domingo, 12 de julho de 2015

JARTURICE 192

               PROBLEMAS POLICIAIS – 195 - # 192
                        (Diário Popular # 5516 – 15.02.1958)

         «Estou convencido – disse Fordney, durante uma conferência realizada na Associação dos Jurisconsultos de Boston – de que um advogado competente tem de possuir muitas das qualidades do investigador criminal bem sucedido e vice-versa. Refiro-me, especialmente, à faculdade de dedução rápida e exacta. Eis – acrescentou, sorrindo – um caso que ilustra este ponto de vista».
         «Numa cidade de pequena importância, viviam três advogados chamados Bradley, Drewery e Slocumb: faziam apenas diferença de seis anos uns dos outros e eram quase da mesma altura.
         «Há alguns anos, foi levado ao tribunal local um complicado processo em que era ré Sara Cranford, a pessoas mais rica e, igualmente, a mais avarenta da cidade. O processo envolvia consideráveis honorários para os advogados, bem como grandes subtilezas legais.
         «Sara, entregara a defesa a dois dos advogados de que falei, enquanto o terceiro representava o queixoso. Estavam as coisas neste pé quando, numa tarde, pouco antes do cair da noite, Sara foi assassinada na casa solitária em que vivia, à entrada da cidade.
         «Chamaram-me e, logo no início das investigações, vim a saber que Deek Bumby, cuja excelente vista e espírito de observação lhe conquistaram a reputação de melhor atirador da região, vira um dos advogados sair da casa de Sara, pouco mais ou menos à hora a que o crime fora cometido. Deek era tão honesto como cauteloso, e prestara as seguintes declarações:
         «Tenho a certeza de que a pessoa que vi era um dos três advogados da cidade. Apenas posso jurar que o homem levava uma pasta e que o vi afastar-se ao volante de um Ford. Não, não vi o número da matrícula.
         «Mas – continuou Fordney, com uma gargalhada abafada – os três advogados possuíam carros Ford do mesmo ano, modelo e cor. Não obstante, exclui imediatamente o advogado Bradley de qualquer ligação com o crime. Poderão dizer-me porque o fiz?

         Qual foi o motivo que levou o professor a considerar que o advogado Bradley não podia ser suspeito?   
   
(Divulgaremos amanhã, a solução oficial deste caso)

  *     *     *     *     *









Solução do problema # 191
(Diário Popular # 5509 – 08.02.1958)

Como sabia o professor, numa rua desconhecida e em escuridão total, que se encontrava no meio do quarteirão? Evidentemente, era impossível sabê-lo


 Jarturice-192 (Divulgada em 12.Julho.2015)


APRESENTAÇÃO
E
DIVULGAÇÃO
DE: J A R T U R
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