ser suspeito?
(Divulgaremos
amanhã, a solução oficial deste caso)
* *
* * *
Solução do problema
# 191
(Diário
Popular # 5509 – 08.02.1958)
Como sabia o professor, numa rua desconhecida e em escuridão total,
que se encontrava no meio do quarteirão? Evidentemente, era impossível sabê-lo
Jarturice-192
(Divulgada em 12.Julho.2015)
APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
jarturmamede@aeiou.pt
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